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DOCUMENTÁRIO 01
DOCUMENTÁRIO 01

  1. 1958, O ANO EM QUE O MUNDO DESCOBRIU O BRASIL (2008)
  2. ABOIO (2005)
  3. ALÔ, ALÔ, TEREZINHA! (2009)
  4. ARQUITETOS DO PODER (2010)
  5. AUDÁCIA! A FÚRIA DOS DESEJOS (1970)
  6. BABILÔNIA 2000 (2001)
  7. BARRAVENTO (1962)
  8. BOMBADEIRA (2007)
  9. BORBOLETAS DA VIDA (2004)
  10. BRANCO SAI, PRETO FICA (2014)
  11. BRIZOLA - TEMPOS DE LUTA (2007)
  12. CABRA MARCADO PARA MORRER (1984)
  13. AS CANÇÕES (2011)
  14. CARMEM MIRANDA: BANANA IS MY BUSINESS (1995)
  15. A CARNE É FRACA (2005)
  16. CÁSSIA ELLER (2014)
  17. O CÉU SOBRE OS OMBROS (2010)
  18. CHICO: ARTISTA BRASILEIRO (2015)
  19. CICLOVIDA (2010)
  20. CIDADÃO BOILESEN (2009)
  21. A CIDADE DAS MULHERES (2005)
  22. O CINEMA FALADO (1986)
  23. CINEMA NOVO (2016)
  24. O COMEÇO DA VIDA (2016)
  25. COMPLEXO - UNIVERSO PARALELO (2011)
  26. CONDOR (2007)
  27. DEMOCRACIA EM VERTIGEM (2019)
  28. DESARMADOS (2017)
  29. DIÁRIO DE UMA BUSCA (2010)
  30. DOUTORES DA ALEGRIA - O FILME (2005)
  31. EDIFÍCIO MASTER (2002)
  32. EM TRÊS ATOS (2015)
  33. ERA UMA VEZ IRACEMA (2005)
  34. ESPAÇO ALÉM - MARINA ABRAMOVIC E O BRASIL (THE SPACE IN BETWEEN: MARINA ABRAMOVIC AND BRAZIL, 2015)
  35. O ESTOPIM (2014)
  36. ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR (2019)
  37. FABRICANDO TOM ZÉ (2006)
  38. A FACE OCULTA DO FEMINISMO (2022)
  39. A FAMÍLIA DE ELIZABETH TEIXEIRA (2014)
  40. FAVELA GAY (2013)
  41. FILME SOBRE UM BOM FIM (2015)
  42. FILMEFOBIA (2008)
  43. O FIM E O PRINCÍPIO (2005)
  44. O FIO DA MEMÓRIA (1991)
  45. FLORDELIS - BASTA UMA PALAVRA PARA MUDAR (2009)
  46. GARAPA (2009)
  47. GOLPE DE 64 - A PROCISSÃO ESTÁ NA RUA (2000)
  48. GRETCHEN FILME ESTRADA (2010)
  49. HISTÓRIAS QUE NOSSO CINEMA (NÃO) CONTAVA (2017)
  50. HISTÓRIAS REAIS DE UM MENTIROSO (2010)
  51. O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS (2009)
  52. IRACEMA - UMA TRANSA AMAZÔNICA (1974)
  53. JANELA DA ALMA (2002)
  54. JANGO (1984)
  55. JOGO DE CENA (2007)
  56. JOSÉ E PILAR (2010)
  57. JUÍZO (2008)
  58. JUNHO: O MÊS QUE ABALOU O BRASIL (2014)
  59. KÁTIA (2013)
  60. LIXO EXTRAORDINÁRIO (2010)
  61. A LOUCURA ENTRE NÓS (2015)
  62. LUZ,ANIMA, AÇÃO (2013)
  63. MALDITO - O ESTRANHO MUNDO DE JOSÉ MOJICA MARINS (2001)
  64. MALDITOS CARTUNISTAS (2010)
  65. MAMONAS PRA SEMPRE (2009)
  66. MEU AMIGO CLAUDIA (2009)
  67. MEU CORPO É POLÍTICO (2017)
  68. O MITO GARRINCHA (2014)
  69. MULHERES: UMA OUTRA HISTÓRIA (1988)
  70. MULHERES DE CINEMA (1977)
  71. O MUNDO MÁGICO DOS TRAPALHÕES (1981)
  72. MUSSUM, UM FILME DO CACILDIS (2018)
  73. NO PAIZ DAS AMAZONAS (1922)
  74. NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS (1999)
  75. ONDE A TERRA ACABA (2002)
  76. OURO, SUOR E LÁGRIMAS (2015)
  77. A PAIXÃO DE JL (2015)
  78. PAN-CINEMA PERMANENTE (2008)
  79. A PEDRA E O FAROL (2016)
  80. PIXOTE IN MEMORIAM (2007)
  81. POETA DE SETE FACES (2002)
  82. O PRISIONEIRO DA GRADE DE FERRO (2003)
  83. PRO DIA NASCER FELIZ (2006)
  84. QUE BOM TE VER VIVA (1989)
  85. QUEBRANDO O TABU (2011)
  86. QUEM SE IMPORTA (2013)
  87. RAÍZES DO BRASIL (2003)
  88. O SAL DA TERRA (THE SALT OF THE EARTH, 2014)
  89. SÃO PAULO EM HI-FI (2013)
  90. SEM DEUS, SEM DEMÔNIO (NO KINGS, 2020)
  91. SENNA: O BRASILEIRO, O HERÓI, O CAMPEÃO (2010)
  92. SENTA A PUA! (1999)
  93. SEQUESTRO (2009)
  94. O SERTÃO DAS MEMÓRIAS (1996)
  95. SOBREVIVENTES DE GALILÉIA (2014)
  96. SOCORRO NOBRE (1996)
  97. SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO (2001)
  98. TROPICÁLIA (2012)
  99. VLADO - 30 ANOS DEPOIS (2005)
  100. VOU RIFAR MEU CORAÇÃO (2012)

 

 

 

A CIDADE DAS MULHERES, DOCUMENTÁRIO DE LAZARO FARIA – Almanakito da Rosário

A CIDADE DAS MULHERES (2005)

DRIVEGOOGLE

Direção: Lázaro Faria

Um documentário baseado no livro de mesmo nome da antropóloga Ruth Landes. Trata da vida das mulheres líderes e representantes da religião Candomblé na Bahia.


SÃO PAULO EM HI-FI (2013)

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Diretor: Lufe Steffen

Delicioso e importante Documentário que faz um registro histórico sobre a noite gay paulistana que vai do final dos anos 60 até final dos anos 80, com o advento da Aids e a consequente baixada de bola dos frequentadores e empresários do mercado Lgbts. O filme pega depoimentos emocionantes, divertidos e inconsequente de grandes empresários da noite, como Celso Cury e Elisa Mascaro, transformistas lendárias e frequentadores badalados. Entre os depoimentos, o de Kaka Di Polly é de chorar de rir. Uma figura bizarra e alto astral, Kaka é um Psicólogo de classe média alta, uma persona andrógina, que narra divertidas histórias, entre elas, quando quis arrasar ao chegar em frente a uma badalada boite, alugou um caminhão de mudanças e saltou de trás vestido de borboleta. Entre alegrias e tristezas, o filme faz um relato sobre os efeitos da ditadura sobre o movimento gay e lésbico. Casas lendárias como Hi fi, Nostro mundo, Off, Corintho, Ferro's, Dinossaurus são citados com muita nostalgia por todos. O que se conclui é que as pessoas dessas gerações se divertiam a valer, muito por conta da proibição da liberdade sexual e por conta disso, levantar a bandeira era um plus a mais.


Soy Cuba - O Mamute Siberiano - 2005 | Filmow

SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO (2001)

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Excelente documentário que desvenda a história por trás da obra prima do cineasta russo Mikhail Kalatozov, que dirigiu entre outros, "Quando voam as cegonhas", vencedor da Palma de Ouro em Cannes. Em 1962, Kalatozov foi convocado para dirigir um filme em Cuba que fosse uma propaganda do regime comunista e que vendesse seus princípios morais e políticos para o mundo. Ele trouxe consigo o extraordinario fotógrafo Sergei Urusevsky, famoso pela sua câmera na mão e por suas extravagâncias técnicas. A esposa de Urusevsky, Belka, veio como assistente de direção e veio como figura primordial para criar laços com a cultura caribenha, tão distante da realidade da Rússia. O cineasta Vicente Ferraz estudou na Escola de Cuba e sempre teve essa fixação pelo filme de Kalatozov, fascinado pelos famosos planos sequência e pela sua trajetória da equipe russa. Ao ver uma foto de arquivo de Kalatozov chupando cana, não teve dúvida: resolveu tirar o foco de um mero Making of e investiu na história de duas culturas tão distintas, mas que se uniram pelo amor ao Cinema. Entrevistas com técnicos e atores sobreviventes dão o tom melancólico do filme, que discursam sobre memória e paixão. O filme original levou 2 anos para ser realizado, 14 meses de filmagem e na exibição foi rechaçado pelos cubanos e russos, sendo totalmente esquecido. Somente nos anos 90, Scorsese e Coppola tomaram conhecimento do filme e resolveram restaurá-lo. Um documentário maravilhoso para amantes do cinema. Imperdivel.


Arquitetos do Poder - Filme 2010 - AdoroCinema

ARQUITETOS DO PODER (2010)

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Documentário escrito e dirigido em parceria pelos cineastas Vicente Ferraz e Alessandra Oldé, faz uma ótima reflexão sobre como o marketing e a mídia interferiram nos resultados da campanha política. Ambicioso, o filme faz uma abordagem da campanha política desde a candidatura de Jânio Quadros, passando por Jango, os anos de chumbo, as eleições diretas, a eleição de 1989 (onde dizia-se que a Rede Globo editou o debate entre Lula e Collor favorecendo o candidato Alagoano, as vitórias de Fernando Henrique até a dupla presidência de Lula. O filme lembra bastante o brilhante filme chileno "No", de Pablo Larrain, que revela os bastidores de uma campanha política em 88 no Chile para desbancar Augusto Pinochet do Poder. "Arquitetos do poder" tem excelente material de arquivo, muitos divertidos: jingles e campanhas que vistos pelos olhos de hoje, sôam toscos e patéticos. As entrevistas, com políticos e publicitários (entre eles, os todo-poderosos Duda Mendonça, Nizan Guanaes e Lula Vieira) revelam todos os podres, em depoimentos corajosos e reveladores. É um filme obrigatório para quem estuda e trabalha com comunicação, e deveria ter exibição obrigatória em todas as escolas para promover debates.


The Myth of Garrincha - Um filme de Marcos Horacio Azevedo

O MITO GARRINCHA (2014)

ASSISTA ON LINE

Direção: Marcos Horacio Azevedo

Os médicos disseram a Mané Garrincha que ele não estava apto para jogar futebol profissional. Ele provou que eles estavam errados ao ajudar o Brasil a vencer duas Copas do Mundo. Infelizmente, a história de sua vida terminou tragicamente. Ainda assim, as pessoas se lembram dele como uma lenda.


Espaço Além – Marina Abramović e o Brasil - Filme 2015 - AdoroCinema

ESPAÇO ALÉM - MARINA ABRAMOVIC E O BRASIL (THE SPACE IN BETWEEN: MARINA ABRAMOVIC AND BRAZIL, 2015)

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A artista performática Marina Abramovic, que nasceu na Sérvia, é uma autora polêmica. Pelo mundo afora ela possui um grande número de fãs, e outros detratores que não enxergam arte nas exposições que ela promove. Em 2010, no Moma de Nova York, ela mesma se colocou como parte de sua exposição: por mais de 700 horas, ficou sentada em uma cadeira, sem se mexer, totalmente vulnerável à platéia que se sentava em frente a ela e podiam fazer o que quiser. O documentário "Espaço além", dirigido pelo brasileiro Marco Del Fiori, surgiu por uma necessidade de Marina buscar uma cura para a sua enorme dor emocional: ela foi abandonada pelo marido, que a trocou por outra mulher. Marina traz um depoimento onde diz que ela suporta a dor física, mas não a da alma. O processo do documentário começou em 2012 e se estendeu até 2015, quando realizou a sua exposição em São Paulo. Marina percorreu 6 estados brasileiros, sempre em busca de uma paz espiritual: visitou João de Deus e sua cirurgia mediúnica em Abadiânia, Goiás; visitou a Chapada Diamantina, Xamã em Curitiba, Terreiros de umbanda na Bahia, etc. Marina observa a tudo curiosa, com um olhar de estrangeiro seduzido pelo exótico e pela beleza das cores e rituais. Ao longo do filme, acompanhamos a trajetória de entrega física e espiritual, onde ela chega a tomar chá de Ayuhaska, e passa mal. Visualmente o filme é um escândalo de lindo, com excelente fotografia de Cauê Ito. É um documentário que enche os olhos e atiça a nossa curiosidade, e que nos faz pensar o quanto esse País é grande e diversificado culturalmente. Um momento divertido e cômico é quando Marina expõe o seu "Método Abramovic", que consiste em comer alho e cebola crus. Antológico.

 


Desarmados - Looke

DESARMADOS (2017)

OK.RU

Diretor: Lion Andreassa

Elenco: Bene Barbosa, Taiguara Nazareth, Paulo Cruz

O documentário que foi proibido pelos cinemas no Brasil convida o público a fazer uma profunda reflexão sobre o Estatuto do Desarmamento e todos os malefícios que ele gerou à sociedade brasileira. Em um país onde a população foi desarmada, como é possível morrer mais de 40 mil pessoas, vítimas de armas de fogo a cada ano? Por que aqui, morre-se tanto quanto em países em guerra! O que está acontecendo? Quem está matando e quem está morrendo?


Histórias Que Nosso Cinema (Não) Contava - Filme 2018 - AdoroCinema

HISTÓRIAS QUE NOSSO CINEMA (NÃO) CONTAVA (2017)

OK.RU

Documentário totalmente diferente do que eu esperava, o que de certa forma me surpreendeu. Tive a mesma sensação ao assistir ao premiado "Cinema novo", de Eryk Rocha. Os dois são interpretações bastante pessoais e experimentais de movimentos cinematográfico brasileiro, brilhantemente editados. Aqui, o editor Luiz Cruz faz um trabalho formidável. Junto da Diretora, assistiram a mais de 100 filmes representativos da pornochanchada, selecionando trechos de quase 30 filmes. O que mais chama atenção, para quem não nunca assistiu a nenhum desses filmes, é constatar que atores consagrados de hoje em dia, na época, eram estrelas desses filmes ingenuamente eróticos: Antonio Fagundes, Teresa Rachel. José Lewgoy, Vera Fisher, Maria Lucia Dahl, Roberto Bonfim, Denise Dumont, etc. Eu esperava assistir a um documentário tradicional, com trechos de filmes, e entrevistas e depoimentos de atores, estudiosos e técnicos. Mas isso não acontece. O que vemos, é uma colcha de retalhos de trechos de filmes, editados de forma temática (sem uso de legendas ou cartelas): Fernanda Pessoa quiz mostrar que o gênero pornochanchada, rejeitado por uma boa parcela da população e dos críticos, por serem associados à sacanagem e à vulgarização da mulher, também eram usados como fachada para mensagens que na época, ditadura militar dos anos 70, seriam abolidos de filmes tradicionais. São críticas à tortura, uso da greve como arma política, violência policial, perseguição aos esquerdistas e comunistas, etc.


A Paixão de JL - Filme 2014 - AdoroCinema

A PAIXÃO DE JL (2015)

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Um dos filmes mais tristes a que assisti, o documentário "A paixão de JL" me lembrou bastante a experiência que tive ao assistir ao documentário sobre "A verdade sobre Marlon Brando". No filme, ouvimos o ator Marlon Brando falando sobre vida e profissão, através de mais de 300 fitas que ele deixou como legado, aonde ele fazia uma espécie de terapia, registrando todos os seus pensamentos e divagações. Em "A paixão de JL", o cineasta Carlos Nader faz o mesmo. Amigo de Leonilson, ele se apropria das fitas K7 deixadas gravadas pelo Artista, morto aos 36 anos em decorrência da Aids, e faz um dos filmes mais belos do cinema nacional. Leonilson, em 1990, resolveu gravar áudios aonde ele discursava sobre a vida, sobre seus amores, sobre a sua condição de homossexual, sobre fatos relevantes da economia, política e cultura mundial. Apaixonado por cinema e música, vemos trechos de filmes como "Paris Texas" e "Um filme de Nick", de Win Wenders, e o clip de Madonna, "Cherish". A idéia era que esses áudios virassem um livro depois. Leonilson era cearense e se mudou para São Paulo, realizando mais de 4000 obras, se tornando um dos artistas mais influentes dos anos 80 no Brasil. Em 1991, ao descobrir ser portador do vírus do HIV, ele desaba emocionalmente, e os relatos passa, a ser sobre morte e depressão, e mais, sobre a possibilidade de nunca mais namorar ("quem vai querer namorar um cara com Aids?" e o temor de que sua família saiba sobre a sua condição. Lembrando que nessa época, a Aids era tratada com o coquetel de Azt e existiam muitos os efeitos colaterais, além do preconceito ser enorme para os portadores da doença. Havia o estigma da morte eminente. Pouco vemos de imagens de Leonilson. No entanto, o filme é repleto de imagens de suas obras, de suas dores retratadas nas pinturas e tecelagens. Trechos de filmes clips, documentários (Relembramos de Annie Lennox cantando "Everytime we say good bye" em "Ricardo II", de Derek Jarman). O filme faz uma brilhante investigação nostálgica sobre os anos 80 e início dos 90, com imagens de arquivo chaves do período, como a derrubada do muro de Berlin, os tanques na Praça da Paz Celestial, o Impeachment de Collor. Alerta: é um filme bastante depressivo, os relatos são bem duros e comoventes. O filme venceu inúmeros prêmios em Festivais, merecidamente.


DIÁRIO DE UMA BUSCA (2010)

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Celso Afonso Gay de Castro, jornalista, 41 anos, ex-militante político e comunista, exilado em vários países, foi encontrado morto em 4 de outubro de 1984. Segundo o noticiário da época, ele teria invadido um apartamento de um alemão suspeito de ser nazista, ex-consul no Paraguai. Celso, acuado, teria assassinado seu colega e se suicidado. Com essa história mirabolante, a Cineasta e roteirista Flávia Castro (co- escreveu o roteiro de "Nise", com Glória Pires) realizou esse documentário sobre o seu pai. Investigativo, permeado por memória dela, do irmão Joca, de sua mãe e amigos da família, o filme mescla imagens de arquivo e entrevistas que Flávia fez, traçando o itinerário que sua família fez na época do exílio, nos anos 60 até final dos anos 70, quando em 79, com a anistia política, resolveram voltar ao Brasil. Usando a memória e a ajuda de parentes e amigos, Flávia narra a sua epopéia ainda criança, indo de país a país, se escondendo com seus pais e irmão. Impossibilitada de ir para a escola, e sendo um estorvo (na palavra da própria mãe), ela e o irmão eram totalmente um enfado para a guerrilha. Ainda na escola, uma colega perguntou o que os pais dela faziam, e ela respondeu: "eles só fazem reuniões". Foram para Santiago, Buenos Aires, Bélgica. Em todos esses lugares, se refugiaram em casas de amigos, embaixadas. Pulando de galho em galho, Flávia se sentia sem rumo. O filme, além de tentar entender o caso do suicídio de seu pai, para ela, supostamente assassinado por questões políticas, ainda faz esse relato melancólico sobre criancas sem identidade, que deixaram de viver a infância para desde pequenos, enfrentarem a duar realidade dos adultos. O filme venceu vários prêmios, entre eles, melhor documentário no Festival do rio e Prêmio da crítica em Gramado.


BORBOLETAS DA VIDA (2004)

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DIREÇÃO: Vagner de Almeida

Documentário vencedor do prêmio de melhor filme no New York Brazilian Film Festival de 2005, pode ser considerado um pré "Favela gay", premiado documentário de Rodrigo Felha realizado em 2014. Apesar da distância de 10 anos entre os 2 projetos, é aterrorizante testemunhar que absolutamente nada mudou: os depoimentos são os mesmos. Preconceito, violência social e familiar, desemprego, depressão e a eterna sensação de não pertencer a esse mundo. Ambos os filmes falam sobre ser homossexual dentro de comunidades pobres do Rio de Janeiro. Mas não o homossexual glamuroso e bombado em festas raves, mas o afeminado, o "bichinha", o que se assume e que tem uma persona feminina muito forte fazendo com que vários deles se trsnsformem em drag queens e travestis. Nenhum dos depoentes ainda pensou em fazer a operação para mudança de sexo. Em "Borboletas da vida", produzido pela Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), acompanhamos vários depoimentos de gays afeminados no bairro de Austin, em Nova Iguaçu. São pobres, maioria sem grande instrução, porém todos com um discurso muito apropriado e firme sobre o que desejam na vida, baseado em casos de bullying e violência sofridos na infância. Mesmo com tanta tragédia, os gays conseguem se divertir e dar depoimentos hilariantes, o que vai na máxima de que rir é o melhor remédio para curar a tristeza. Todos se consideram "bichas boys": de dia agem como homenzinhos, e de noite, levam bolas e se travestem de mulheres em casas de show, no caso, uma casa de show em Austin dedicado ao público Lgbt. Tem uma frase que um dos entrevistados diz que é genial: "Sou bicha boy : de manhã sou homem e de noite tiro a mulher de dentro da bolsa." O que o filme tem de exemplar é a sua simplicidade: tanto na técnica quanto nos depoentes. são pessoas muito simples, falam errado, mas possuem um poder incrível de emocionar com os seus desabafos. Fiquei com vontade de escrever várias histórias ali. Muito lindo mesmo. De ruim, somente o componente visual das borboletas, que achei brega. Mas talvez tenha sido até mesmo proposital, fazendo parte desse elemento lúdico que o filme traz, como se tudo fosse um grande conto de fadas de terror na era moderna. Muito bom.


CÁSSIA ELLER (2014)

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Escrito, editado e dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, "Cássia Eller" é um documentário de 2014 que venceu diversos prêmios, entre eles, Melhor documentário e melhor edição no Grande Prêmio da Academia 2016.
Com produção da Migdal Filmes, o filme traz a trajetória de uma das mais amadas cantoras do Brasil, que veio a falecer de infarto do miocárdio em 2001, aos 39 anos de idade. Na época, a mídia toda noticiou que ela havia morrido de overdose, mas anos depois, esse fato foi desmentido. O filme apresenta Cássia em seus primeiros anos como artista em Brasília, no início dos anos 80, em Brasília (ela nasceu no Rio de Janeiro). Junto de Marcelo Saback, se apresentaram em um show teatralizado, chamado "Gigolôs", que fez muito sucesso. isso foi o passo para ela se apresentar como cantora solo em shows e a partir daí, junto de sua companheira Maria Eugênia, vieram para o Rio de Janeiro. Cássia conheceu músicos, compositores e passou a cantar, e estourou com regravações de Cazuza e outros cantores famosos. Cássia era mais conhecida como a cantora das regravações, e menos como compositora. Quando seu filho Chico nasceu, Cássia passou a mudar o seu e tilo roqueira. Chico, crescido, disse à mãe que ela berrava muito, e por isso, ela passou a cantar, como ela mesmo diz, com mais "Ternura". Essa mudança se fez com o disco e show que ela gravou com Nando Reis, e posteriormente, o disco de grande sucesso Acústico Mtv. Quando Cássia veio a falecer, a guarda do filho Chico foi uma batalha entre Maria Eugênia e o pai de Cássia, que aos 67 anos, se achava no direito do menino ficar com ele. Mas foi um caso inédito no País até então, e a guarda acabou ficando com Maria Eugênia, um fato histórico, onde o filho fica com a companheira do mesmo sexo. A força do documentário está muito por conta da grande figura pública que foi Cássia: mesmo tímida, ela se transformava nos palcos. Um filme obrigatório para os fãs e para quem quer entender a MPB dos anos 90.

Chico - Artista Brasileiro - Filme 2013 - AdoroCinema

CHICO: ARTISTA BRASILEIRO (2015)

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O cineasta Miguel Faria Jr tem uma trajetória curiosa: ele começou fazendo longas de ficção, de onde saiu a obra-prima "República dos assassinos", até o melancólico "Estelinha". É dele também a versão para cinema de "O xangô de Baker Street". Porém, foi no documentário que ele se reinventou. Após o sucesso de "Vinícius", ele traz outro mito da MPB, Chico Buarque. O próprio costura o filme dando um depoimento sobre a sua vida pessoal e artística, sua relação com os pais, a ex esposa Marieta Severo, com quem ficou casado 30 anos, os anos de exílio, os festivais de canção, a relação com grandes intérpretes e o mais curioso: ele vai atrás da história do meio irmão alemão em Berlin, fruto de uma relação de seu pai com uma alemã quando por lá esteve nos anos 30. Dessa história, saiu a matriz de seu último livro, "O irmão alemão". Entre um e outro depoimento, vemos cantores famosos dando as suas versões de clássicos de Chico. O filme é farto de imagens de arquivo, e no final, fica-se um retrato absolutamente comovente e histórico desse que é sem dúvida um dos maiores artistas completos do Brasil. As suas divagações sobre idade, tempo, morte, solidão, criação, memória, batem fundo na alma do espectador.


FAVELA GAY - Rota Cult

FAVELA GAY (2013)

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Diretor: Rodrigo Felha

Produzido em 2013 por Cacá Diegues,o documentário é dirigido por um dos jovens Cineastas do Projeto coletivo "5X Favela", também produzido por Cacá. O filme apresenta depoimentos de moradores de várias comunidades do Rio de Janeiro, como a Maré, Complexo do Alemão, Rocinha, Vidigal, Andaraí, etc. É o chavão: pobre, gay e favelado. Mas o que impressiona é a inteligência e o discurso politizado dos entrevistados, mesmo que não tenham tido muita instrução. As histórias praticamente se repetem em todos os depoimentos: a não aceitação da família, prostituição, drogas. Apenas um dos entrevistados é mulher, os outros são gays masculinos, travestis e drag queens. Como em um filme de Eduardo Coutinho, o pulo do gato do filme são as entrevistas, boa parte delas bem divertidas. Entremeadas de humor, mesmo que o discurso em si seja uma tragédia humana. O filme é curioso, mas também não sai do lugar comum de todos os estereótipos que os próprios gays abominam em programas de humor: muita afetação, muita viadagem, Senti falta de depoimento de um gay masculino, que não fosse desmunhecado. O ponto alto é o depoimento do deputado Jean Willis, que faz uma comparação entre o seu despertar sexual aos 15 anos e ao de seu irmão hetero.


FLORDELIS - BASTA UMA PALAVRA PARA MUDAR (2009)

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Dirigido por Marco Antônio Ferraz e Anderson Corrêa

Elenco: Flordelis como Flordelis dos Santos, Marcello Antony como Pastor Anderson do Carmo dos Santos, Giselle Itié como Cláudia, Isabel Fillardis como Joana, Pedro Neschling como Paulo Roberto, Ana Furtado como Maria, Reynaldo Gianecchini como Alex, Thiago Rodrigues como Misael, Rodrigo Hilbert como Israel, Letícia Sabatella como Eliane, Cauã Reymond como Carlos, Fernanda Lima como Bianca, Graziella Schmitt como Rose, Bruna Marquezine como Rayane, Cris Vianna como Vânia, Deborah Secco como Simone (filha biológica), Guilherme Berenguer como Adriano (Pequeno), Erik Marmo como Flavinho, Patrícia França como Mãe de Beá, Roumer Canhães como Pai de Beá, Eduardo Galvão como Carlos Werneck, Thiago Martins como Pedro Werneck, Fernanda Machado como Filha estuprada, Alexandre Zacchia como Homem que estupra a filha, Carolina Oliveira como a Tatiane, Júlia Mattos como a Laís, Letícia Spiller como Volúcia, Alinne Moraes como Vanessa (Kikita), Sérgio Marone como Alan, Edílson Vieira como Traficante, Adriano Vianna como Traficante, Fabio Bianchini como Traficante, Rafael Lozada como Médico, Daniela Couto como Enfermeira, Diego Rian como Traficante, Ulisses Bonfim como Traficante, Janice Brytis como Enfermeira, Marcello Ferreira como Traficante

Flordelis é uma mulher evangélica, moradora da favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, e respeitada pelos traficantes e demais habitantes do local por seu trabalho humanitário ao ajudar jovens com problemas com drogas e vindos do mundo do crime. Buscando fazer a diferença no mundo, levou a sua casa 37 crianças e adolescentes abandonados, sem abrigo, em fuga de lares violentos ou desde cedo com problemas de dependência química, criando-os com amor e ensinando bons ideais para que não se envolvam com o mundo do crime e das drogas. "Mãe Flor", como passou a ser conhecida, dividiu opiniões no local onde morava. Enquanto alguns consideravam-na louca, outros a consideravam uma referência de afeto e caridade por ter criado cada um deles com boa índole e sem deixar que se envolvessem em coisas ilícitas.

Perseguida pela polícia e os órgãos públicos, Flor foi humilhada publicamente ao estampar diversos jornais como sequestradora, tendo de fugir de casa com os jovens para evitar que eles fossem retirados dela e enviados para abrigos sem estrutura, indo viver na rua para conseguir mantê-los unidos. Com a ajuda dos irmãos Werneck – que alugaram uma casa fora da favela que eles viveram – ela conseguiu fundar o Instituto da Criança, legalizando assim a situação perante a justiça e podendo receber doações, expandindo seu trabalho.

Ao longo do filme, cada ator conta uma das história dos jovens cuidados por Flordelis ou dos pais que abandonaram crianças e pessoas envolvidas na história em forma de depoimento. 


BOMBADEIRA (2007)

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Dirigido por Luís Carlos de Alencar

Documentário sociológico que mostra a vida de travestis que fazem de tudo para realizar o sonho de terem um corpo de mulher legítimo ou o mais próximo possível disso. Um dos métodos utilizados é o de aplicar clandestinamente fartas doses de silicone industrial no corpo pelas chamadas "bombadeiras". Alguns travestis da cidade de Salvador são entrevistados e mostram o quanto são capazes de tudo em busca da beleza feminina, mesmo que sejam necessárias mutilações e demais métodos que comprometam a saúde.


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AUDÁCIA! A FÚRIA DOS DESEJOS (1970)

OK.RU

Dirigido por Carlos Reichenbach

Elenco: Jorge Bodanzky, Letácio Camargo, Maurice Capovilla, José Carlos Cardoso, Francis Cavalcanti, Zilda Cheneme, Maurício do Valle, Maria Joaquina Fernandes, Bill Foster, Wanderley Grilo, Ney Latorraca, Marco Antônio Lellis, José Mojica Marins ... Próprio, Julia Miranda, Sílvio Navas, Palito ... Banana macaco, Maria Cristina Rocha, Wanda Rocha, Sabrina, Rogério Sganzerla, Dirceu Soares, Teresa Sodré, Gilberto Sálvio, Cléo Ventura, Maria Vicente

Episódio: "Prólogo"
Uma demonstração de como se faz cinema em São Paulo, focalizando equipes de filmagens e entrevistando cineastas locais como Maurice Capovilla. Ozualdo Candeias e Rogério Sganzerla.

Episódio: "A Badaladíssima dos Trópicos x os Picaretas do Sexo"
Paula resolve dirigir um filme, contando com um tipo esquisito chamado Banana-Macaco e uma aspirante a estrela, Ava Ava. O namorado de Paula, o fazendeiro Bill, é quem produz o filme, cumprindo uma antiga promessa feita à moça. Quando as filmagens começam, acontece de tudo: a diretora não encontra inspiração, o produtor conquista uma atriz coadjuvante e o galã abandona as filmagens.

Episódio: "Amor 69"
Maria Vargas é uma atriz que concorda em aparecer nua num filme. Só que sua desistência de última hora a participar do longa-metragem cria uma grande confusão.


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 NO PAIZ DAS AMAZONAS (1922)

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Dirigido por Silvino Santos

Primeiro documentário de longa-metragem que traz à Europa e ao mundo civilizado de então o retrato do universo encantado da Grande Floresta, a Amazónia, mas também dos trabalhos e das atividades desenvolvidas na selva e no rio, um quase épico ou filme de aventuras de uma rara beleza e interesse histórico e documental. O filme serviu para representar os estados do Norte do Brasil na exposição que teve lugar no Rio de Janeiro, comemorativa do Centenário da Independência, tendo posteriormente sido exibido em Paris e noutras capitais europeias, incluindo Lisboa.


Pixote in Memoriam - Filme 2006 - AdoroCinema

PIXOTE IN MEMORIAM (2007)

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Dirigido por Felipe Briso e Gilberto Topczewski

Elenco: Caetano Veloso, Edilson Lino, Elke Maravilha, Fernando Ramos da Silva, Gilberto Moura, Héctor Babenco, Israel Feres David, Jorge Julião

Um reencontro com os personagens de Pixote - A Lei do Mais Fraco, filme dirigido por Hector Babenco e lançado em 1981. Depoimentos de atores, parte da equipe envolvida na produção do longa-metragem, personalidades impactadas pelo filme e familiares do protagonista Fernando Ramos da Silva, já falecido.


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MAMONAS PRA SEMPRE (2009)

OK.RU

DIREÇÃO: Cláudio Kahns

A história de Bento, Dinho, Júlio, Samuel e Sérgio, que iniciaram na música através da banda Utopia e atingiram a fama nacional com o grupo Mamonas Assassinas. Uma história de sucesso que chegou ao fim devido a um trágico acidente aéreo, ocorrido em 2 de março de 1996.


MULHERES: UMA OUTRA HISTÓRIA (1988)

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Direção: Eunice Gutman

Elenco: Benedita da Silva, Bete Mendes, Jandira Feghali.

Filmado enquanto o Brasil transitava de volta à democracia, após mais de duas décadas sob ditadura, "Mulheres: uma outra história" centra-se nos diversos aspectos da participação das mulheres no cenário político brasileiro e apresenta entrevistas com algumas das 23 mulheres que foram eleitas para a Assembléia Constituinte e que conseguiram obter a aprovação de algumas de suas propostas para a Constituição Brasileira, que estava sendo elaborada na época. O filme apresenta depoimentos da sufragista Carmen Portilho, que recorda a longa história da luta das mulheres para conquistar o direito de voto no país, e de Jandira Feghali e Benedita da Silva, que se tornaram algumas das líderes políticas mais influentes da história do país.


OURO, SUOR E LÁGRIMAS (2015)

OK.RU / YOUTUBE

DIREÇÃO: Helena Sroulevich

Documentário que faz um registro da chamada década de ouro da seleção de vôlei brasileiro, tanto masculina e feminina. Essa década vai de 2001 a 2012. Pegando imagens de arquivo e gravando depoimentos e imagens de treinamento das 2 seleções durante a estada deles no Centro de treinamento em Saquarema, meses antes das Olimpíadas de Londres em 2012, o filme mostra a garra e a determinação dos jogadores e dos treinadores de ambos os times. O filme começa mostrando imagens de arquivo de jogadores ainda nos anos 90, e a formação do time de ouro dos anos 2000, que une calouros e veteranos. Durante essa década, o Brasil venceu várias competições, sob o comando de Bernardinho no masculino, e Zé Roberto Guimarães, no feminino. Em relação ao time feminino, existia um estigma, propagado pela mídia, de que as jogadoras sempre amarelavam quando chegavam em uma final. Segundo as jogadoras, o Brasil não aceita ganhar um segundo nem terceiro lugar. Só o que vale é o Ouro. Esse mesmo sentimento é formalizado por Bernardinho quando o time masculino tira o segundo lugar em Londres. É quase que como uma derrota. Mas o que interessa mesmo no filme e que me motivou a divulgá-lo para as pessoas, mesmo para quem não curte esporte, é a mensagem que parece óbvia, mas que muita gente insiste em não levar a sério. Não existe vitória sem sacrifícios. Não existe o pódio sem luta, sem choro, sem dôr, sem grito. Tudo precisa ser batalhado, levado ao seu extremo. Ver a determinação dos esportistas, a rotina de exercícios cansativos, de machucados, de lesões, e mesmo assim, seguindo adiante, é muito comovente. Relatos de jogadores que sentem saudades da família, dos amigos, e mesmo assim, passam quase que o ano todo fora de casa, viajando. O técnico Bernardinho diz que esse é o preço pago para quem é muito bom, para quem está num nível top de qualificação. Ou seja, difícil chegar lá, mais difícil ainda se manter lá. Vale assistir ao filme e refletir sobre o que queremos para a nossa vida profissional, e o que precisamos fazer para almejar nossos objetivos. Motivação é sempre necessário.


A Loucura Entre Nós - Filme 2015 - AdoroCinema

A LOUCURA ENTRE NÓS (2015)

DRIVEGOOGLE

Diretora: Fernanda Fontes Vareille

ELENCO: Dimitri Ganzelevitch, Edilson dos Santos, Clarisse de Oliveira, Elisângela Costa de Oliveira, Leni Nunes dos Santos, Bárbara Cerqueira dos Santos, Bárbara Pinto Costa, Marcelo Magnelli, Celeste Dantas, Maria Leonor Leal Jaqueira

Através dos corredores e grades de um hospital psiquiátrico, busca-se personagens e histórias que revelem as fronteiras do que é considerado loucura. Por meio de, principalmente, personagens femininos, o documentário exala as contradições da razão nos fazendo refletir nossos próprios conflitos, desejos e erros. 


 Doutores da Alegria - Filme 2004 - AdoroCinema

DOUTORES DA ALEGRIA - O FILME (2005)

OK.RU / PIXELDRAIN / TERABOX

DIREÇÃO: Mara Mourão

O dia-a-dia dos hospitais que recebem visitas do grupo Doutores da Alegria, formado por atores que se vestem de palhaços para alegrar as crianças internadas. A transformação pela qual o ambiete passa com a simples presença dos palhaços, proporcionando cenas engraçadas e ainda presenciando depoimentos tocantes ao lado dos pacientes, seus pais e médicos.


Onde a Terra Acaba: filme sobre a vida e a obra de Mário Peixoto compõe  próxima sessão do Cineclube de Documentário • Escola de Cinema Darcy Ribeiro 

ONDE A TERRA ACABA (2002)

DRIVEGOOGLE SENHA: teladecinema.net / YOUTUBE

Escrito e dirigido por Sérgio Machado

ELENCO: Matheus Nachtergaele...narrador, Cacá Diegues, Olga Breno, Nelson Pereira dos Santos, Walter Salles, Ruy Solberg

Sobre o filme homônimo inacabado de Mário Peixoto. O roteiro é baseado nos diários, cartas e entrevistas do diretor, e inclui muitas imagens de arquivo e trechos de filmes antigos inclusive o lendário "Limite", de 1931, e depoimentos de cineastas contemporâneo e pessoas que conheceram e conviveram com Peixoto, como a atriz Olga Breno, a quem o filme foi dedicado.


1958 - O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil - Filme 2007 - AdoroCinema

1958, O ANO EM QUE O MUNDO DESCOBRIU O BRASIL (2008)

4SHARED 01 - 02 SENHA: teladecinema.net

DIREÇÃO: José Carlos Asbeg

A história da conquista da 1ª Copa do Mundo de futebol contada por seus protagonistas através da montagem de imagens de arquivos da época e de depoimentos concedidos pela equipe de jogadores que estiveram na Copa, tanto na seleção nacional (com exceção de Pelé) quanto nas seleções que enfrentaram o Brasil, além de entrevistas dadas por jornalistas esportivos e dirigentes.


Dvd Sequestro - documentário em Promoção na Americanas

SEQUESTRO (2009)

OK.RU

Diretor: Jorge W. Atalla

Durante quatro anos, o filme acompanhou os trabalhos da Divisão Anti Sequestro da Polícia Civil de São Paulo. Neste período, cerca de 400 pessoas foram sequestradas no estado de São Paulo e mais de 1.500 em todo o Brasil. O filme mostra situações reais como a negociação entre família e sequestradores, o resgate de uma criança de seis anos, um sequestro comandado de dentro da cadeia e depoimentos de vítimas resgatadas.


 Senta a Pua! - 1999 | Filmow

SENTA A PUA! (1999)

OK.RU

Diretor: Erik de Castro

O documentário versa sobre a atuação do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Baseado no livro homônimo do brigadeiro Rui Moreira Lima, conta com depoimentos do próprio Lima e outros integrantes do grupo como os brigadeiros Corrêa Netto, Meira, Neiva e Joel Miranda.


Pan-Cinema Permanente - Filme 2008 - AdoroCinema

PAN-CINEMA PERMANENTE (2008)

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ELENCO: Caetano Veloso, Waly Salomão, Suzana de Moraes, Gilberto Gil, Regina Casé, Adriana Calcanhotto, José Junior, Antonio Cicero, AfroReggae

Documentário sobre o poeta baiano Waly Salomão, para quem a vida era um filme de ficção e a poesia uma ferramenta para desmascarar qualquer pretensão naturalista. Essa convicção influenciou profundamente amigos, como Antonio Cícero, Caetano Veloso, e também o diretor deste documentário, Carlos Nader, que filmou Waly por quase 15 anos, buscando a aproximação entre vídeo e vida.


O Prisioneiro Da Grade De Ferro | Amazon.com.br

O PRISIONEIRO DA GRADE DE FERRO (2003)

OK.RU

Lançado no mesmo ano que "Carandiru", de Hector Babenco, em 2003, o super premiado documentário de estréia de Paulo Sacramento abocanhou prêmios em importantes Festivais, como Festival do Rio, Tribeca, Gramado, Grande prêmio do cinema brasileiro, entre outros. Rodado um ano antes da implosão do complexo de detenção de Carandiru, ocorrido em 2003, o filme é um trabalho cooperativo realizado junto de 20 detentos, que aprenderam técnicas de roteiro, direção e uso de câmera para narrar o ponto de vista de quem está dentro do presídio. Driblando censura interna e deixando que nada interfira na apresentação do interior do presídio pelo olhar dos detentos, Sacramento só não conseguiu com que esses mesmos detentos acompanhassem a pós-produção: ou seja, a edição não lhes foi permitida. O filme lembra um pouco o posterior "César está morto", dos irmãos Taviani, que apresenta detentos de segurança máxima estimulados pela atuação. A arte abrindo possibilidades para quem se acreditava sem futuro.


Cinema Novo - Filme 2016 - AdoroCinema

CINEMA NOVO (2016)

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Premiado com o até então inédito prêmio para o Brasil, o "Olho de Ouro" de Melhor Documentário do Festival de Cannes 2016, "Cinema novo" faz uma aposta ousada para a sua forma. Provavelmente muita gente irá assistir ao filme esperando um documentário didático, apresentando entrevistas com gente famosa, trechos de filmes, enfim, o trivial. Mas Eryk Rocha fez diferente: realizou um documentário poético e lírico, usando o vocabulário narrativo e dos dogmas do Movimento que sacudiu o Brasil dos anos 60. Assim, o filme segue uma edição sem um roteiro pré-determinado, deixando-se seguir pelas sensações e emoções, "viagem" onde provavelmente o espectador mais conhecedor das obras do Cinema novo irá embarcar em primeira classe. Para os que forem assistir ao filme buscando informações para leigos, provavelmente ficará frustrado pelo fato dos trechos dos filmes virem sem créditos. Não se sabe a qual filme a cena representa. Os depoimentos são em sua grande maioria de época. O que me enche os olhos, é poder entender o quanto os cineastas que criaram o Cinema Novo eram amigos e se ajudavam. Era quase que uma cooperativa cultural, um batalhão de choque de cineastas, produtores e fotógrafos que se uniam para dar ao Brasil e ao Mundo o seu olhar sobre a estética verdadeiramente brasileira, que falasse da cultura do povo brasileiro, e não um modelo importado do exterior. Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro de Andrade, Cacá Diegues, Arnaldo Jabor, Glauber Rocha, Geraldo Sarno, Paulo Cezar Saraceni, Ruy Guerra, Leon Hirzman, Gustavo Dahl foram alguns desses desbravadores, que fizeram da câmera na mão a sua arma. Os filmes eram em sua maioria rodados em locação. Um depoimento interessante é quando é dito que um cineasta abraçava a estética de Eisenstein. outro do neo-realismo, outro da nouvelle vague e por aí vai. O grande e maior mérito, a meu ver, deve ir para o editor do filme, Renato Valone, um herói, considerando a enorme quantidade de material que ele teve em mãos para poder realizar esse filme 100% realizado com material de arquivo.


 

O SAL DA TERRA (THE SALT OF THE EARTH, 2014) LEGENDADO

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Uma visão poética e sublime sobre vida e obra do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. O filme ganhou em Cannes o prêmio da Mostra "Um certo olhar". Salgado e seu filho Juliano, Co-diretor do filme, convidaram o cineasta alemão Win Wenders para complementar as imagens domésticas realizadas por Juliano, filho de Salgado, pelas peregrinações mundo afora. Grande fã do trabalho do fotógrafo, Wenders não pensou duas vezes . O filme narra então a infância na fazenda de Minas, seu encontro com sua futura esposa Leila, com quem viria se casar, seu exílio na França, o abandono da economia para virar um dos maiores fotógrafos sociais do mundo. O filme passa a narrar cada um de seus projetos/livros, até chegar no atual, "Gênesis", onde ele mostra seu olhar sobre a cultura primitiva e natureza. Atualmente Salgado e Leila se dedicam ao Instituto Terra, uma ONG de reflorestamento que organizaram na fazenda da família de Salgado, em Minas. Um filme lindo, exuberante, poético, um pouco cansativo e redundante, mas belo.


REFLEXÕES SOBRE O FILME “IRACEMA: UMA TRANSA AMAZÔNICA” | by Bianca Doza |  Medium

ERA UMA VEZ IRACEMA (2005)

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Diretor: Jorge Bodanzky

Um making-of dirigido pelo próprio Bodanzky, o documentário discute a linguagem do filme Iracema – Uma Transa Amazônica 30 anos depois de sua realização, reunindo entrevistas com os autores, atores, críticos e com os próprios cineastas.


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 IRACEMA - UMA TRANSA AMAZÔNICA (1974)

OK.RU / ARCHIVE.ORG

Direção: Jorge Bodanzky e Orlando Senna

Elenco: Paulo César Peréio como Sebastião (Tião "Brasil Grande"), Edna de Cássia como Iracema, Lúcio dos Santos, Elma Martins, Fernando Neves, Wilmar Nunes, Sidney Piñon, Rose Rodrigues, Conceição Senna

No documentário intitulado "Era uma vez Iracema", realizado a partir de depoimentos de parte do elenco do filme, dos diretores, do crítico Ismael Xavier e do Cineasta Fernando Meirelles, testemunhamos fatos curiosísssimos. Detalhes de produção, da filmagem, etc. Mas entre os depoimentos, o mais contundente sem dúvida é de Fernando Meirelles. Ele diz que quando era estudante de Arquitetura, ele frequentava Cineclubes. E que quando assistiu a "Iracema", ele decidiu de vez fazer Cinema. O filme mexeu muito com ele: a forma de filmar, o esquema de produção, a vida que transcorre real nas telas. Mesclar ficção e documentário, Atores e não-atores, não é nenhuma novidade. Mas em "Iracema", essa mistura se dá de forma explosiva: revelar um Brasil do terceiro mundo, pobre, trágico, sem futuro. Realizado durante a Ditadura militar, que pregava que o Brasil era um País de Futuro, o filme mostra exatamente o contrário. Que esse futuro não existe, é uma balela, ele traz a infelicidade e a destruição tanto do ser humano, quanto da natureza e do ambiente que nos cerca. O filme foi realizado em 74, e inicialmente concebido para ser um Documentário favorável ao Governo, fazendo um registro da construção da estrada da Tranzamazônica, uma obra faraônica que tem a intenção de ligar a Amazônia à Paraíba, ou seja costurando o País de ponta a ponta. Muitos trabalhadores se enfiaram no meio da floresta, longe da civilização. Para poderem sobreviver, fora construídos pequenos vilarejos, e com eles, veio a grilagem, o trabalho escravo e a prostituição infantil. A modernidade traz a mazela, assim diz o filme. A construção da estrada também trouxe problemas para a natureza: queimas desmedidas, desmatamento criminoso de árvores e o consequente aumento de madeireiras que se apropriam dessas árvores para vender. Nesse cenário de fim de mundo, ambientado em Belém do Pará, encontramos João Brasil Grande (Paulo César pereiro), um caminhoneiro que transporta madeiras. Ele conhece Iracema (Edna de Cássia), uma menor de idade abandonada à sorte pela família para se prostituir. Com 15 anos, Iracema segue com João pela estrada da Transamazônica, e juntos, testemunham o nascimento de uma civilização destruída, habitada por pessoas famintas e escravizadas. O filme venceu vários prêmios mundo afora, inclusive um especial em Cannes, mas aqui no Brasil venceu 3 prêmios em Brasília:em 1980: Filme, Atriz (Edna), atriz coadjuvante (Conceição Senna, esposa do cineasta Orlando) e de edição. Curioso constatar essa mistura de atores e não atores: como o filme é todo de diálogos improvisados, vê-se que os não atores "atuam espontaneamente", pois vivem a sua dura realidade. Os atores, no entanto, precisam se encaixar nesse mundo, e algumas vezes sôa falso. O filme tem várias cenas antológicas, mas a mais memorável é a do final, quando Tião reencontra Iracema bêbada, acabada, na estrada com outras putas. Realizado em 74, o filme foi proibido pelo Governo brasileiro, só tendo sua exibição liberada em 1981. Antes, ele foi exibido de forma clandestina pelo País.


Luz Anima Ação – Filme bei Google Play

LUZ,ANIMA, AÇÃO (2013)

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DIREÇÃO: Eduardo Calvet

Através de entrevistas com personalidades consagradas da área, o documentário “Luz, Anima, Ação” conta a história da animação brasileira desde os primórdios até o atual bum produtivo de filmes e seriados voltados ao mercado internacional. O filme resgata a memória audiovisual brasileira voltada para a animação na TV, na publicidade e nos cinemas revelando as principais personalidades que ajudaram a construir essa trajetória na teoria e na prática, além de relembrar marcos históricos e criações imortais de todas as épocas.O filme também recria o pioneiro do cinema de animação brasileiro: “O Kaiser” (1917), do caricaturista fluminense Álvaro Marins. A animação se perdeu com o tempo,restando apenas uma imagem de referência da obra. Oito animadores brasileiros de diferentes técnicas participaram do projeto: Marão, Zé Brandão, Stil, Pedro luá, Marcos Magalhães, Diego Akel, Fábio Yamaji e Rosana Urbes. Cada um animou uma sequência do filme à sua maneira, em uma obra coletiva rica, diversa e surpreendente. “Luz, Anima, Ação” é uma homenagem àqueles heróis esquecidos da cultura nacional.


Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar - Filme 2019 - AdoroCinema

ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR (2019)

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Dirigido por Marcelo Gomes

Na cidade de Toritama, considerada um centro ativo do capitalismo local, mais de 20 milhões de jeans são produzidas anualmente em fábricas caseiras. Orgulhosos de serem os próprios chefes, os proprietários destas fábricas trabalham sem parar em todas as épocas do ano, exceto o carnaval: quando chega a semana de folga eles vendem tudo que acumularam e descansam em praias paradisíacas.


FILME SOBRE UM BOM FIM (NACIONAL/720P) – 2015 AVvXsEj-17LRiy-DFC9alZ0rqQGVSAre3ybIQTArXcDSKaFS38ORbxULfvohJ-MBjlyXUlu2i02VLBb9qHGkvYUXLxCwky_Q8G1aP1SKgaFKge9Y5MpXIf_qHg0fygDoDajDIn218FhyFW96F8zDAD1Fwyki6IxevadEUmYBlFIVmzIIaM70_IxiWcsZ1Le7=s400

FILME SOBRE UM BOM FIM (2015)

YOUTUBE

DIREÇÃO: Boca Migotto

O filme relembra episódios e personagens que se tornaram símbolos da efervescência cultural e política do bairro Bom Fim em Porto Alegre durante a ditadura militar e o processo de redemocratização no país. Com apoio de imagens de arquivo e depoimentos de dezenas de artistas, jornalistas, historiadores e frequentadores do bairro, o filme destaca as diferentes faces que o Bom Fim viveu nas últimas décadas.
Anos 60 e 70, a proximidade com a UFRGS fez dos bares da chamada “esquina maldita” (Osvaldo Aranha com Sarmento Leite), entre eles o Alaska, o Mariu’s e o Copa 70, extensão tanto das discussões acadêmicas de contestação à ditadura militar quanto da diversão mundana impregnada pela revolução sexual, pelas ideias libertárias do movimento hippie e pelos bêbados alheios a tudo isso.


Junho - O Mês que Abalou o Brasil - Filme 2013 - AdoroCinema

JUNHO: O MÊS QUE ABALOU O BRASIL (2014)

YOUTUBE

DIREÇÃO: João Wainer

O documentário mostra as manifestações que tomaram conta das ruas em diversas cidades do Brasil em junho de 2013. Tudo começou em São Paulo, quando a população organizou uma passeata contra o aumento das tarifas do transporte público. As reivindicações aumentaram, havendo protestos contra a corrupção, falta de serviços públicos e gastos excessivos com a Copa do Mundo. O movimento evoluiu e ganhou dimensão nacional, a ponto de levar mais de um milhão de pessoas às ruas.


A Pedra e o Farol | Guia Floripa

A PEDRA E O FAROL (2016)

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Diretor: Luciano Burin

Produzido pela Scult Filmes em 2016,´A Pedra e o Farol` é um premiado documentário que aborda, de forma artística e informativa, a íntima relação entre o Farol de Santa Marta e a Pedra do Campo Bom (também conhecida como Lage da Jagua).
Depoimentos de pioneiros e personagens locais estabelecem o decisivo papel histórico e cultural no desenvolvimento da região costeira entre Laguna e Jaguaruna (SC), que reúne paissagens de beleza singular no litoral brasileiro. 


Pôster do documentário brasileiro Meu Corpo é Político.

MEU CORPO É POLÍTICO (2017)

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Direção: Alice Riff

Elenco: Linn da Quebrada, Giu Nonato, Fernando Ribeiro

Vivenciado o dia a dia ao lado de diversos ativistas LGBT moradores das periferias de São Paulo, o documentário faz um panorama do contexto social em que os personagens estão inseridos e de que forma sua atuação age nas ruas. Além disso, levanta questões sobre a população trans no Brasil e suas disputas políticas.


Babilônia 2000 Online | Claro tv+

BABILÔNIA 2000 (2001)

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Dirigido por Eduardo Coutinho

Na manhã do último dia de 1999, uma equipe de filmagens sobe o Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro. Lá existem duas favelas, Chapéu Mangueira e Babilônia, as únicas situadas na orla de Copacabana e cujos moradores podem acompanhar ao vivo o réveillon de Copacabana. Durante 12 horas, as câmeras da equipe de filmagens acompanham os preparativos locais para o réveillon, assim como ouve os moradores locais a fim de saber as expectativas deles para o ano 2000 e para que possam fazer um balanço de suas vidas.


Pôster do documentário brasileiro Mulheres de Cinema.

Sinopse: Documentário sobre atrizes e diretoras e o papel da mulher na história do cinema brasileiro.

MULHERES DE CINEMA (1977)

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Dirigido por Ana Maria Magalhães

Documentário sobre famosas atrizes brasileiras, diretoras e o papel das mulheres na história do cinema brasileiro.


A Carne é Fraca - Instituto Nina Rosa

A CARNE É FRACA (2005)

OK.RU / ULOZTO

DIREÇÃO: Denise Gonçalves

Documentário produzido pelo Instituto Nina Rosa sobre os impactos que o ato de comer carne representa para a saúde humana, para os animais e para o meio-ambiente.


 

SOBREVIVENTES DE GALILÉIA (2014)

WORKUPLOAD

Eduardo Coutinho retorna em busca dos personagens de Cabra Marcado Para Morrer neste documentário.



A FAMÍLIA DE ELIZABETH TEIXEIRA (2014)

ULOZTO / MEGA / OK.RU

Eduardo Coutinho reencontra a família de Elizabeth Teixeira, de Cabra Marcado Para Morrer, neste documentário.


CABRA MARCADO PARA MORRER (1984)

MEGA / OK.RU / DRIVEGOOGLE

O pai de todos os documentários no Brasil, "Cabra marcado para morrer" é um filme tão complexo e rico em sua estrutura, que não basta assistir apenas uma única vez. São vários filmes, vários blocos narrativos, misturando ficção, documentário e metalinguagem em um daqueles acontecimentos únicos na história do cinema. No cinema, com estrutura semelhante, eu só me lembro de "E a vida continua", de Abbas Kiarostami, um filme onde os personagens retornam anos depois de um terremoto para a região onde anos atrás filmaram "Onde é a casa do meu amigo?". No ano de 1964, Eduardo Coutinho era integrante do CPC da UNE e do Movimento de Cultura Popular de Pernambuco, e resolveu dirigir um filme ficcional sobre o assassinato do líder da liga Camponesa de Sapé, na Paraíba, João Pedro Teixeira, assassinado por ordem de latifundiários em 1962. Para os papéis principais, Coutinho escalou a própria viúva e filhos de João para repetirem nas telas os seus papéis. Os outros personagens seriam interpretados por camponeses de região. As filmagens acabaram sendo transferidas para Galiléia, Pernambuco por questões de segurança, e apenas Elisabeth interpretou um personagem real. Os outros todos foram escalados entre os camponeses de Galiléia. Com o Golpe de 64, as filmagens foram interrompidas. Integrantes da equipe foram presos, camponeses idem. Apenas 40% das filmagens foram realizadas. Com a anistia em 1981, Coutinho resolveu retomar as filmagens, sem roteiro prévio. Ele queria entrevistar os camponeses que participaram do filme, juntou os que encontrou e exibiu o filme. Diante da alegria de todos em verem imagens de 17 anos atrás, fica a pergunta: aonde está Elisabeth Teixeira? A partir dai, o filme resolve investigar o paradeiro dela e de seus 11 filhos, que tiveram que ser espalhados entre os pais de João, tios e parentes para não serem mortos na época da ditadura. Tão bom rever os créditos e poder ver que amigos do audiovisual fizeram parte da empreitada dessa obra-prima: Nonato Estrela que foi assistente de fotografia na 2ª fase do filme, junto de Edgar Moura, que fez a fotografia. Jorge Saldanha o som; Antonio Fontoura na continuidade; Zelito Viana na produção executiva, Alberto Graça na direção de produção. Ver Eduardo Coutinho tão jovem, repleto de energia e daquela sagacidade que conhecemos em seus outros filmes, e pensar na sua morte tão estúpida, deu até tristeza. O filme é uma aula de estrutura narrativa de edição que soube dar uma diretriz a tanto material captado na parte ficcional quanto na parte documental. Traçar o terceiro ato em cima da busca dos filhos de Elisabeth Teixeira é extremamente emocionante. Espelhados por vários estados, e inclusive um morando e estudando medicina em Cuba, revela a importância do ato de sacrifício de uma mãe pelos seus filhos. Um filme obrigatório e uma aula de cinema e de roteiro.


GOLPE DE 64 - A PROCISSÃO ESTÁ NA RUA (2000)

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Direção: Mauro Lima

Março de 64. A tensão política no Brasil está à flor da pele. A radicalização política, tanto à esquerda, como à direita, se acirra. Que rumo tomar? Os comícios reúnem milhares de pessoas, os discursos são mais inflamados do que nunca. Nos gabinetes conspira-se: haverá Golpe? Haverá Contra-Golpe? Os americanos estão de prontidão? Não há mais tempo para planejar. É preciso agir. E rápido. Os tanques já estão nas ruas. O documentário tenta elencar certos aspectos daquele dia de cão e de chumbo, além dos eventos que o precederam: 31 de março de 64.


JANGO (1984)

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Direção: Silvio Tendler

A trajetória de uma das mais importantes figuras políticas da história brasileira. Mostrando como se deu a sua ascensão e sua triste queda.


VLADO - 30 ANOS DEPOIS (2005)

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Direção: João Batista de Andrade

Vladimir Herzog já tinha fugido com os pais judeus da Europa. Chegou ao Brasil, fez jornalismo e trabalhou no jornal O Estado de São Paulo e TV Cultura. Foi torturado até a morte em 1975 e este ato deu mais impulso para que o povo brasileiro pedisse abertura política. O diretor traça aqui, com ajuda de entrevistados, a vida do croata Vlado e de seu legado ao Brasil. 


BARRAVENTO (1962)

DOWNLOAD / ASSISTA O FILME

Dirigido por Glauber Rocha

Elenco: Antonio Pitanga, Luíza Maranhão, Lucy Carvalho, Aldo Teixeira, Lidio Silva

Numa aldeia de pescadores de xeréu, cujos antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos místicos ligados ao candomblé. Firmino (Antônio Pitanga) é um antigo morador, que foi para Salvador na tentativa de escapar da pobreza. Ao retornar ele sente atração por Cota (Luíza Maranhão), ao mesmo tempo em que não consegue esquecer sua antiga paixão, Naína (Lucy Carvalho), que, por sua vez, gosta de Aruã (Aldo Teixeira). Firmino encomenda um despacho contra Aruã, que não é atingido. O alvo termina sendo a própria aldeia, que passa a ser impedida de pescar.


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O CINEMA FALADO (1986)

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Direção: Caetano Veloso

Elenco: Caetano Veloso, Chico Díaz, Dadi Carvalho, Dedé Veloso, Dona Canô, Dorival Caymmi, Elza Soares, Júlio Bressane, Maurício Mattar, Moreno Veloso, Paula Lavigne, Regina Casé, Scarlet Moon

Único longa-metragem dirigido pelo compositor Caetano Veloso, que também foi ex-crítico de cinema. O título é inspirado numa canção de Noel Rosa, mas é basicamente uma fita de "talking-heads", monólogos com ocasionais interlúdios de dança.

Muito pessoal e discursivo, extremamente polêmico, foi recebido com animosidade pela maior parte da crítica. Mas Caetano parece querer provocar discussões, principalmente sobre a homossexualidade (há um momento que é uma homenagem a nudez de Maurício Mattar).

O filme é dedicado a Antônio Cícero e José Agripino de Paula. Os instantes mais tocantes são com a família do autor, seu irmão Rodrigo dançando no pátio da casa, sua mãe Dona Cano cantando, ou ainda a imagem Felliniana da igreja de sua cidade natal. Também é divertida a cena em que Regina Casé imita a entrevista de Fidel Castro.


GRETCHEN FILME ESTRADA (2010)

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Direção: Eliane Brum e Paschoal Samora

Documentário realizado em 2010, que acompanha a campanha da cantora Gretchen como Prefeita na Ilha de Itamaraça, Pernambuco, cidade onde ela nasceu. Quando soube desse projeto eu fiquei extremamente curioso para ver como uma artista do povo, com mais de 30 anos de carreira artística, que fez sucesso cantando músicas sem letras e ganhando dinheiro com o rebolado, poderia ter a ousadia de se candidatar a Prefeita. Oportunismo? Pode ser, ela mesma no documentário diz para os seus partidários e votantes que ela super-confia no seu nome, que basta dizê-lo que o Presidente, Senadores e todo o Brasil abrirão as portas para ela. Excesso de confiança ou ingenuidade, não importa. Gretchen é um fenômeno de midia. Iniciou sua carreira antes mesmo de Madonna, e nunca saiu das notícias. Polêmica, ela levou 3 milhões de espectadores aos cinema para assistir ao seu pornô soft "Aluga-se moças", um clássico da pornochanchada, de 1982. Mais recentemente, ela se aventurou no cinema explícito. Casou diversas vezes, teve vários filhos, e por conta disso, achando-se sem barreiras, se candidatou, sem nunca ter tido alguma aptidão à carreira política. Seu desejo, sendo eleita, era abandonar os palcos e viver dos palanques. Mas esse sonho não foi a frente: ela recebeu apenas 2% dos votos. O filme mostra a trajetória dela pedindo votos, sendo aliciada, populares pedindo dinheiro, coligações desfeitas, falta de dinheiro, desespero, e claro, vários shows de Gretchen Brasil afora para poder bancar a candidatura. Existe uma cena antológica: Durante uma apresentação em um circo, o playback falha, Gretchen para o número e fala ao DJ: "DJ, troca o cd". Constrangimento total. Quando ela volta a cantar, vê-se nitidamente a cara de cú de toda a a platéia. Muito triste ver uma artista que sempre venceu pelo seu sex appeal se ver envelhecida, sem sensualidade, vivendo do seu passado. Ela ainda faz festas, suas músicas são cults em qualquer balada. Mas ela precisa baixar a bola e se dar conta que os tempos são outros, infelizmente. Pelo menos, para evitarmos de ouvir frases tipo: "Eu danço piripiri, não tá dando mais não. Danço final de semana, chega segunda acabou o dinheiro". O documentário começa bem, com uma narração em off bem divertida, mas depois vai se tornando repetitivo. 1:30 é muito para esse filme, deveria ter 20 minutos a menos, e ter apostado mais na linha do inusitado, como fizeram no ótimo documentário de Rita Cadillac, "A lady do povo".


Maldito - O Estranho Mundo de José Mojica Marins - Filme 2000 - AdoroCinema

MALDITO - O ESTRANHO MUNDO DE JOSÉ MOJICA MARINS (2001)

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Direção: André Barcinski, Ivan Finotti

Documentário sobre a vida e a obra de José Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão e baseado no livro Maldito, de André Barcinski e Ivan Finotti, diretores deste filme que, através de depoimentos do próprio Zé do Caixão e de colaboradores de longa data e da montagem de trechos dos filmes originais de Mojica Marins, nos contam a história de um dos mais influentes diretores brasileiros de todos os tempos.


CICLOVIDA (2010)

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Direção: Matt Feinstein e Loren Feinstein

Documentário narrativo que segue um grupo de campesinos sem terra numa viagem atravessando o continente da América do Sul de bicicleta, na campanha de resgate das sementes naturais. Os viajantes documentam a dominação dos agrocombustíveis no campo e o deslocamento de milhões de pequenos agricultores e comunidades indígenas. Cultivos e matas nativas estão sendo substituídos por desertos verdes de monoculturas transgênicas onde nada mais, planta ou animal, pode sobreviver aos agrotóxicos. 


Brizola - Tempos de Luta - Filme 2007 - AdoroCinema

BRIZOLA - TEMPOS DE LUTA (2007)

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Direção: Tabajara Ruas

A vida de Leonel Brizola, político brasileiro do Rio Grande do Sul, e sua participação nos principais acontecimentos políticos e sociais do país. Para contar sua história desde o pequeno povoado gaúcho até os dias atuais, 27 depoimentos de familiares, amigos, companheiros e lideres políticos de peso, como Luís Carlos Prestes, Lula, Dilma Roussef e Mário Soares, ex-presidente de Portugal.


29 anos sem Senna: em 5 histórias, o legado do piloto que se tornou Patrono  do Esporte Brasileiro

SENNA: O BRASILEIRO, O HERÓI, O CAMPEÃO (2010)

OK.RU

Direção: Asif Kapadia

O documentário Senna: O Brasileiro, O Herói, O Campeão conta a história do ídolo brasileiro Ayrton Senna. Em Junho de 1984, GP de Mônaco de Fórmula 1. Seis atuais ou futuros campeões mundiais estavam na pista, mas as atenções ficaram voltadas para um jovem que largara em 13º lugar e estava apenas em sua sexta corrida. Ultrapassando um a um, ele alcançou seu primeiro pódio e apenas não venceu devido a uma questão técnica. Seu nome era Ayrton Senna. Toda trajetória do tricampeão mundial, contada desde a ascensão no automobilismo até sua morte em pleno GP de San Marino, em 1994, passando pela rivalidade com Alain Prost e os problemas enfrentados nos bastidores da Fórmula 1.


FABRICANDO TOM ZÉ (2006)

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Direção: Décio Matos Júnior

Tom Zé nasceu em Irará, no interior da Bahia. Lá aprendeu a tocar violão e começou a fazer suas primeiras canções, que eram sobre pessoas e acontecimentos locais. Apesar de não considerar sua voz propícia para o canto, Tom Zé mudou-se para Salvador e conseguiu uma bolsa para cursar a Faculdade de Música da Bahia. Em 1968 foi a São Paulo, levado por Gilberto Gil, para integrar-se ao movimento tropicalista. Porém, pouco após ganhar o festival de música da TV Record com a canção "São Paulo, Meu Amor", Tom Zé caiu no esquecimento, por manter-se fiel aos seus ideais. Foi apenas nos anos 80 que Tom Zé foi redescoberto, quando o artista David Byrne lançou alguns de seus discos fora do país. A partir de então Tom Zé passou a ter uma carreira sólida no exterior, onde tornou-se mais popular do que dentro de seu próprio país... O bastidor para esse documentário é a digressão europeia de 2005. 


JOSÉ E PILAR (2010)

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Direção: Miguel Gonçalves Mendes

José Saramago e Pilar del Rio abrem sua casa e um pouco de suas vidas para nós. Como as filmagens do documentário se estenderam por quatro anos, podemos acompanhar, inclusive, o definhamento do escritor, não só pela idade avançada como também pelo excesso de compromissos. A esposa, jornalista e empresária de Saramago, em parte é responsável por isto. Por outro lado, o que seria de um grande astro literário envelhecendo em casa? O diretor Miguel Gonçalves nos leva à casa de Lanzarote, aos saraus, aos festivais literários, acompanha o afastamento, a mágoa e a reaproximação com Portugal e traz José com seu humor fino e com sua inteligência para frases e pensamentos sempre viva.


JANELA DA ALMA (2002)

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Direção: João Jardim e Walter Carvalho

Elenco: Hermeto Pascoal, José Saramago, Paulo Cezar Lopes, Antonio Cícero, Wim Wenders, Eugen Bavcar, Marieta Severo, Carmela Gross, Jessica Silveira, João Ubaldo Ribeiro, Walter Lima Júnior, Oliver Sacks, Manoel de Barros, Arnaldo Godoy, Madalena Godoy, Marjut Rimminen, Agnès Varda, Hanna Schygulla, Raimunda da Conceição Filha

O filme é composto de 19 depoimentos de pessoas com problemas visuais. A ideia surgiu da vivência do diretor João Jardim, que achava que o fato ter uma miopia muito grande teria influenciado em sua personalidade e até mesmo em sua vida. Entre os entrevistados estão José Saramago, Manoel de Barros, Eugene Bavcar, Agnès Varda e Wim Wenders.

Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual, da miopia discreta à cegueira total, falam como se veem, como veem os outros e como percebem o mundo. O escritor José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, entre outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão.


PRO DIA NASCER FELIZ (2006)

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Diretor: João Jardim

O documentário aborda o sistema educacional brasileiro, descrevendo realidades escolares de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais a partir de diversos olhares sobre as realidades que constituem a estrutura educacional seja do ponto de vista da instituição, do aluno, do professor e da família. Foram ouvidos diversos alunos e professores, desde uma escola pública em condições precárias no sertão nordestino, a uma luxuosa escola particular, no Alto de Pinheiros, em São Paulo.

As escolas visitadas para as filmagens foram:

  1. Escola Maria Alzira de Oliveira Jorge, Manari, Pernambuco.
  2. Escola Coronel Manoel de Souza Neto, Manari, Pernambuco.
  3. Escola Antonio Guilherme Dias de Lima, Inajá, Pernambuco.
  4. Colégio Estadual Guadalajara, Duque de Caxias, Rio de Janeiro.
  5. Colégio Santo Inácio, Botafogo, Rio de Janeiro.
  6. Escola Estadual Levi Carneiro, São Paulo, São Paulo.
  7. Escola Estadual Parque Piratininga II, Itaquaquecetuba, São Paulo.
  8. Colégio Santa Cruz, São Paulo, São Paulo.


Dvd Poeta de Sete Faces em Promoção na Americanas

POETA DE SETE FACES (2002)

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Diretor: Paulo Thiago

O documentário divide-se em três etapas, que correspondem às fases distintas da obra de Carlos Drummond de Andrade e caracterizam momentos de sua vida. A primeira fase, chamada "Vai Carlos, ser gauche na vida", registra do seu nascimento em Itabira em 1902 até o final da sua "Poesia Modernista" em Belo Horizonte, antes da mudança para o Rio de Janeiro em 1934. Sua poesia com a marca do modernismo de 1922 numa versão mineira e a publicação dos primeiros livros "Alguma Poesia" e "Brejo das Almas", quando nasce o Carlos Drummond de Andrade dos versos anedóticos, sintéticos-metafóricos, irônicos.
A segunda fase, chamada "A vida apenas, sem mistificação", começa com a mudança de Drummond para o Rio de Janeiro e vai mostrar o "poeta do seu tempo", o momento de atuação política na vida do escritor, aliada à sua obra de crítica social.
A terceira fase, chamada "Como ficou chato ser moderno, agora serei eterno", do início dos anos 50 aos anos 80, a fase do poeta-filósofo, do verso enigmático, do cronista de sucesso no Correio da Manhã e no Jornal do Brasil, da glória literária sendo Drummond considerado um mestre da língua, dos prêmios homenagens e troféus, dos filmes adaptados de sua obra, dos netos que nascem e a família se prolonga e do retorno aos temas do passado e da memória.



Cidadão Boilesen - Filme 2009 - AdoroCinema

CIDADÃO BOILESEN (2009)

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Diretor: Chaim Litewski

Através de depoimentos de diversas personalidades e militantes do período, o documentário revela as ligações de Henning Albert Boilesen, então presidente do Grupo Ultra, responsável pela Ultragaz, com o governo militar. O filme mostra o envolvimento do empresário, que realizou apoio financeiro ao movimento de repressão à oposição do governo militar, assim como a sua participação na criação da Operação Bandeirante (Oban). Concomitante a isso, o documentário mostra outros empresários que também apoiaram as ações de combate aos militantes de esquerda e opositores do governo. Depoimentos ao longo do documentário contam que Boilesen assistia as torturas de forma voluntária, fato relatado pelo ex-secretário da segurança pública Erasmo Dias, o ex-governador Paulo Egydio Martins e presos políticos, como Carlos Eugênio Sarmento da Paz e o historiador Jacob Gorender, além do oficial que dirigia os trabalhos na Oban, Dirceu Antônio. Conta-se até que Boilesen teria inventado uma máquina de suplício, chamada de pianola. Sua presença nas sessões de tortura é contestada pelo filho de Boilesen, Hennig Boilesen Jr., e pelo coronel Brilhante Ustra.

Além dos depoimentos, o filme traz também trechos de cinejornais, arquivos de TV, filmes de ficção, imagens do acervo da família, documentos do SNI (Serviço Nacional de Informação) e da embaixada britânica que permaneceram secretos durante décadas.



O Sertão das Memórias (1996) - IMDb

O SERTÃO DAS MEMÓRIAS (1996)

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A direção e roteiro pertencem ao cineasta José Araújo, tendo como seu primeiro projeto.

Elenco: Maria Emilce Pinto, Antero Marques Araújo, Tonheira Louredo, Francisco Neto, Jose Francisco, Ednardo Braga, Padre Juvemar Matos.

Maria, uma reencarnação feminina de Jesus, é posta a ela a missão de rezar pelas terras do sertão do Brasil. Ela segue viajando por favelas, cidades e paisagens rurais, com o seus traços no rosto de origem nordestina. Conhecendo diversas figuras modernas, velhas, idosas, crianças e adultas, entre essas pessoas, ela se depara com Antero, um trabalhador típico do sertanejo e profeta do fim-do-mundo. Além do grande relacionamento, ela também se envolve com o inimigo explorador, denominado como Dragão, o qual é o maior motivo de reza dela e de Antero para afasta-lo. O casal é considerado um símbolo heroico perante o sofrimento nordestino, sendo como um atalho para o diretor de mostrar a vida em comunidade em Maraíma, perante também as influências militares.



Malditos Cartunistas - 2010 | Filmow

MALDITOS CARTUNISTAS (2010)

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Diretores: Daniel Garcia, Daniel Paiva

O documentário foi lançado durante a Rio Comicon, trazendo entrevistas com 25 cartunistas, que falavam sobre diversos aspectos de seu trabalho. Entre os artistas que participaram dos 90 minutos do filme, estão Ziraldo, Jaguar, Nani, Angeli, Ota, Allan Sieber, Arnaldo Branco, André Dahmer, entre outros.



Raízes do Brasil - Filme 2003 - AdoroCinema 

RAÍZES DO BRASIL (2003)

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Direção: Nelson Pereira dos Santos

DEPOIMENTOS: Miúcha, Chico Buarque, Carlinhos Brown, Ana de Hollanda, Sílvia Buarque, Bebel Gilberto, Antonio Candido, Paulo Vanzolini, Luísa Buarque. Maria Amélia Buarque de Hollanda, Maria do Carmo Buarque, Cristina Buarque, Álvaro Buarque, Sérgio Buarque

Documentário sobre o historiador Sérgio Buarque de Hollanda dividido em dois capítulos. O primeiro se dedica à sua vida íntima, apresentando por meio de entrevistas sua paixão pela pesquisa e a leitura, além da convivência com a família e com os amigos. O segundo traz os apontamentos que redigiu dos fatos mais importantes de sua vida, além de trechos do livro Raízes do Brasil e de outros textos do pensador que é uma das referências para o conhecimento da cultura e da história do Brasil. 


O Fio da Memória (1991) - IMDb

O FIO DA MEMÓRIA (1991)

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Dirigido por Eduardo Coutinho

Gabriel Joaquim dos Santos, nascido em 1892, era residente do bairro do Vinhateiro, Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Filho de ex escravos, nasceu quatro anos depois da abolição da escravatura. Trabalhou praticamente a vida inteira em salinas e na roça. Construiu a própria casa (Casa da flor) e tornou-se artista por natureza, recolhendo e reutilizando materiais como lâmpadas, cacos de vidros, pedaços de azulejos e até mesmo resto de lixos, servindo de decoração e criando sua arte. Morreu em 1985, aos 92 anos. Gabriel é o personagem escolhido por Eduardo Coutinho para caracterizar e servir de molde para o enredo do documentário. Relatos gravados e depoimentos escritos em cadernetas servem como registro histórico, geográfico e cultural do país.

O fio da memória inicia com uma breve narração (Milton Gonçalves e Ferreira Gullar) sobre o Brasil colonizado por Portugal e sobre o início do tráfego negreiro e da escravidão. Através de depoimentos, entrevistas e relatos do cotidiano, o documentário é um documento histórico, cultural e revelador do Brasil e da identidade e trajetória dos negros.



O Fim e o Princípio - Filme 2005 - AdoroCinema

O FIM E O PRINCÍPIO (2005)

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Dirigido por Eduardo Coutinho

Eduardo Coutinho traz uma nova abordagem ao chegar no sertão sem personagens, locações, ou previsão do que iria gravar. Depois de uma breve pesquisa, a equipe conhece Rosilene Batista que a apresenta ao Sítio Araçás, uma comunidade onde vivem 86 famílias e seus moradores mais velhos, contarão suas histórias.



Mussum – Um Filme do Cacildis | Documentário | globofilmes

MUSSUM, UM FILME DO CACILDIS (2018)

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Dirigido por Susanna Lira

Elenco: Alcione, Renato Aragão, Lázaro Ramos, Dedé Santana, Sérgio Chapelin, Milton Gonçalves, Antônio Carlos, Ruth de Souza, Jorge Coutinho, Joel Zito Araújo

A trajetória do humorista e sambista Antônio Carlos Bernado Gomes, o "Mussum", é contada de diferentes ângulos. São reveladas facetas mais sérias da figura que foi eternizada no imaginário popular brasileiro por sua participação no programa "Os Trapalhões". Por trás de sua persona humorística e debochada, Antônio Carlos mantinha uma rotina de responsabilidades com sua família, projetos e compromissos.



FilmeFobia - Filme 2008 - AdoroCinema

FILMEFOBIA (2008)

OK.RU

Elenco: Jean-Claude Bernardet, José Mojica Marins, Thiago Amaral

Assistir ao documentário do Cineasta Kiko Goifman anos depois de ter ganho vários prêmios em Brasília no ano de 2008, me faz pensar em várias coisas. Do Festival, ele saiu com os prêmios de Melhor filme do juri oficial, melhor filme da crítica, melhor montagem, melhor ator e melhor direção de arte. Três questionamentos: 1) Filme vencedor em Festival não garante visibilidade 2) Melhor ator para um cineasta e ensaista, Jean Claude Bernadet 3) Os limites entre ficção e documentário, para o trabalho do Ator Eu me lembro que na época que fiquei sabendo da existência do filme, em 2008, eu queria assisti-lo, mais por curiosidade. O seu tema, sobre fobias, me deixou intrigado. Mas por motivos que nem sei dizer, não o vi. Somente agora, 8 anos depois, tomei a iniciativa de vê-lo. Perguntei para vários amigos cinéfilos, e nenhum sequer havia ouvido falar do filme. Ser premiado em Festival, para boa parte dos filmes, não significa que ele vá seguir uma carreira comercial, nem ser visto pelo público alvo. Talvez a chance seja assistir em dvd ou em tv fechada. O tema de alguns filmes também parece não ser tão atraente assim para o espectador, e acaba ficando relegado a participação em Festivais. Aí fica a questão, que deixo em aberto: Fazer filmes para público ou para Festivais? No quesito Melhor Ator, outra polêmica. Jean Claude Bernadet é um famoso ensaísta e teórico sobre o Cinema, deu aulas em Faculdade de Cinema e dirigiu alguns documentários. Ele não é ator profissional, e aqui no filme, ele interpreta a si mesmo. O seu "Personagem" é um Diretor de um documentário que monta situações onde fóbicos precisam trabalhar os seus medos. Entre uma e outra experiência com as "cobaias", ele conversa em uma mesa redonda com a equipe: O diretor Kiko Goifman, o roteirista Hilton Lacerda (Diretor do excelente "Tatuagem" ) e da diretora de arte Cris Bierrenbach. Ou seja, Jean Claude interpreta a ele mesmo. Fico imaginando o que os concorrentes da categoria não devem ter pensado. E por último, a questão ética sobre o trabalho do Ator. Li que no filme, temos o trabalho de atores lidando com suas fobias, e de atores contratados para interpretar histórias de fóbicos. Quem é quem? Nessa parte, e a que realmente me seduziu, fica o limite do trabalho do autor. O que é real? O que não é? Me lembro dos filmes de Eduardo Coutinho, principalmente de "Jogo de cena", onde a estrutura narrativa é semelhante: atores famosos e anônimos dando depoimentos emocionados sobre histórias comuns. Mas entre os anônimos, haviam atores decsonhecidos. Como o espectador saberá se está vendo uma encenação ou não? As cenas de tortura me pareceram ser reais. Parece até que estamos assistindo a "Jogos mortais", ou "A câmera de horrores do Dr Phibes". Em um estúdio escuro, cenário de filme de terror B, e com excelente direção de arte, vemos pessoas sendo torturadas com cobras, ratos, botões de camisa, sangue, borboletas e tudo o mais que você imaginar. Das raras cenas externas temos um homem com fobia de anão sendo sadicamente torturado por um deles. Como espectador, não sei se rio das situações estapafúrdias, ou se rio porquê essas pessoas aceitaram ser torturadas. Alguns até questionam o "Diretor" que se soubessem que seria assim, não teriam participado. Mas ai a pergunta: esse questionamento é real ou encenado? E o que dizer de uma cena de uma mulher nua, sendo torturada por carrinhos amarrados a vibradores, por conta de sua fobia a penetração sexual? Mas quem de fato deveria ter recebido um prêmio, é o Zé do Caixão pela sua participação. ele é convidado a assistir a algumas das torturas. Na dos ratos, um jovem totalmente nú fica amarrado a uma cama, e debaixo dele, vários ratos são colocados. Zé do Caixão diz que se o cara de verdade tivesse fobia, o pau dele ficaria mole. Só que não, ele ficou excitado. Como não gargalhar com esse depoimento? Mas atenção: é um filme para quem não se impressiona com imagens fortes: a mais louca de todas, o de uma mulher se cortando com uma gilete. Para nunca mais esquecer.


O Começo da Vida - Maria Farinha Filmes

O COMEÇO DA VIDA (2016)

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Diretora: Estela Renner

Passando pelos quatro cantos do mundo, o documentário faz uma análise aprofundada e um retrato apaixonado dos primeiros mil dias de um recém-nascido, tempo considerado crucial pós-nascimento para o desenvolvimento saudável da criança, tanto na infância quanto na vida adulta. 



Kátia - Filme 2012 - AdoroCinema

KÁTIA (2013)

Diretora: Karla Holanda
Elenco: Kátia Tapety

Kátia Tapety se tornou a primeira travesti eleita a um cargo político no Brasil - foi vereadora e vice-prefeita. O filme é resultado de 20 dias de convívio com ela em seu pequeno município, no sertão do Piauí.



VOU RIFAR MEU CORAÇÃO (2012)

O filme faz um apanhado sobre a influência da música brega na vida de pessoas comuns. Em seu documentário, Ana Rieper quer provar que as letras das músicas, em sua maioria falando sobre traições, amores desfeitos, a famosa "dor de corno", são expressões reais de seus cantores, que se inspiraram em episódios de suas vidas afetivas e as traduziram nas letras. O filme entrevista ícones do brega, como Wando, Agnaldo Timóteo, Nelson Ned, Lindomar Castilho, Amado Batista e outros, que relatam fatos curiosos de suas vidas, e como esses relatos se assemelham aos depoimentos das pessoas comuns, da classe média baixa. Atravessando cidades do Nordeste, principalmenre do interior, Ana Rieper induz ao espectador que os ambientes como bares, puteiros, jamais sobreviveriam sem a trilha sonora brega embalando as noites românticas. O documentário é divertido, e conta com pelo menos dois depoimentos antológicos: o do prefeito e as suas duas mulheres, e a de uma mulher que diz que jamais se apaixonará de novo, sendo contestadas por sua comadre, que diz que ela deve separar sexo de amor. A fotografia, muito bonita, ficou a cargo de Manuel Águas. As locacões também são muito inspiradoras. A montagem deixa planos longos que incomodam. Por exemplo, a cena de uma mulher andando pelas ruas de uma cidade, ficou longa e sem sentido. A diretora deveria ter entrevistado também um público elitizado para dar depoimentos, pois ficou apenas focado em pessoas humildes, o que contraria o depoimento de um dos cantores entrevistados, que diz que as pessoas de todas as classes sociais adoram a música brega. Entre os cantores entrevistados, o foco maior ficou em Agnaldo Timóteo. Inclusive o filme termina sem um desfecho, apenas com o depoimento de Timóteo e acaba abruptamente. Senti falta de mais músicas no filme, e a diretora também perdeu uma ótima chance de invadir a vida pessoal de Lindomar Castilho, que matou a sua namorada a tiros, após encontrá-la na cama com um amante, levando na prática o que ele pregava nas letras de suas músicas. Após ter assistido ao excelente "As canções", de Eduardo Coutinho, "Vou rifar meu coracão" perde o ineditismo, mas ganha em beleza pela sua fotografia.



TROPICÁLIA (2012)

ASSISTA ONLINE

Diretor: Marcelo Machado

Uma análise sobre o importante movimento musical homônimo, liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil no final dos anos 1960. O documentário resgata uma fase na história do Brasil em que cena musical fervilhava e os festivais revelavam vários novos talentos. Ao mesmo tempo, o Brasil sofria com a ditadura dos generais no poder, o que fez com que Caetano e Gil fossem exilados do país.


Socorro Nobre - 1995 | Filmow

SOCORRO NOBRE (1996)

Diretor: Walter Salles

Este documentário trata da correspondência estabelecida entre um artista plástico imigrante da Segunda Guerra Mundial e uma presidiária de Salvador. Maria do Socorro Nobre, presidiária, conhece o trabalho do escultor Frans Krajcberg, que faz de sua arte uma meio de luta contra o desmatamento das florestas brasileiras, e passa a trocar cartas com este artista onde externa as expectativas de liberdade e de construção de uma nova vida após cumprir sua pena. Questões como liberdade, respeito qualidade de vida são discutidas através dos depoimentos de vida dessas duas pessoas tão diferentes que acabaram por estabelecer uma relação de amizade.



QUE BOM TE VER VIVA (1989)

OK.RU

Dirigido por Lúcia Murat

Murat, que foi torturada no período da ditadura militar, narra a vida de algumas mulheres brasileiras que pegaram em armas contra o regime. Há uma série de depoimentos de guerrilheiras e cenas do cotidiano dessas mulheres que recuperaram, cada uma à sua própria maneira, os vários sentidos de viver. São sete depoimentos gravados e um oitavo de uma vítima anônima que não quis se identificar.

Paralelamente as personagens reais, que são diferenciadas da ficção pelas formas de filmagem, Irene Ravache interpreta uma personagem anônima que delira e fantasia em um monólogo.


CARMEM MIRANDA: BANANA IS MY BUSINESS (1995)

Dirigido por Helena Solberg

Este documentário narra a vida e carreira de Carmen Miranda, símbolo hollywoodiano do espírito latino-americano na década de 1940. O documentário conta a sua história de vida em uma série de etapas, começando com suas raízes e ascensão ao estrelato no Brasil e seu desenvolvimento como cantora e atriz nos Estados Unidos, começando na Broadway em Nova York, em seguida, na indústria cinematográfica depois que ela assinou contrato com a 20th Century Fox em Los Angeles, além de seus últimos anos de vida, antes de sua morte trágica e seu retorno ao Brasil. O filme conta com várias entrevistas de amigos e familiares próximos da cantora, como sua irmã Aurora Miranda, seu primeiro namorado Mário Cunha, o violinista Laurindo Almeida, o compositor de samba Synval Silva, e os atores Cesar Romero e Alice Faye.



Alô, Alô, Terezinha! - Filme 2008 - AdoroCinema

ALÔ, ALÔ, TEREZINHA! (2009)

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Dirigido por Nelson Hoineff

Entre os anos 50 e 80, Chacrinha foi o apresentador de programas de auditório mais famoso do Brasil. Irreverente e com um estilo próprio, ele comandou programas que se tornaram recordistas de audiência e atraíram o gosto popular. Ao mesmo tempo lançou diversos artistas que depois se firmaram na música brasileira, além de criar aquelas que ficaram no imaginário popular masculino: as chacretes. 



Cinema e Arquitetura:

EDIFÍCIO MASTER (2002)

DRIVEGOOGLE / ULOZTO / OK.RU

Dirigido por Eduardo Coutinho

Na produção de Edifício Master, o diretor e sua equipe mantiveram-se durante três semanas dentro do edifício, literalmente morando lá, com a intenção de que ocorresse uma ambientação entre a equipe que produzia o documentário e os moradores. Com o intuito de conhecer melhor as pessoas ali residentes, eles chegaram a entrevistar um total de 37 moradores, extraindo historia intimas e pessoais de cada um deles e estes foram escolhidos para serem os personagens principais do filme. A gravação do documentário durou 7 dias e se ocupou de gravar o cotidiano destas pessoas. Apesar do edifício Master estar localizado em uma área nobre da cidade do Rio de Janeiro, em Copacabana, a maioria de seus moradores pertence às classes média-baixa e baixa, principalmente comparando com a realidade da sociedade carioca. Os moradores do edifício são pessoas provenientes de diversos locais e origem, com idades diversas, e com diversas histórias de vida, mas habitando todas em um mesmo local. Estes mesmos moradores raramente se veem, ou nem sabem da existência um do outro

A identidade dos moradores, suas particularidades, suas condições e formas de vida são retratada no edifício através de sua estrutura física, com misteriosos corredores. O ambiente é de decadência. Uma palavra que caracteriza o filme Edifício Master é diversidade. 



QUEM SE IMPORTA (2013)

Documentário que discorre sobre uma nova função chamada de "empreendedorismo social". ou seja, empresas e ou pessoas que se dispõe a querer ajudar ao próximo, visando um mundo melhor e menos individualista. A diretora Mara Mourão viajou para diversos países, e entrevistou pessoas que se destacaram socialmente e culturalmente, e que fizeram de sua empresa (no Brasil, diríamos Ong) um exemplo de humanismo e de bem estar social. Aqui no Brasil, Mara destaca a ação do grupo "Doutores da alegria", atores que se vestem de palhaços com a finalidade de alegrar crianças com câncer. Em outros países, como Estados Unidos, vemos pessoas que são até vistas como lunáticos por amigos e parentes, mas que lutaram para mostrar ao mundo que sim, vale a pena lutar pelo ser humano. O documentário tem uma bela trilha sonora, ótimos entrevistados e uma bem-bolada animação que percorre o filme. Mas é longo, e um corte de meia hora teria feito melhor ao projeto. São tantos os depoimentos que acaba cansando o espectador. De qualquer forma, a intenção do projeto super vale a pena.



Sem Deus Sem Demônio (No Kings). 2020. Directed by Emilia Mello | MoMA

SEM DEUS, SEM DEMÔNIO (NO KINGS, 2020)

Diretora: Emilia Mello

ELENCO: Luciano de Jesus Campo, Valdeneia Alvarenga Dos Santos, Charles Ramos do Nascimento, Kino Nascimento, Alexandre Toledo, Ismael José Costa, Aline da Costa Trindade, Marisol Ramos do Nascimento, Lucimara de Jesus Campo

Em um lugar onde as estruturas convencionais de autoridade se esvaecem, uma menina, o capitão de um barco, uma mãe grávida e dois pescadores rebeldes devem encontrar seu lugar no espaço entre o urbano e uma vida tradicional ameaçada por forças iminentes. Uma ode à natureza e às relações humanas, o documentário explora a liberdade de uma das últimas comunidades caiçaras. O que começa como uma simples etnografia torna-se uma jornada profundamente pessoal, contemplando os rumos do Brasil moderno.



GARAPA (2009)

Dirigido por José Padilha

Resultado de mais de 45 horas de material filmado por uma pequena equipe que, durante quatro semanas, acompanhou o cotidiano de três famílias no estado do Ceará em estado de insegurança alimentar grave.



 O Céu Sobre os Ombros – Vitrine Filmes

O CÉU SOBRE OS OMBROS (2010)

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Diretor: Sérgio Borges

Documentário premiado sobre 3 figuras anônimas da periferia de Belo Horizonte, "O Céu sobre os ombros" tem como maior mérito a belíssima fotografia.
Evelyn é um transsexual: de dia é professora universitária, de noite se prostitui nas ruas. Ela está fazendo mestrado sobre a questão do transsexualismo, e sofre crises de solidão e saudades de sua avó.
Bogus é um hare krishna, também torcedor fanático de futebol, trabalha em restaurante e em telemarketing.
Lwei é um escritor angolano,que possui um filho com doença mental. Lwei tem fortes tendências suicidas, e nunca trabalhou, sendo sutentado pela esposa.
O documentário venceu o prêmio de melhor filme em Brasília 2010. Discutível. Mesmo sendo um belo filme com imagens poéticas sobre solidão e melancolia numa grande cidade, o filme não tem grandes depoimentos. Na primeira parte do filme, as cenas são aleatórias e o filme parece não ter uma unidade. O espectador fica perdido, tentando entender sobre o que o filme quer discutir. O melhor personagem apresentado é o do transsexual, que tenta trazer humanidade de um ser realmente marginal. A cena dele fazendo miche na rua é reveladora e triste. Se o filme não fosse tão arrastado, seria muito melhor.


AS CANÇÕES (2011)

Pessoas comuns e anônimas prestam depoimentos para a câmera de Eduardo Coutinho, em um palco do teatro. A pergunta é: Que música marcou a sua vida. Depoimentos maravilhosos e emocionantes de todo tipo, embalados por belas histórias de amor, perdas, traições, frustrações, saudades.
Como "Edifício Master" e " Jogo de cena", Coutinho aposta na simplicidade da mise en scene, e foca nos depoimentos. Esse é seu grande trunfo, descobrir entre centenas de pessoas, aqueles que realmente têm algo a contar. Um olhar perdido, um gestual arrebatador, depoimentos reveladores que invadem a alma do espectador, tornando todos próximos em suas lutas e esperanças. O filme é longo, alguns depoimentos, claro, são superiores a outros,que parecem ter entrado na edição final apenas para preencher tempo. Mas resultado final é tão arrebatador, que a gente sai do cinema querendo cantar, para espantar os males ou trazer felicidade para a nossa vida. A fotografia de Jacques Cheuiche é linda, e o visual do filme, simples, é muito bacana, remetendo a uma apresentação em casa de espetáculos intimista.

EM TRÊS ATOS (2015)

Dirigido por Lúcia Murat

Em uma mescla de ficção, documentário e literatura, o filme traz Nathália Timberg e Andréa Beltrão narrando textos de Simone de Beauvoir, ao passo que Maria Alice Poppe e Angel Vianna dão vida a duas bailarinas, uma está no auge de sua carreira e a outra aos 85 anos, elas ensaiam passos de dança contemporânea em uma atmosfera que narra os processos de vida e morte e o encarar o ato de envelhecer.



Quebrando o Tabu (2011) - IMDb

QUEBRANDO O TABU (2011)

Diretores: Fernando Grostein Andrade, Cosmo Feilding-Mellen

Há 40 anos os EUA levaram o mundo a declarar guerra às drogas. Mas, os danos causados pelas drogas nas pessoas e na sociedade só cresceram. Abusos, informações equivocadas, epidemias, violência e o fortalecimento de redes criminosas são os resultados da guerra perdida em uma escala global. Em um mosaico costurado por Fernando Henrique Cardoso, Quebrando o Tabu escuta vozes das realidades mais diversas do mundo em busca de soluções, princípios e conclusões. 



DEMOCRACIA EM VERTIGEM (2019)

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Dirigido por Petra Costa, que retrata os bastidores do impeachment da presidente do Brasil Dilma Rousseff; o julgamento de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva; o pleito que elegeu o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro; e a crise político-econômica no país.



ABOIO (2005)

Diretora: Marilia Rocha

Filmado em Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, o documentário relata um costume dos sertões brasileiros: o aboio. Pecorrendo o interior do país, o longa acompanha a jornada dos últimos cultores fiéis ao canto de trabalho.



NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS (1999)

ULOZTO

Dirigido por Marcelo Masagão

Masagão traz o filme como memórias do século XX. O filme retrata de uma verdadeira volta ao mundo no seu contexto histórico, econômico e cultural. Banaliza a vida e a morte para nos fazer refletir sobre ela.

Inspirado na leitura cinematográfica da obra Era dos Extremos, do historiador britânico Eric Hobsbawm, mostra na produção, através da montagem das imagens produzidas no século XX e da música composta por Wim Mertens, o período de contrastes entre um mundo que se envolve em dois grandes conflitos internacionais, a banalização da violência, o desenvolvimento tecnológico, a esperança e a loucura das pessoas.

O filme usa imagens de arquivo de filmes clássicos (Tchelovek s kinoapparatomUn Chien AndalouThe GeneralLe Voyage dans la LuneBerlin: Die Sinfonie der Großstadt), fotos, pinturas, textos, nos quais o autor viajou a Nova Iorque para conseguir imagens que ligassem fatos acontecidos, e histórias de pessoas normais com toda a revolução e acontecimentos históricos do tempo em que elas emergiram. O filme é considerado um documentário ficcional, segundo o diretor um "filme-memória", com imagens reais e textos criados por Masagão.

O título do filme vem do letreiro disposto em um cemitério localizado na cidade de Paraibuna, no interior do Estado de São Paulo, onde se lê a mesma frase "Nós que aqui estamos, por vós esperamos" acontecimentos da vida de pessoas no século XX, com mortes banalizadas mas que de alguma forma contribuíram para a construção da história.

Apesar de não ter sido apresentado em muitos cinemas e nem ter ficado muito tempo em cartaz, foi premiado no Festival de Gramado em 1999 por sua montagem e no Festival do Recife como melhor filme, melhor roteiro e melhor montagem. Sua produção custou cerca de 140 mil reais, sendo 80 mil direcionados somente para o pagamento de direitos autorais de imagens e fragmentos de vídeos. É considerado material didático, apresentando uma soma de imagens impactantes e reais, que optam pela subjetividade (inspiração em Freud). Masagão disse que as imagens falam por si só, não se faz necessária narração e nem explicação, apenas a correlação entre cenas, ideias e imagens e as citações dos 'grandes da história'.



JOGO DE CENA (2007)

DRIVEGOOGLE / OK.RU

Dirigido por Eduardo Coutinho

ELENCO: Marília Pêra, Andréa Beltrão, Fernanda Torres, Aleta Gomes Vieira, Claudiléa Cerqueira de Lemos, Débora Almeida, Gisele Alves Moura, Jeckie Brown, Lana Guelero, Maria de Fátima Barbosa, Marina D'Elia, Mary Sheyla, Sarita Houli Brumer

Atendendo a um anúncio de jornal, oitenta e três mulheres, interessadas em participar do documentário, tiveram interesse em contaram suas histórias de vida em um estúdio. Coutinho convida as personagens a compartilharem suas alegrias e tristezas, convidando para bem perto as experiências mais marcantes. Em junho de 2006, vinte e três delas compareceram e foram filmadas no Teatro Glauce Rocha no Rio de Janeiro. Em setembro do mesmo ano, atrizes interpretaram, a seu modo, as histórias contadas pelas personagens escolhidas. O longa mistura realidade e dramaturgia, onde os personagens reais falam da sua própria vida, depois estas personagens se tornam modelos a desafiar atrizes e por fim, as atrizes interpretam as personagens. 



LIXO EXTRAORDINÁRIO (2010)

Direção: Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley

Vik Muniz é um artista plástico brasileiro reconhecido mundialmente. De origem humilde, vivendo na periferia de São Paulo, Vik Muniz teve sua vida transformada por um golpe do destino (em um acidente de trânsito, ele levou um tiro na perna. Com o dinheiro da indenização, ele viajou aos Estados Unidos em busca de um futuro melhor). Lá, ele construiu sua fama, apesar de um começo difícil trabalhando em todo tipo de serviço subalterno.
O documentário "Lixo extraordinário" fala sobre isso: superação. Esse é o mote do projeto. Em 2007, em seu ateliê em Nova York, Vik propõe junto com seu amigo Fábio, do Rio de Janeiro, montar um projeto que consistia em fazer um trabalho social no Lixão de Gramacho. A idéia era pegar um grupo de catadores de lixo e junto com eles, transformar o lixo encontrado em arte.
Vik se preocupa com a saúde dos integrantes da equipe. Chegando no Lixão (o maior do mundo em extensão), Vik se aproxima de vários catadores de lixo, e forma um grupo com quem ele irá trabalhar por um período de 2 anos. Juntos, catam material reciclável. Vik tira fotos baseadas em quadros famosos e os reproduz, usando os catadores como modelos. Num grande galpão alugado, Vik e Fábio ampliam essas fotos, e junto com os catadores, começam a trabalhar com o material recolhido no lixão e fazer arte com essas fotos. Esses quadros, posteriormente, serão leiloados em Londres e a renda arrecadada reverterá ao grupo de catadores e para a Associaçao dos Catadores.
O que mais impressiona nesse documentário é a qualidade dos entrevistados. O grupo de catadores selecionados por Vik e Fábio são de uma humanidade comovente. Os depoimentos são profundos, apesar da pouca instrução das pessoas (com exceção de Tião, jovem Presidente da Associação de Catadores, e de Zumbi, que recolhem livros no lixo e os leem).
De uma forma geral, a maioria vê o trabalho de catador como um trabalho digno: melhor do que matar, roubar, se prostituir. Vik visita as casas extremamente pobres dessas pessoas, conhecemos os familiares. Mais pra frente, a equipe se preocupa com o futuro dessas pessoas, que já estão tão envolvidas com o projeto, que temem que quando termine, suas vidas não sejam as mesmas. No desfecho, nos emocionamos com o desenrolar de cada um dos integrantes. A maioria deseja mudar de vida, descobrem o valor de seus trabalhos e que eles podem mais. Apenas uma senhora, uma cozinheira que serve comida no lixão, resolve voltar para lá, com saudades dos amigos.
Eu assisti ao documentário com alguns amigos,e todos foram unãnimes em gostar do filme, mas com o porém de terem odiado a figura de Muniz. Explico: o argumento é de que Muniz se super-expôs, dá declarações de mega-estrela, tipo: "Porquê Eu Vik Muniz sou o maior artista brasileiro", ou quando ele dá um show de pretensa humildade, "eu não preciso de nada na vida, já tenho de tudo". Sinceramente não vi o filme por esse ângulo, e me orgulha muito esse projeto engajado, que mudou a vida dessas pessoas para melhor, fizeram com que todos melhorassem suas auto-estima. Vik Muniz pode ser arrogante, falso, mas isso não importa. O filme não é sobre isso, não é uma auto-promoção do seu trabalho. Como falei, é um filme que fala sobre superação, e Muniz usa sua história pessoal para fazer analogia com outras histórias de vida.
A cena final, com Tião dando depoimento no programa do Jô, é antológica,
Não é só o lixo de Gramacho que é transformado em algo diferente, as pessoas também passam por um processo de mutação. A fotografia, de Dudu Miranda, é eficiente e bela. O trabalho de câmera também é incrível, revelando ângulos do lixão e do galpão impressionantes em sua dimensão imagética.
A trilha sonora de Moby contribui positivamente para a emoção do filme, sem ser evidente.
O único porém que faço é o fato de Muniz e equipe de brasileiros falarem em inglês, me soou pretencioso.
O filme foi indicado para o Oscar de melhor documentário 2011.



COMPLEXO - UNIVERSO PARALELO (2011)

Direção: Mário Patrocínio

Essa Produção Luso-Brasileira, que estreou no Festival do Rio, é um filme/documentário que pretende mostrar 'o outro lado' da vida nas favelas do Rio de Janeiro, no Complexo do Alemão, para lá das midiáticas imagens dos confrontos entre policiais e narcotraficantes. As favelas brasileiras são territórios em que a maior parte das vezes, os repórteres de imagem só se arriscam em curtas incursões, em geral com coletes à prova de bala e acompanhando operações policiais. O Complexo do Alemão era conhecido por ter as mais temidas favelas do Brasil, "o maior paiol de armas e drogas da cidade", onde moram mais de 300 mil pessoas. O filme dos dois irmãos portugueses, Mário (Diretor) e Pedro Patrocínio (direção de fotografia), é contudo, o resultado de uma longa permanência (3 anos) nesse território dominado pelas regras do narcotráfico, o que lhes permitiu tomar contato com o cotidiano da sua gente.



O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS (2009)

Diretor: Lírio Ferreira

Este documentário conta a trajetória do compositor Humberto Teixeira, que fez dupla com Luiz Gonzaga, criador do baião. Produzido pela filha Denise Dumont, conta com depoimentos, entre outros, de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Bebel Gilberto, Daniel Filho e Elba Ramalho. 



MEU AMIGO CLAUDIA (2009)

DIREÇÃO: Dácio Pinheiro

Ótimo documentário sobre a vida de Claudia Wonder, travesti brasileiro que agitou a vida cultural de São Paulo dos anos 70 à 2000.
Nascido Marco Antonio em 65, Claudia foi renegada pelos pais, e entregue para criação para seus tios-avós. Já criança, demonstrava sua inquietação, uma pessoa diferente. Adolescente, gostava de se vestir de mulher, brincar de boneca. Até que um dia, foi vestido de mulher para uma boite, foi encaminhado preso e lá ficou por 15 dias. depois descobriu que foi seu pai de criação quem o mandou ficar lá.
Começa aí a saga de Claudia Wonder, que teve esse seu apelido porque todos os seus amigos e amigas a chamavam de Claudia maravilha. E Ela achou chique mudar pro inglês.
Essa figura arredia e improvável, cresceu artisticamente durante o período da ditadura no país. Acompanhou tudo desde os anos 70, 80, 90 e 2000. Foi uma voz a favor das diretas já, lutou contra o preconceito.
Artista, performático, cantor de banda punk-rock, michê, ativista político, assistente social, atriz, atriz pronô. Claudia foi de tudo um pouco. daí a emoção de se acompanhar esse filme, que tecnicamente é pobre (a maioria das imagens são em VHS), mas tem um material de arquivo excelente que acompanha os anos de ferro no Brasil. Nos anos 80, criou uma banda punk, chamada "Vômito do mito", e se apresentava na lendária "Madama satã", antro de artistas e intelectuais paulistas, misturados a putas, travestis. Como eles mesmos diziam, a anarquia cultural se encontrava lá. Foi atriz de uma peça de Zé Celso, substituindo Sônia Braga, Ficou nua no palco. Protagonizou o primeiro filme explícito com travestis no país, "Sexo dos anormais", nos anos 80.
No período Collor, ela acabou indo pra Europa. Como Claudia diz, Collor acabou com a efervescência cultural, acabou com tudo o que era vanguarda e original. O seu governo deu lugar a artistas populares: lambada, sertanejos, axé, pagode, etc
Amiga de intelectuais e artistas, Claudia foi abraçada por todos. Militou a favor dos travestis e da diversidade, isso em plena ditadura. Jamais baixou a crista para nada.
Daí a importãncia desse documentário. registrar a voz muito particular dessa artista inquietante. Vários artistas dão depoimentos: Sérgio Mamberti, Kid Vinil, Grace Gianoukas, Leão Lobo, Caio Fernando Abreu, Zé Celso.
Claudia morreu em 2010, vítima de complicações da AIDS (a quem ela tanto combateu e ajudou a espalhar a campanha entre travestis, michês e putas), aos 55 anos.



HISTÓRIAS REAIS DE UM MENTIROSO (2010)

Direção: Mariana Caltabiano

Documentário sobre a personalidade complexa de Marcelo Rocha, mentiroso compulsivo que ficou famoso por ter enganado a todos, se passando, entre outros, por Henrique Constantino, filho do dono da Gol.
A diretora opta por um tom farsesco em seu filme, misturando animação, trilha cômica, e uma montagem esperta.
Os depoimentos são sensacionais, passando por Amaury Júnior, que entrevistou ao vivo o rapaz durante o seu programa FLASH, sem saber que era um impostor. Ricardo Macchi, Maria Paula... uma saraivada de gente que se deixou iludir por esse homem que sonhou alto. Ri bastante, e é incrível a inteligência e a perspicácia de Marcelo.
O filme termina com a imagem de Marcelo, dessa vez preso em Bangu 1, assumindo a personalidade de um traficante de uma facção criminosa, negociando com a polícia. Uma de suas várias facetas.
Aqui, muitos compararam a história ao filme "Prenda-me se for capaz", de Spielberg.
O filme é bem dinâmico, e sinceramente, achei mais divertido que VIPS, com Wagner Moura.
O filme revela também um drama pessoal vivido pela diretora: seus irmãos morreram no acidente aéreo da TAM, e seu pai acabou falecendo tempos depois, desgastado com a tragédia.



O ESTOPIM (2014)

Direção: Rodrigo Mac Niven

Elenco: Brunno Rodrigues

O pedreiro Amarildo desapareceu em julho de 2013. Misturando cenas com atores e depoimentos reais, o filme não só investiga o que aconteceu, mas também debate a questão da segurança pública no país.



BRANCO SAI, PRETO FICA (2014)

DRIVEGOOGLE / OK.RU

Diretor: Adirley Queirós

ELENCO: Marquim da Tropa, Dilmar Durães, Gleide Firmino, Dj Jamaika, Shockito

Após a sessão do filme, meus três amigos que me acompanhavam me questionaram: "Porquê esse filme ganhou tantos prêmios em Brasília?" (O filme saiu com troféus de melhor filme, ator e direção de arte). É uma pergunta sempre muito difícil de ser respondida, para qualquer premiação em qualquer época da história. O que se passa na cabeça do Juri, reflete muito o mundo que estamos vivendo. Em "Branco sai preto fica", o cineasta Adirley Queirós flerta com o Cinema marginal dos anos 60 e 70, através dos filmes de Rogério Sganzerla e Andrea Tonacci (respectivamente, "O bandido da luz vermelha" e "Bang bang"). Vale tudo nessa desconstrução narrativa: subversão de gêneros, cultura pop, quadrinhos, animação, musical, chanchada, paródia, documental, ficção, tudo mesclado. Nessa mistura ousada e polêmica, Queirós confunde o espectador: o que é ficção, o que é documental? Pegando como ponto central um evento trágico que aconteceu em 1986, na cidade satétite de Ceilândia, o cineasta quer falar sobre preconceito racial e segregação de classes sociais em Brasília (ampliando de certa forma para o Brasil). Durante um baile funk, chamado "Quarentão", policiais militares sairam invadindo e distribuindo porrada nos negros dançarinos que ali estavam. Aos gritos, um policial disse: "Branco sai preto fica". Entre os sobreviventes, acompanhamos as histórias de 2 dos dançarinos: Marquim e Sartana. Marquim ficou cadeirante, Sartana usa perna mecânica, consequência da truculência policial. Sonhos destruídos, os 2, na parte ficicional, planejam um atentado contra Brasília: querem lançar uma bomba "cultural", que contém músicas e outros itens que eles consideram importante e que serão usados como arma contra a ignorância e brutalidade. O filme se passa em 3 tempos: passado (através de fotos e matérias de época, além da narração e depoimentos), presente (a vida atual dos 2 sobreviventes, que moram em Ceilândia e sofrem com a questão da pobreza e do fato de serem deficientes físicos) e futuro (um anjo vingador vem do futuro para colher fatos que comprovem a barbaridade perpetrada por policiais. É justamente na parte futurista que o filme arranca mais gargalhadas e ganha a atenção do espectador: intencionalmente tosco, mostra uma conversa via telão como se fosse uma transmissão do "Star Trek". Mostra uma viagem espacial usando trilhos do metrô e um quiosque metálico onde o personagem viaja no espaço temporal. Goste-se ou não do filme, uma coisa eu realmente não posso negar: a coragem e ousadia do Cineasta em querer fazer o SEU filme, sem concessões. Ter certeza do que está fazendo, apenas pelo ato de amar aquilo que está realizando, se baseando na história triste de seus personagens, às voltas com uma trilha sonora saudosista de um baile Funk que não existe mais. Destaque para a fotografia e a direção de arte. 



Condor (2007) - IMDb

CONDOR (2007)

Direção: Roberto Mader

São mostrados vários depoimentos e imagens de arquivo das crises políticas da América do Sul dos anos de 1960 e 1970, procurando destacar as ações da chamada Operação Condor, nome atribuído a um acordo entre as polícias secretas dos países do Cone Sul com conhecimento da CIA, que teria resultado em várias ações violentas dos governos militares contra militantes e representantes da esquerda comunista e socialista da região.



Os Trapalhões - O Mundo Mágico dos Trapalhões [Documentário] Completo -  (1981). - YouTube

O MUNDO MÁGICO DOS TRAPALHÕES (1981)

OK.RU / 4SHARED / ULOZTO

Direção: Silvio Tendler

Elenco: Zacarias, Beatriz Horta, Caetano Veloso, Carmen Pereira, Chico Anysio, Dedé Santana, Hildegard Angel, Millôr Fernandes, Moreno Veloso, Mussum, Renato Aragão, Rita Furtado, Roberto D'Avilla

A trajetória e a obra de quatro dos maiores humoristas da história brasileira: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, os Trapalhões. Através de depoimentos de colaboradores e admiradores e célebres trechos e cenas dos filmes de programas de TV protagonizados pelo grupo, o documentário realiza uma retrospectiva biográfica da carreira desses grandes personagens do Brasil.



JUÍZO (2008)

Direção: Maria Augusta Ramos

O filme acompanha o tratamento de adolescentes em conflito com a lei no Instituto Padre Severino e em tribunais, da apreensão ao julgamento. Considerado o "filho" de seu filme anterior Justiça, Maria e sua pequena equipe gravaram o filme em 2006, com dificuldades para filmar o instituto devido à situação do mesmo. Foi necessário que os adolescentes fossem trocados por outros no filme, já que a lei proíbe expor suas imagens.



A FACE OCULTA DO FEMINISMO (2022)

Direção: Guilherme Freire

Elenco: Ana Caroline Campagnolo, Cristiane Côrrea, Felipe Nery, Marcus Vinicius Lins, Mariana Brito, Thais Azevedo

O feminismo é um movimento político popular. Suas concepções pautam a política, os debates públicos, as interações sociais. Mas por trás dessa feição conhecida, esconde-se outra, oculta até de seus apoiadores, e que agora será revelada.