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DRAMA 03
DRAMA 03

  1. #GAROTAS - O FILME (2015)
  2. ALMA CORSÁRIA (1993)
  3. AMOR, CARNAVAL E SONHOS (1972)
  4. AMOR, PALAVRA PROSTITUTA (1982)
  5. AMORES (1998)
  6. AMORES URBANOS (2016)
  7. O AMULETO DE OGUM (1974)
  8. ANJOS DA NOITE (1987)
  9. ANJOS DO SOL (2006)
  10. ANÚNCIO DE JORNAL (1984)
  11. ÁRIDO MOVIE (2005)
  12. ASA BRANCA: UM SONHO BRASILEIRO (1981)
  13. AVAETÉ, SEMENTE DA VINGANÇA (1985)
  14. BAIXO GÁVEA (1986)
  15. BATISMO DE SANGUE (2007)
  16. BELINDA DOS ORIXÁS NA PRAIA DOS DESEJOS (1979)
  17. BENZINHO (2018)
  18. BOI NEON (2016)
  19. OS CAFAJESTES (1962)
  20. CALIFÓRNIA (2015)
  21. CÂNCER (1972)
  22. A CARTOMANTE (1974)
  23. A CARTOMANTE (2004)
  24. O CASO DOS IRMÃOS NAVES (1967)
  25. OS CAUBÓIS DO APOCALIPSE (2018)
  26. O CÉU DE SUELY (2006)
  27. O CHEIRO DO RALO (2006)
  28. CHUVAS DE VERÃO (1978)
  29. A CIDADE ONDE ENVELHEÇO (2016)
  30. CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS (2005)
  31. CONFISSÕES DE ADOLESCENTE (2013)
  32. A COR DO SEU DESTINO (1986)
  33. DEDÉ MAMATA (1987)
  34. O DESAFIO (1966)
  35. O DESEJO (1975)
  36. DEU PRA TI ANOS 70 (1981)
  37. AS DEUSAS (1972)
  38. DIAS DE NIETZSCHE EM TURIM (2001)
  39. DOIS CÓRREGOS: VERDADES SUBMERSAS NO TEMPO (1999)
  40. ELENA (2012)
  41. ELES NÃO USAM BLACK-TIE (1981)
  42. ENTRE NÓS (2014)
  43. EU ME LEMBRO (2005)
  44. A FALECIDA (1965)
  45. FERRUGEM (2018)
  46. FOME DE AMOR (1968)
  47. GAROTAS DO ABC (2003)
  48. A GRANDE FUGA (1972)
  49. HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO (2014)
  50. UM HOMEM CÉLEBRE (1976)
  51. INSOLAÇÃO (2014)
  52. INVERNO (1983)
  53. JANETE (1983)
  54. JARDIM DE GUERRA (1972)
  55. LAVOURA ARCAICA (2001)
  56. LINHA DE PASSE (2008)
  57. LÚCIA MCCARTNEY, UMA GAROTA DE PROGRAMA (1971)
  58. MÃE E FILHA (2011)
  59. MÃE SÓ HÁ UMA (2016)
  60. MAR DE ROSAS (1977)
  61. A MEMÓRIA QUE ME CONTAM (2012)
  62. NARRADORES DE JAVÉ (2003)
  63. NOITES DO SERTÃO (1983)
  64. NOSSA VIDA NÃO CABE NUM OPALA (2008)
  65. O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? (1997)
  66. O OUTRO LADO DO PARAÍSO (2014)
  67. O PADRE E A MOÇA (1966)
  68. O PAGADOR DE PROMESSAS (1962)
  69. O PÃO QUE O DIABO AMASSOU (1958)
  70. POR QUE VOCÊ NÃO CHORA? (2021)
  71. PRA FRENTE, BRASIL (1982)
  72. PRAIA DO FUTURO (2014)
  73. O PRÍNCIPE (2002)
  74. QUARTA B (2005)
  75. A QUEDA (1978)
  76. QUERIDO ESTRANHO (2002)
  77. RASGA CORAÇÃO (2018)
  78. RIO, 40 GRAUS (1955)
  79. RIO, ZONA NORTE (1957)
  80. SÃO PAULO SOCIEDADE ANÔNIMA (1965)
  81. O SIGNO DO CAOS (2005)
  82. SOLEDADE - A BAGACEIRA (1976)
  83. SOMBRA (2022)
  84. SONHOS TROPICAIS (2001)
  85. SUPER NADA (2012)
  86. TEMPORADA (2018)
  87. TERRA ESTRANGEIRA (1995)
  88. TIETA DO AGRESTE (1996)
  89. TODOS OS MORTOS (2020)
  90. TUDO QUE APRENDEMOS JUNTOS (2016)
  91. UM TREM PARA AS ESTRELAS (1987)
  92. UNICÓRNIO (2018)
  93. VALENTINA (2020)
  94. UMA VERDADEIRA HISTÓRIA DE AMOR (1971)
  95. VERDES ANOS (1983)
  96. VEREDA DA SALVAÇÃO (1965)
  97. VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO (2009)
  98. VIDAS SECAS (1963)
  99. VOU NADAR ATÉ VOCÊ (2020)
  100. YONLU (2018)

 

 

 

AMORES (1998)

YOUTUBE

Dirigido por Domingos de Oliveira

Elenco: Domingos de Oliveira como Vieira, Maria Mariana como Cíntia, Priscilla Rozenbaum como Telma, Ricardo Kosovski como Pedro, Clarice Niskier como Luísa, Vicente Barcellos como Rodrigo, André Mattos, Clara Bethencourt, Pedro Bethencourt, Nico Nicolaiwesky, Sílvio Pozzato

O filme conta a história de um grupo de amigos vivendo seus conflitos e vidas amorosas. Vieira (Domingos de Oliveira) trabalha como roteirista em uma emissora de televisão. Ele é divorciado e tem uma filha de 23 anos, Cíntia (Maria Mariana), com quem ele tem uma relação cheia de conflitos. Telma (Prisiclla Rozenbaum), melhor amiga de Vieira, está tentando engravidar do marido mas enfrenta complicações. Luísa (Clarice Niskier), a irmã de Telma, engata um namoro com um artista soropositivo (Vicente Barcellos), o que a deixa preocupada e desperta preconceito entre seus conhecidos.


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JANETE (1983)

OK.RU

Dirigido por Chico Botelho

ELENCO: Nice Marineli .... Janete, Flávio Guarnieri, Luiz Armando Queiroz, Lélia Abramo, Walter Breda, Jayme del Cueto ... Gaúcho, Ruthinéa de Moraes, Lilian Lemmertz, Cláudio Mamberti, Dirce Militello, Turíbio Ruiz, Denoy de Oliveira, André Klotzel, Sílvia Leblon, Antonio Leite, Artur Motta, Maria Sílvia

Nascida Filomena, Janete utiliza esse nome para trabalhar como prostituta na cidade de São Paulo. Por causa das dificuldades, ela irá ingressar no mundo crime e acabar detida.


Eles Não Usam Black-tie (filme) – Wikipédia, a enciclopédia livrebete mendes nua em eles não usam black tie | My XXX Hot Girl

ELES NÃO USAM BLACK-TIE (1981)

OK.RU / YOUTUBE

Dirigido por Leon Hirszman, baseado na peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri

ELENCO: Fernanda Montenegro como Romana, Gianfrancesco Guarnieri como Otávio, Carlos Alberto Riccelli como Tião, Bete Mendes como Maria, Flávio Guarnieri como Chiquinho, Francisco Milani como Sartini, Lélia Abramo como Malvina, mãe de Maria, Rafael de Carvalho como Seu Jurandir, pai de Maria, Milton Gonçalves como Bráulio, Anselmo Vasconcelos como Jesuíno, Lizette Negreiros como Silene, Renato Consorte como Alípio, Paulo José como Padre Bastos, Fernando Ramos da Silva como Bié, Cristina Rodrigues como Terezinha, Antônio Petrin como Companheiro, Nelson Xavier como Investigador, Chica Lopes como Amiga de Romana, Gésio Amadeu como Onofre, Genézio de Barros como Investigador, João Acaiabe como Companheiro, Jalusa Barcelos como Enfermeira, Mercedes Dias como Mulher de Bráulio, Gilberto Moura como Tuca

Um movimento grevista se inicia numa empresa. Um operário está preocupado com sua namorada, que engravidou, e eles decidem se casar. Para não perder o emprego, ele resolve furar a greve, que é liderada por seu pai, iniciando um conflito familiar que se estende às assembleias e piquetes.


 O DESAFIO (1966)

OK.RU

Dirigido por Paulo César Saraceni

ELENCO: Isabella... Ada, Oduvaldo Vianna Filho... Marcelo, Sérgio Britto... Mário, Luiz Linhares... Nestor, Joel Barcellos... Carlos, Hugo Carvana... Jornalista, Gianina Singulani... Virgínia, Marilu Fiorani, Couto Filho, Maria Bethânia... Próprio, João do Vale... Próprio, Renata Graça, Zé Keti, Nara Leão... Próprio, Elis Regina... Próprio

Logo após a revolução de 1964 que depôs o presidente João Goulart, a atmosfera é de depressão, angústia, medo e falta de perspectiva. Ada e Marcelo se conhecem numa exposição de pintura, nascendo logo entre os dois forte amizade. Tornam-se amantes. Ada é casada com um rico industrial. Sensível e inteligente não suporta a vida fútil e vazia do meio social do marido. Apenas o filho dificulta sua decisão de deixá-lo para ir viver com Marcelo, jornalista e escritor. Marcelo está em crise. Seus amigos presos, estão respondendo a inquéritos militares e sofrendo torturas. Ele se sente culpado, impotente diante dos acontecimentos. Ada decide falar com o marido. Marcelo espera com alegria sua chegada. Na fábrica, porém, diante do marido, dos empregados e dos operários, Ada toma consciência do real problema de sua vida e da verdadeira razão da crise de Marcelo. Sente-se impotente para modificar uma situação que não é só dela, mas de toda a estrutura social. Ada não vai. Marcelo só, sente sua falta. Bêbado, ele se encontra com um intelectual de uma geração anterior. A impotência das gerações mais velhas é um aviso para Marcelo. É um tempo de guerra, é um tempo sem sol.


ENTRE NÓS (2014)

ASSISTA ON LINE

ELENCO: Caio Blat como Felipe Bechara, Carolina Dieckmann como Lúcia, Paulo Vilhena como Gus, Maria Ribeiro como Silvana, Júlio Andrade como Cazé, Martha Nowill como Drica, Lee Taylor como Rafa

Em 2012, o filme "As palavras", com Dennis Quaid e Bradley Cooper, foi lançado comercialmente. A trama: Um escritor narra em seu livro a história de um autor fracassado e sem criatividade que encontra um manuscrito de autor anônimo. Ele lê e fica abismado com o potencial da obra. Ele o lança e o livro é um enorme sucesso. Em "Entre nos", a história gira em torno de um grupo de amigos escritores, que se reúne em 1992 em uma casa no alto da Serra da Mantiqueira. Durante uma celebração, 2 amigos pegam o carro para comprar mais bebida. Um acidente de carro e um deles morre. O outro sobrevivente pega o manuscrito antes que o carro exploda. Ele acaba lançando o livro como se fosse de sua autoria e o livro é um sucesso. Em ambos os filmes, o tema é a Ética, tanto pessoal quanto profissional. Até onde uma farsa em prol da ambição pode destruir não só sua vida, mas também daqueles que ele ama? Paulo Morelli, roteirista também do filme, pega ainda o mote de "O reencontro", de Lawrence Kasdan. O seu filme se passa em 2 épocas: 1992 e 2002. 10 anos depois, os fracassos e frustrações amorosas e profissionais se mostram arrasadoras. Nesse clima de total desamparo e melancolia, aliados a uma fotografia em tons escuros de Gustavo Hadba, o filme vai se desenrolando. Todos os atores têm seus momentos de cena individual, com destaques para Caio Blat, Carolina Dieckman e Maria Ribeiro. Julio Andrade, Maria Nowill, Paulo Vilhena e Lee Taylor compõem os personagens do filme em participações mais discretas, mas igualmente intensas. Lançado no circuito comercial, o filme foi um grande fracasso, dando um público de 70 mil pagantes. Não sei dizer as pretensões comerciais de Paulo Morelli ao lançar esse filme, mas o tom depressivo da historia com certeza afastou o grande público. Alguns excessos me incomodaram na narrativa: excesso de diálogos, incluindo muito papo jogado fora que só arrasta a trama; excesso de movimento de steadcam- eu sinceramente adoraria ter visto planos fixos em momentos de intensidade dramática, ao invés dela fazendo malabarismos em momentos de total intimidade; excesso de trilha sonora, que tira a atenção da cena em vários momentos... e excesso de sub-plots desnecessários que só aumentam a duração do filme - a eterna discussão e picuinha do casal Julio Andrade e Maria Nowill vamos combinar, é uma chatice. A se louvar a iniciativa de se produzir um drama autoral, com tantos atores bons em cena. Pena que a fotografia escura dê um tom tão sombrio à trama. Seria mais interessante e menos óbvia uma luz mais solar diante de conflitos dramáticos.


Filmes parecidos com Asa Branca - Um Sonho Brasileiro | Melhores  recomendações

ASA BRANCA: UM SONHO BRASILEIRO (1981)

OK.RU

Dirigido por Djalma Limongi Batista

O filme marca a estreia dos atores Edson Celulari, Vivian Buckup e João Bourbonnais no cinema, e também da dubladora Cristina Rodrigues

Elenco: Edson Celulari - Asa Branca, Eva Wilma - Mãe de Asa, Walmor Chagas - Isaías, Geraldo Del Rey - Pai de Asa, Gianfrancesco Guarnieri - Toninho, Rita Cadilac - Sylvia, Eduardo Abbas - Geraldão, Mira Haar - Sulamitinha "Rita Pavone", Garrincha, Mário Américo - Massagista, Iara Jamra - Maquiadora, Vivian Buckup - Martha, Dorit Deipenbach, Vivian Mamberti - Dona da Pensão, Ana Maria Nascimento e Silva, Ruth Rachou, Armando Tiraboschi, Birgit Rademacher, Regina Wilke, João Bourbonnais, Cristina Rodrigues

Asa Branca (Edson Celulari) é um jogador de futebol de origem humilde, que iniciou a carreira em um clube do interior de São Paulo. Após ser convocado para disputar a Copa do Mundo, e nela fazer sucesso, ele vê sua vida mudar radicalmente, já que agora precisa lidar com mulheres, dinheiro e vários interesses envolvidos em sua carreira.


TUDO QUE APRENDEMOS JUNTOS (2016)

OK.RU

Elenco: Lázaro Ramos (Laerte dos Santos), Sandra Corveloni (Alzira), Criolo (Clayton), Kaique de Jesus (Samuel Alves da Silva), Elzio Vieira (VR), Fernanda de Freitas (Bruna), Graça Andrade (Rosimeire (mãe de Samuel), Milton Gonçalves (pai de Laerte (voz), Caiti Hauck (Ludmilla), Hermes Baroli (amigo de Laerte), Marin Alsop (ela mesma), Rappin' Hood (ele mesmo), Thogun Teixeira (pai de Samuel), Herberth Vital (Sorriso (amigo de Samuel e VR), Edisio dos Santos (Anízio)

Baseado na peça teatral escrita por Antônio Ermírio de Moraes, "Acorda Brasil", "Tudo que aprendemos juntos" evoca aqueles clássicos do sessão da tarde que falam da relação Professor humanista X Alunos problema da periferia. Filmes como "Mentes perigosas", com Michelle Pfeiffer, e "Um Diretor contra todos", com James Belushi, falam sobre como a Arte e o Amor podem mudar a rota e o destino de jovens desprovidos de assistência social e principalmente, atenção e carinho. Laerte (Lázaro Ramos) é um violocenlista que tenta passar para uma vaga na Osesp para fazer parte da Orquestra. Rejeitado, em função de sua insegurança, ele acaba dando aula para jovens da comunidade de Heliópolis. No início, Laerte sofre com o descaso dos alunos, mas aos poucos, vai ganhando confiança. Mas a convivência de alguns alunos com traficantes pode fazer tudo ir por água abaixo. Bela direção de Sergio Machado, repetindo sua parceria com Lázaro Ramos em "Cidade baixa", e fotografia melancólica de Marcelo Durst. Trilha sonora repleta de música clássica e raps fazendo uma mistura contemporânea de sonoridades. Fátima Toledo, a famosa preparadora de elenco, se faz presente na vibrante interpretação do elenco jovem da periferia. Um filme que merece ser visto, conduzido com muito profissionalismo e talento.


Querido Estranho – Wikipédia, a enciclopédia livre

QUERIDO ESTRANHO (2002)

OK.RU

Dirigido por Ricardo Pinto e Silva

Elenco: Daniel Filho.... Alberto, Suely Franco.... Roma, Ana Beatriz Nogueira.... Teresa, Cláudia Netto.... Zezé, Emílio de Mello.... Betinho, Mário Schoemberger.... Carlos Alfredo, Tonico Pereira.... Manoel, Teresa Seiblitz.... Vitória, Mel Nunes.... Flor, Paulo Betti.... Prefeito, Leda Nagle.... Entrevistadora

Na noite em que é comemorado o aniversário de Alberto (Daniel Filho), patriarca da família, é anunciado também o noivado de Zezé (Cláudia Netto), sua filha mais nova. É quando Alberto decide ser este o momento exato para expôr à família todas as dores e frustrações que teve por colocar sua família acima de tudo, ignorando até mesmo os desejos de seu coração. 


 

CECG&B: UM NOVO CINQUENTÃOMariana Ximenes nude – Dias de Nietzsche em Turim (2001)Mariana Ximenes nude – Dias de Nietzsche em Turim (2001)

DIAS DE NIETZSCHE EM TURIM (2001)

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Dirigido por Júlio Bressane

Elenco: Fernando Eiras.... Friedrich Nietzsche, Paulo José, Mariana Ximenes... Júlia Fino, Leandra Leal, Tina Novelli, Paschoal Villaboin, Isabel Themudo

A recriação do período entre abril de 1888 e janeiro de 1889, em que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) viveu na cidade de Turim, na Itália. Foi lá que Nietzsche escreveu alguns de seus textos mais conhecidos, como "Ecce Homo", "Crepúsculo dos Ídolos" e "Ditirambos de Diónisos" e entregou-se totalmente às suas próprias ideias, envolvendo-se com a arte, a ciência e sua própria vida.


 

SONHOS TROPICAIS (2001)

OK.RU

Dirigido por André Sturm, baseado no romance homônimo de Moacyr Scliar.

Elenco: Carolina Kasting - Esther, Bruno Giordano - Oswaldo Cruz, Lu Grimaldi - Vânia, Flávio Galvão - Doutor Cardoso de Castro, Celso Frateschi - cdSales Guerra, Ingra Liberato - Emília, Bukassa Kabengele - Prata Preta, Douglas Simon - Amaral, Cecil Thiré - Presidente Rodrigues Alves, Nélson Dantas - Prefeito Pereira Passos, Antônio Grassi - Vicente de Souza, Rubens de Falco - General Travassos, Antônio Petrin - Rotchilds, José Lewgoy - Tibério, Hugo Carvana - Macedo, Antônio Pedro - Sílvio, Cláudio Mamberti - Manoel Romão, Paulo Hesse - Senador, Jhenifer Baptista - Elisa Oswaldo Cruz Vidal, Alessandro Azevedo, Renato Chocair

Sonhos Tropicais tem como pano de fundo um episódio histórico brasileiro: a Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro dos primeiros anos da República. O protagonista desse acontecimento foi o médico sanitarista Oswaldo Cruz (Bruno Giordano), na época, um misto de herói e vilão. Enquanto a trajetória do personagem histórico é recontada, outra narrativa se desenrola: a de Esther (Carolina Kasting), uma jovem judia polonesa que, depois de tentativas frustradas de conseguir um casamento em terras brasileiras, acaba se tornando uma prostituta. O filme de André Sturm, baseado em romance homônimo de Moacyr Scliar, fala de dois sonhos tropicais: o de sanear o Rio de Janeiro e o de encontrar um bom marido.

 


O AMULETO DE OGUM (1974)

OK.RU

Elenco: Ney Santanna.... Gabriel, Anecy Rocha.... Eneida, Joffre Soares.... Severiano, Maria Ribeiro.... Maria, Emmanuel Cavalcanti, Jards Macalé.... Firmino, Ilya São Paulo, Luiz Carlos Braga, Olney São Paulo, Flávio São Thiago, Clóvis Scarpino, Antonio Carnera, José Carvalho, Washington Fernandes, Waldir Onofre, Erley José, Francisco Santos, José Marinho, Antônio Carlos de Souza Pereira, Russo

Realizado em plena Ditadura do Governo Ernesto Geisel, essa parábola sobre o Bem e o Mal faz corajosamente uma metáfora sobre a situação política no Brasil da época. Mostrando cenas de torturas, paus de arara, milícia, faxina geral no Distrito de Caxias por assassinos profissionais, Nelson Pereira dos Santos faz a sua visão sobre os Militares que dominavam a sociedade brasileira, calando a boca da população que vivia sob o Signo do medo. O filme foi indicado à Palma de Ouro em Cannes de 1975, e no Brasil ganhou o Festival de Gramado com o prêmio de melhor filme. Os cineastas Luiz Carlos Lacerda e Tizuka Yamasaki foram os assistentes de direção do filme. Inclusive Luiz Carlos Lacerda interpreta o dono do bordel onde trabalha a personagem de Anecy Rocha. No elenco criativo, temos o filho do Nelson Pereira, Ney Santanna, no papel principal, e o cantor Jards Macalé, que interpreta um cego violeiro que narra a história. Aliás as músicas da trilha também são de Macalé. Completando 49 anos agora em 2023, o filme cinematograficamente envelheceu. Mesmo assim, ele reserva alguns planos muito instigantes e ousados para a época. O grande trunfo é o seu roteiro, que mescla vários gêneros: drama, policial, romance e religiosidade. E se formos mais além, poderíamos até dizer que o filme é um Faroeste na linha de Sergio Leone: épico, violento, heróico. Resgatando a vanguarda dos filmes "Orfeu negro" e "A rainha Diaba", "O amuleto de Ogum " traz a Umbanda e a violência urbana como temas dominantes da trama. O filme começa mostrando um flashback. Pai e filho são assassinados em Alagoas. A mãe, desesperada, leva seu filho Gabriel para a Umbanda para que eu corpo seja fechado, protegendo-o de criminosos. 10 anos depois, Gabriel chega ao Município de Caxias, Rio de Janeiro, dominado por bicheiros e assassinos profissionais. Ele acaba trabalhando para o bicheiro Severiano (Jofre Soares, endiabrado), matando todos os adversários dele. No entanto, Gabriel acaba se envolvendo com Eneida (Anecy Rocha), uma dançarina de um bordel, e amante de Severiano. O bicheiro sentindo a ameaça de Gabriel, manda matá-lo, mas descobre que ele tem o corpo fechado e não pode ser morto. Divertido (o filme tem cenas hilárias) e violento, o filme entretém e mais, mostra a umbanda de uma forma séria, sem o olhar preconceituoso que costuma recriminar a religião. O filme é um grande clássico do Cinema Nacional e foi um sucesso de bilheteria.


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NOITES DO SERTÃO (1983)

OK.RU

Dirigido por Carlos Alberto Prates Correia, baseado na novela Buriti, de Guimarães Rosa, publicada no livro Corpo de Baile

Elenco: Cristina Aché (Lalinha), Débora Bloch (Maria da Glória), Carlos Kroeber (Iô Liodoro), Carlos Wilson (Nhô Gualberto), Tony Ramos (Miguel), Milton Nascimento (Chefe Zequiel), Sura Berditchevsky (Maria Behú), Maria Sílvia (Dona-Dona), Hileana Menezes (Dionéia), Ruy Polanah (Inspetor), Tavinho Moura (Violonista), Marcos de Paula (Norilúcio), Maria Alves (Dô-Nhã), Antônio Grassi (Caçador)

Belo Horizonte, 1950. Desquitada de Irvino, que fugiu com outra mulher, a bela e frágil Lalinha vai viver na fazenda Buriti Bom com as duas cunhadas e o sogro viúvo. A amizade da família a conforta e aos poucos ela conhece a gente do lugar. O veterinário Miguel chega para vacinar o gado e desperta o amor da mais nova. Quando ele parte, uma inesperada trama libidinal se estabelece, Maria Behú morre e Lalinha volta para a cidade, deixando por lá Iô Liodoro e a linda Glória dos cabelos em quantidade de sol.


Chuvas de Verão (filme) – Wikipédia, a enciclopédia livre

CHUVAS DE VERÃO (1978)

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Dirigido por Cacá Diegues

Elenco: Jofre Soares, Miriam Pires, Paulo César Pereio, Rodolfo Arena, Daniel Filho, Marieta Severo, Sady Cabral, Lourdes Mayer, Gracinda Freire, Cristina Aché, Luis Antônio, Roberto Bonfim, Emmanuel Cavalcanti, Jorge Coutinho, Carlos Gregório, Procópio Mariano, Zaira Zambelli, Regina Casé 

Os jornais do Rio de Janeiro trazem manchetes sobre a perseguição policial ao bandido Lacraia e ao sequestrador desconhecido de uma pequena menina, enquanto o funcionário público Afonso inicia a sua aposentadoria. Com setenta anos e morador do subúrbio carioca, Afonso só pensa em ficar de pijamas o dia todo. Enquanto os amigos e familiares faziam uma festa para ele pela sua aposentadoria, Afonso descobre que Lacraia é namorado de sua empregada Lurdinha e que ela o escondeu num quarto da casa dele. Ele não gosta disso mas passa a evitar que os vizinhos e principalmente o amigo e esperto malandro Juraci descubram sobre o casal e o entregue à polícia. Também se envolve com os problemas da filha e dos amigos e começa uma relação de amizade, amor e respeito com a vizinha Isaura.


Garotas do ABC – Wikipédia, a enciclopédia livre

GAROTAS DO ABC (2003)

DRIVEGOOGLE / OK.RU

Dirigido por Carlos Reichenbach

ELENCO: Michelle Valle, Vanessa Alves, Natália Lorda, Luciele di Camargo, Vanessa Goulart, Fernanda Carvalho Leite, Márcia de Oliveira, Viviane Porto, Lina Agifu, Kelly de Bertolli, Ana Cecília Costa, Mariana Loureiro, Antonio Pitanga, Rocco Pitanga, Ângela Correa, Neide de Deus, Fernando Pavão, Selton Mello, Dionísio Neto, Eduardo Sofiatti, Milhem Cortaz, Fábio Ferreira Dias, Paulo Bordhin, Alessandro Azevedo, Marcelo Bortotto, Ênio Gonçalves, Adriano Stuart, Vera Mancini, Fafá de Belém, Mii Saki

Em São Bernardo, cidade do ABC paulista, região de fábricas têxteis e metalúrgicas, um grupo de operárias vive seu cotidiano de intenso trabalho, sonhos e ilusões. A principal delas, Aurélia, é fã do ator Arnold Schwarzenegger e adora homens fortes e musculosos. Seus problemas começam quando ela se apaixona por Fábio, um musculoso neonazista que integra uma gangue que vive praticando atentados contra negros e nordestinos.

Entre as demais personagens femininas, algumas se destacam: a operária Paula Nélson, que é assediada por um líder sindical, ao mesmo tempo em que tenta manter a harmonia entre as meninas da fábrica; Antuérpia, que aos 38 anos tenta iniciar-se na profissão de tecelã; e a casta Suzana, apaixonada pelo patrão. Ela parece sentir prazer com os pequenos acidentes de trabalho que sofre e deixam marcas em seu corpo, além de garantir um bom dinheiro a título de indenização. Entre os protagonistas masculinos o mais desprezível é Salesiano de Carvalho, o líder dos neonazistas e mentor intelectual da série de atentados que eles praticam contra nordestinos e negros.


NARRADORES DE JAVÉ (2003)

OK.RU

Diretora: Eliane Caffé

Elenco: José Dumont, Matheus Nachtergaele, Nélson Dantas, Rui Resende, Gero Camilo, Luci Pereira, Nelson Xavier, Altair Lima, Henrique Lisboa, Maurício Tizumba

Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que a cidade pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias.


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SOLEDADE - A BAGACEIRA (1976)

OK.RU

Diretor: Paulo Thiago, é uma adaptação do romance "A Bagaceira" escrito por José Américo de Almeida

Elenco: Rejane Medeiros, Ney Santanna, Nelson Xavier, Jofre Soares, Emmanuel Cavalcanti, Maurício do Valle, Roberto Bonfim, Carlos Kroeber, Rosa Maria Penna, Maria Ribeiro, José Marinho, Waldemar Solha, Sávio Rolim, José Freire, Edgar Salles, Santino Lins, Paulo Melo, Socorro Cassiano, Nautília Mendonça, Virgínia Rosa, Luciana Guimarães, Lourival Batista, Clodemiro Paes

O mundo violento e apaixonado dos engenhos. Paraíba, 1938. Em meio a um incêndio no canavial, Lúcio, seu proprietário, recorda os vinte anos de apogeu e transformação de sua propriedade e as pessoas que fizeram esta história. Principalmente e a de Soledade, a retirante que chegou com sua família no Engenho Marzagão e seduziu a todos os homens do lugar com sua sensualidade e beleza, despertando ódio, violência e amor. Em meio à tensão, o retrato convulsionando da política da época: a Aliança Liberal contra Washingtn Luiz e a revolta pela morte de João Pessoa. A paixão arde no Marzagão assim como transforma a vida do Brasil.


LAVOURA ARCAICA (2001)

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Dirigido, escrito e montado por Luiz Fernando Carvalho, baseado no romance homônimo de Raduan Nassar, publicado em 1975

Elenco: Selton Mello, Raul Cortez, Juliana Carneiro da Cunha, Simone Spoladore, Leonardo Medeiros, Caio Blat, Denise Del Vecchio, Samir Muci Alcici Júnior, Leda Samara Antunes, Felipe Abreu Salomão, Pablo César Câncio, Luiz Fernando Carvalho, Raphaela Borges David, Fábio Luiz Marinho de Oliveira

Lavoura Arcaica narra em primeira pessoa a história de André, que se rebela contra as tradições agrárias e patriarcais impostas por seu pai e foge para a cidade, onde espera encontrar uma vida diferente da que vivia na fazenda de sua família. Quando é encontrado em uma pensão suja em um vilarejo por seu irmão Pedro, passa a contar-lhe, de forma amarga, as razões de sua fuga e do conflito contra os valores paternos.

Sem ordem cronológica, André faz uma jornada sensível a sua infância, contrapondo os carinhos maternos e os ensinamentos quase punitivos do pai. Este valoriza acima de tudo o tempo, a paciência, a família e a terra, fiado na doutrina cristã. Mas André não aceita esses valores. Ele tem pressa, quer ser o profeta de sua própria história e viver com intensidade incompatível com a lentidão do crescimento das plantas. Nesse trajeto, a paixão incestuosa por sua irmã Ana, e sua rejeição, exercem papel fundamental na decisão de fugir da casa da família. A mãe desesperada manda o primogênito Pedro buscá-lo para tentar reconstruir a paz familiar. Trazido de volta para a fazenda, André é recebido por seu pai em uma longa conversa e uma festa que, ao invés de resolverem o conflito, evidenciam a distância intransponível entre as gerações. Por essa razão, a história é muitas vezes descrita como uma versão invertida da parábola do filho pródigo.


Vidas Secas - Filme 1963 - AdoroCinema

VIDAS SECAS (1963)

OK.RU / DRIVEGOOGLE Senha: bebetosilva

ELENCO: Átila Iório, Maria Ribeiro, Jofre Soares, Genivaldo Lima, Gilvan Lima, Orlando Macedo, Cadela sem Raça definida como Baleia, Pedro Santos, Maria Rosa, José Leite, Antônio Soares, Clóvis Ramos, Gilvan Leite, Inácio Costa, Oscar Souza, Vanutério Maia, Arnaldo Chagas, Gileno Sampaio, Manoel Ordônio, Moacir Costa, Walter Mointeiro

Vencedor de um prêmio especial em Cannes 1964, "Vidas secas" é a adaptação do livro de Graciliano Ramos. O filme narra a tragédia do homem do sertão, em sua luta diária por um pedaço de terra produtivo, dignidade, água e trabalho. Fabiano, Sinhá Vitoria, os 2 filhos pequenos, Baleia (a cadela) e um papagaio começam o filme andando por um sertão sem fim, na esperança de encontrar um lugar para se assentarem. Com fome, acabam matando o papagaio para comer. No caminho, encontram uma fazenda abandonada. Com a chegada da chuva, o dono da fazenda volta com seu gado e Fabiano lhe pede um emprego como vaqueiro. Sinhá Vitoria tem um sonho: juntar dinheiro para comprar um colchão de couro e poder dormir que nem gente. A cadela Baleia é a grande personagem do filme. Ela testemunha tudo, quieta no seu canto, observando a tragédia que vai se abatendo na família que a adotou. "Vidas secas" é considerado um dos filmes chaves do movimento do Cinema Novo. Com uma ousada fotografia estourada de Luiz Carlos Barreto, toda em preto e branco e sem uso de filtros, o filme também chama atenção por sua trilha sonora dramática. Nelson Pereira filma a tudo com um olhar documental. Não tem pressa, e sua câmera fica ali, como voyeur masoquista, dando closes no sofrimento da família. Átila Iório e Maria Ribeiro, como Fabiano e Sinhá Vitória, estão esplêndidos. é um filme que nos deixa triste, ainda mais considerando que 503 anos depois, tudo continua igual no sertão nordestino, muitas famílias sofrendo sem água e sem assistência, desempregados, com crianças sem estudo. A cena final, com o destino de Baleia, é das mais cruéis da história do cinema, de deixar qualquer um arrasado. Clássico obrigatório, foi o único filme brasileiro a ser indicado pelo British Film Institute como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca.


A Grande Fuga (1972) by patomite on DeviantArt

A GRANDE FUGA (1972)

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DIREÇÃO: Wilson Gomes de Araújo

ELENCO: Marinete, Rosa Borges, Wilson Gomes de Araújo, Nancy Helena, Lourdes Ribas

No interior paulista da década de 1930, uma pequena cidade está apavorada com uma série de estranhos desaparecimentos. Homens são raptados para uma experiência terrível, até mesmo em um zoológico da vizinhança, um gorila sumiu sem deixar pistas. Depois de estudar por cinco anos na capital Paulista, o jovem Renato retorna a cidadezinha, se reencontrando com Sônia, uma antiga namorada. Movido por intrigas de um rival, ele tem uma séria briga com o irmão da moça, que logo em seguida desaparece misteriosamente. Preso pelo desaparecimento, Renato consegue fugir, e vai ter que provar que não sequestrou o irmão de sua amada, ele planeja revelar os planos cruéis do responsável a todos da cidade. 


Praia do Futuro filme - Veja onde assistirOs Nudes do ator Wagner Moura em detalhesOs Nudes do ator Wagner Moura em detalhesOs Nudes do ator Wagner Moura em detalhes

PRAIA DO FUTURO (2014)

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Elenco: Wagner Moura, Clemens Schick, Jesuíta Barbosa, Sávio Ygor Ramos, Sophie Charlotte Conrad, Thomás Aquino, Fred Lima, Sabine Timoteo, Yannik Burwiek, Ingo Naujoks, Emily Cox, Natascha Paulick, Christoph Zrenner

O que dizer de um filme, onde a parte que mais te empolga são os créditos finais, ao som de "Heroes", de David Bowie, e com créditos pop que me lembraram de imediato os créditos do cult "Enter the void", do Gaspar Noé? Aliás, essa mesma música "Heroes" embala um momento de superação no filme "Vantagens de ser invisível", também sobre personagens em busca da razão de sua existência no planeta terra. Achei um bom filme. É lento, muito lento. O roteiro talvez não tenha me surpreendido tanto. Confesso que desde "O céu de Suely", fico esperando um filme de Karin que atinja a força desse filme. Talvez eu deva mudar o meu pensamento sobre os novos rumos desse cineasta cearense que se aventura cada vez mais na narrativa do cinema europeu. "Viajo porquê preciso, volto porquê te amo" e "Abismo prateado", além desse "Praia do futuro", afundaram Karin no mais profundo existencialismo digno de Antonioni. Poucos diálogos, valorizando o conflito interno dos personagens diante de um mundo grande, muito grande, que os engole. Donato (Wagner Moura) é um salva-vidas da Praia do Futuro, em Fortaleza, que não consegue socorrer um turista alemão, que morre afogado. Ele acaba se envolvendo com o amigo alemão do turista, Konrad, e entre eles rola uma relação de amor, provavelmente aproximada pela dôr e pela incerteza da vida. Donato vai embora para Berlin com Konrad, abandonando sua família, entre eles seu irmão menor, Ayrton, que tem Donato como um herói. Os anos se passam, Donato fica em conflito entre dois mundos no qual ele não se encaixa, até que seu irmão, já crescido (Jesuita Barbosa) aparece do nada e exige explicação pelo seu sumiço. Karin, como sempre, tem um olhar muito belo e estilizado do mundo, e ele sabe, como poucos cineastas brasileiros, transformar isso em imagens poéticas e arrebatadoras. A fotografia de Ali Olay Gözkaya reforça o contraste entre o sol e o chumbo dos dois países. A trilha sonora de Volker Bertelmann também é muito inspirada, trazendo a melancolia necessária para a trama. Mas é um filme frio. E sem tesão. Me impressiona a polêmica que foi criada com o filme. As cenas de sexo são castas, se comparadas com a de "Tatuagem". Como sempre digo, o público foi ficando cada vez mais careta. Filmes dos anos 70 e 80 eram muito mais provocadores. 


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O CHEIRO DO RALO (2006)

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DIREÇÃO: Heitor Dhalia. Baseado no livro de mesmo título de Lourenço Mutarelli

Elenco: Selton Mello como Lourenço, Sílvia Lourenço como a viciada, Paula Braun como a garçonete, Alice Braga como a nova garçonete, Martha Meola como a secretária, Suzana Alves como Samanta Rose, Leonardo Medeiros como Jesus Kid, Milhem Cortaz como encanador 1, Hossein Minussi como encanador 2, Álvaro Muniz como encanador 3, André Frateschi como o homem do vodu, Xico Sá como o homem do gênio da garrafa, Mário Shoemberger como o homem do relógio, Jorge Cerruti como o homem do olho de vidro

Lourenço (Selton Mello) é o dono de uma loja que compra objetos usados. Aos poucos ele desenvolve um jogo com seus clientes, trocando a frieza pelo prazer que sente ao explorá-los, já que sempre estão em sérias dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo Lourenço passa a ver as pessoas como se estivessem à venda, identificando-as através de uma característica ou um objeto que lhe é oferecido. Incomodado com o permanente e fedorento cheiro do ralo que existe em sua loja, Lourenço vê seu mundo ruir quando é obrigado a se relacionar com uma das pessoas que julgava controlar.


DEU PRA TI ANOS 70 (NACIONAL/DVDRIP) – 1981 CapaImagem

DEU PRA TI ANOS 70 (1981)

VIMEO / OK.RU

DIREÇÃO: Giba Assis Brasil, Nelson Nadotti

Elenco: Pedro Santos, Ceres Victora, Deborah Lacerda, Júlio Reny

Ao longo de 10 anos, Marcelo e Ceres encontram-se e desencontram-se em reuniões dançantes, bares, cinemas, universidades e acampamentos. Na noite de ano novo de 1980, eles ainda têm motivos para sonhar, agora juntos.


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INVERNO (1983)

OK.RU

DIREÇÃO: Carlos Gerbase

Elenco: Werner Schünemann, Luciene Adami, Marta Biavaschi, Marco Antônio Sorio, Luciana Tomasi

Aos 24 anos, nosso herói mora sozinho, é jornalista formado mas trabalha numa imobiliária. Identifica-se com a cidade sombria onde vive, com seu apartamento cheio de discos e livros, com os filmes a que assiste. Mas tem pouca coisa em comum com a namorada, os amigos, os pais, os colegas de serviço. Não consegue e não se esforça para conciliar os diferentes mundos por onde transita. Mas esta situação não pode durar muito tempo, e ele vai ser obrigado a dar uma resposta, ao final de doze dias de frio em Porto Alegre.


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VERDES ANOS (1983)

OK.RU

DIREÇÃO: Giba Assis Brasil, Carlos Gerbase

Elenco: Werner Schünemann, Marcos Breda, Luciene Adami, Márcia do Canto, Xala Felippi, Marta Biavaschi, Marco Antônio Sorio, Sérgio Lulkin, Zé Tachenco, Biratã Vieira, Haydée Porto

Ambientado na época da ditadura militar (anos 70), Nando, um rapaz do interior se apaixona por uma moça da escola, Cândida. Em meio aos conflitos políticos e sociais da época, apresenta fatos comuns da vida de Nando e de seus colegas de escola, onde o protagonista passa a viver o início da sua fase adulta, assumindo a sua paixão.


Anúncio de Jornal (1984) - IMDb

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 ANÚNCIO DE JORNAL (1984)

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Diretor: Luiz Gonzaga dos Santos

Elenco: Ademir Assis Brasil, Marcelino Buru, Carlos Casan, Gabino Correa, Dilim Costa, Ilse Cotrim, Tatiana Dantas, Danúbia, Francisco Di Franco, Eliana do Vale, Rodrigo Farias, Júlia Graciela, Nilza Inês, Paulo Leite, Zilda Lourenço, Maria Lúcia, Oswaldo Parruda, Alécio Pilastri, Noelle Pinne, José Luiz Rodi, Zélia Silva, Halina Teresa

Uma garota, procurar emprego em anúncios de jornal. Ela se candidata uma vaga que lhe interessa e é contratada. A moça é seduzida pelo chefe e eles passam a ter um caso. A moça é despedida, o que a deixa muito abalada, pois ela apaixonara-se pelo chefe. Ao descobrir, ouvindo rádio, que a garota era apaixonada, o ex-amante passa a procurá-la, vagando pelas ruas. 


NOSSA VIDA NÃO CABE NUM OPALA (2008)

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Dirigido por Reinaldo Pinheiro

É uma adaptação da peça Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet, escrita por Mário Bortolotto.

O filme marca a última aparição cinematográfica da atriz Dercy Gonçalves

Elenco: Leonardo Medeiros, Milhem Cortaz, Maria Manoella, Gabriel Pinheiro, Paulo César Pereio, Marília Pêra, Maria Luísa Mendonça, Jonas Bloch, Aldo Bueno, Rogério Brito, Fábio Ferreira Dias, Dercy Gonçalves, Javert Monteiro

A adaptação conta a vida de quatro irmãos de uma família paulistana de classe média baixa, após a morte de seu patriarca (Oswaldão, interpretado por Paulo César Pereio), que mesmo morto, passa a assistir e intervir às atitudes dos filhos em relação a herança maldita deixada por ele.


O DESEJO (1975)

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Dirigido por Walter Hugo Khouri

ELENCO: Lilian Lemmertz, Selma Egrei, Fernando Amaral, Kate Hansen, Sérgio Hingst, Lucilla Vicchino, Valéria Costa, Carlos Ciampolini, Agar Amaral Lopes, Luis Antonio

Viúva há um ano, Eleonora, 33, da alta burguesia paulistana, vive sozinha, inadequada à ausência do marido, intelectual frustrada e dividida entre a necessidade de transcendência e uma forte compulsão sexual. A vida do casal, embora não feliz, foi intensa. No entanto, a presença de sua amiga de longa data Ana Maria, recém-chegada de Paris, uma estudante universitária de classe média, está hospedada em sua casa. Os dois vão ao site de Eleonora e ela relembra sua vida com Marcelo e sua morte por afogamento.


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AVAETÉ, SEMENTE DA VINGANÇA (1985)

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Dirigido por Zelito Viana. O filme de ficção faz referência ao massacre dos índios Cintas-largas ocorrido na região de Fontanillas, hoje município de Juína, no noroeste do Mato Grosso. Participaram da gravação índios da etnia Rikbaktsa.

Elenco: Hugo Carvana, Renata Sorrah, Milton Rodrigues, Macsuara Kadiweu, José Dumont, Cláudio Mamberti, Sérgio Mamberti, Cláudio Marzo, Nina de Pádua, Renata Sorrah, Jonas Bloch, Chico Diaz, Marcos Palmeira

Criança índia sobrevive a terrível massacre e passa a ser protegida por cozinheiro branco arrependido de ter participado da expedição criminosa. Já adulto, e com o assassinato de seu protetor, ele inicia uma solitária e eficaz vingança contra os matadores brancos. O filme faz referência ao massacre dos índios Cintas-largas ocorrido na região de Fontanillas, hoje município de Castanheira, no noroeste do Mato Grosso.


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MAR DE ROSAS (1977)

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Dirigido por Ana Carolina

Elenco: Norma Bengell, Cristina Pereira, Hugo Carvana, Miriam Muniz, Otávio Augusto, Ary Fontoura, Maria Silva

Longa de estréia da então documentarista e curta-metragista Ana Carolina, lançado em 1977, "Mar de rosas" impressiona em um primeiro momento pelo seu elenco estelar: Norma Bengell, Hugo Carvana, Cristina Pereira, Miriam Muniz, Ary Fontoura e Otávio Augusto. Todos participando do delírio surrealista e iconoclasta que veio da mente de Ana Carolina, autora do roteiro, e que provavelmente buscou referências em artistas surreais, encabeçado por Buñuel. O filme é uma crítica feroz de Carolina contra a instituição da família, do patriarcado, das amarras de um sistema vigente que obriga a seguir regras e condutas (metáfora da ditadura vigente no período das filmagens). Betinha, interpretada por uma enfurecida Cristina Pereira, representa a nova geração, aquela que quer romper com os grilhões do conservadorismo e do militarismo, que sua mãe, Felicidade (Norma Bengell) representa, impondo regras para a menina. O filme começa com Sérgio (Hugo Carvana) dirigindo o carro com Felicidade e Betinha, esposa e filha, de São Paulo até o Rio de Janeiro. O casal discute a relação, e Betinha desabafa. A família para no caminho e se hospedam em um hotel. Durante uma nova discussão, Felicidade acaba matando Sérgio à navalhadas. Ambas fogem, mas no caminho esbarram com Orlando (Otávio Augusto), um homem que se prontifica a ajudá-las quando Felicidade se acidenta em um posto de gasolina (Betinha acendeu fogo para queimar sua mãe). Eles param em uma cidade e lá conhecem o casal Dr Dirceu (Fontoura), um dentista e poeta fracassado, e Dona Niobi (Muniz). O filme tem uma linguagem narrativa totalmente desfragmentada, costurada por delírios de Betinha. Não é um filme para todos os gostos, mas certamente, é um trabalho inquietante e que mostra, há quase 35 anos atrás, a força do cinema feminino, contando histórias de empoderamento e de libertação.


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A QUEDA (1978)

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Escrito e dirigido por Ruy Guerra e Nelson Xavier. É considerada uma continuação de "Os Fuzis".

ELENCO: Nelson Xavier, Isabel Ribeiro, Hugo Carvana, Cosme dos Santos, Lima Duarte, Perfeito Fortuna, Ruy Guerra, Leina Krespi, Carlos Eduardo Novaes, Paulo César Peréio, Tonico Pereira, Roberto Frota, Luiz Rosemberg Filho, Maria Sílvia, Murilo de Lima, Jurandir de Oliveira, Ginaldo de Souza, Ivan de Souza, Luiz Antônio de Souza, Eli Batista Pituba, Renato Puppo, Helber Rangel, Luís Edmundo Rial

Um operário morre em um acidente de trabalho devido às condições precárias estabelecidas no local. Quando seus superiores decidem esconder o fato e tentar subornar sua família, um de seus colegas de trabalho, decide lutar para que a verdade e a justiça prevaleçam. 


TEMPORADA (2018)

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Elenco: Grace Passô, Russo APR, Rejane Faria, Hélio Ricardo, Juliana Abreu, Renato Novaes

Premiado no Festival de Brasília 2018 com 5 Troféus (Melhor Filme, Atriz - Grace Passô- Melhor ator coadjuvante - Russo- Melhor fotografia e Melhor direção de arte), "Temporada" é o Longa ficção de estréia do Cineasta André Novais Oliveira, que também escreveu o roteiro. Em 2009, André criou, junto de outros Diretores de Contagem, a produtora "Filmes de Plástico". Os curtas e o documentário de André foram amplamente premiados em muitos Festivais no Brasil e no exterior. (Quintal, Fantasmas, Ela volta na quinta). A protagonista do filme, Juliana (Passô), vem de Itaúna para Contagem às pressas, pois passou em um concurso público e precisa começar a trabalhar. Ela se junta a um grupo de agentes de saúde, que batem de porta em porta na periferia de Contagem. Sua prima arranjou um canto para Juliana morar, na periferia. Juliana está no aguardo de seu marido Carlos vir de Itaúna. Enquanto isso, ela passa os dias conhecendo moradores e se envolvendo com seus colegas de trabalho. Achei curioso que o próprio Diretor André trabalhou como Agente de saúde em 2007, e daí veio a idéia para o filme. Ele conheceu pessoas que foram muito hospitaleiras, e resolveu homenageá-las. No elenco, além dessa força da natureza que é Grace Passô, André escalou não atores, incluindo seus pais e seu irmão, presentes em seus outros trabalhos. Toda a performance do elenco é regido de naturalismo. não existem cenas que são eventos, e sim, situações rotineiras e eventualmente de emoção, como o maravilhoso monólogo de Juliana, onde ela relata à sua prima o ocorrido de sua gravidez. Mesmo em cenas intensas em diálogos, o elenco não cai na obviedade do melodrama. A grande sacada do filme é a mudança no corte de cabelo de Juliana. Na primeira metade do filme, ela assume um cabelo alisado. Logo depois, ela assume a sua identidade, deixando o cabelo crespo. Esse é o significado do título do filme: uma temporada onde muita coisa muda na vida dessa mulher. Sororidade, racismo, machismo são itens presentes em menor ou maior grau no filme, totalmente antenado com o mundo contemporâneo que vivemos.


CONFISSÕES DE ADOLESCENTE (2013)

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Dirigido por Daniel Filho. O filme é baseado na série de televisão homônima, exibida entre 1994 e 1996 pela TV Cultura e no livro de mesmo nome, ambos de autoria de Maria Mariana. O seriado, no qual são baseadas as personagens do filme, foi estrelado por Maria Mariana, Georgiana Góes, Dani Valente e Deborah Secco, que também participaram do filme, porém em outros papéis.

Elenco: Sophia Abrahão, Anna Rita Cerqueira, Bella Camero, Malu Rodrigues, Clara Tiezzi, Cássio Gabus Mendes, Olívia Torres, Tammy Di Calafiori, Christian Monassa, Hugo Bonemer, Eduardo Melo, Guilherme Prates, João Fernandes, Bruno Jablonski, Ana Vitória Bastos, Lucca Diniz, Dieter Fuhrich, José Victor Pires, Bruna Griphao, Julia Mestre, Nina Albuquerque, Maria Mariana, Georgiana Góes, Dani Valente, Deborah Secco, Thiago Lacerda, Caio Castro, Cintia Rosa, Gabriel Totoro, Kika Freire, Dida Camero, Os Dentes

O filme conta a história de quatro irmãs: Tina, Bianca, Alice e Karina, que precisam ajudar o pai que está passando por dificuldades financeiras ao mesmo tempo que descobrem e vivenciam momentos típicos da adolescência. Cada uma dessas irmãs trilha um caminho diferente: Tina se preocupa em arrumar um emprego; Bianca em esconder um relacionamento com uma menina; Alice em perder sua virgindade; e Karina em não saber lidar com as paqueras por ser insegura. Só o amor fraternal que as irmãs sentem é capaz de fazer esse quarteto passar pelas experiências da idade da melhor forma possível e juntas adquirirem forças para superarem quaisquer barreiras pelo caminho.

 


LÚCIA MCCARTNEY, UMA GAROTA DE PROGRAMA (1971)

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Dirigido por David Neves, com roteiro baseado nos contos "Lúcia McCartney" e "O caso de F.A." de Rubem Fonseca publicado no livro Lúcia McCartney.

ELENCO: Adriana Prieto, Isabella Cerqueira Campos, Odete Lara, Nelson Dantas, Paulo Villaça, Albino Pinheiro, Márcia Rodrigues, Rodolfo Arena, Roberto Bonfim, Yagnez, Renato Coutinho, Billy Davis, Maria Gladys, Wilson Grey, Lúcia Milanez, Nina Reis, Paulo Serrado, Aloisio Vianna

A carioca Lúcia mora com a irmã Ida e se prostitui costumeiramente. Ela se apaixona por um dos clientes, José Roberto, e se muda para um apartamento mantido por ele. Mas o homem se ausenta constantemente até que a deixa de vez. Desapontada, Lúcia viaja para São Paulo e vai morar com tios idosos. Ela logo volta a vida de prostituição. Enquanto isso, o rico F.A. se apaixona por uma moça que conhecera num bordel mantido pela vigarista francesa Gisele e pede a um amigo que a tire de lá.


ANJOS DO SOL (2006)

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É o primeiro filme de Rudi "Foguinho" Lagemann

No elenco estão, entre outros, Antonio Calloni, Vera Holtz, Chico Diaz, Roberta Santiago, Otávio Augusto, Mary Sheyla, Darlene Glória (no papel da cafetina Vera), Bianca Comparato e a estreante Fernanda Carvalho, a protagonista, que tinha apenas onze anos na época das filmagens.

Anjos do Sol conta a saga da menina chamada Maria, de quase doze anos, que no verão de 2002 é vendida pela família, que vive no interior do Maranhão, a um recrutador de prostitutas, imaginando que a garota estaria indo viver em um local melhor que vivia, pois não sabiam que se tratava exatamente o recrutamento.


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ALMA CORSÁRIA (1993)

DRIVEGOOGLE / OK.RU / MEGA Senha: mari1998

Dirigido por Carlos Reichenbach

Elenco: Bertrand Duarte, Jandir Ferrari, Andréa Richa, Flor Fernandez, Mariana de Moraes, Jorge Fernando, Emílio Di Biasi, Abrahão Farc, Roberto Miranda, Paulo Marrafão, David Ypond, Carolina Ferraz, Chris Couto, Amazyles de Almeida, André Messias, Denis Peres, Walter Forster, Bruno de André

Rivaldo Torres (Bertrand Duarte) e Teodoro Xavier (Jandir Ferrari) são poetas e amigos de infância. Lançam um livro numa pastelaria do centro de São Paulo e convidam a mais variada fauna humana para o evento, incluindo um suicida em potencial, salvo por Torres no Viaduto do Chá, cafetões, prostitutas e desocupados, além do editor e de parentes dos autores. No decorrer da festa, o filme recua até o final da década de 1950, mostrando o início da amizade dos protagonistas.


 Fome de Amor (1968) - IMDb

FOME DE AMOR (1968)

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Dirigido por Nélson Pereira dos Santos, baseado na novela de Guilherme Figueiredo História para se Ouvir de Noite (1964)

ELENCO: Arduíno Colassanti, Leila Diniz, Paulo Porto, Irene Stefânia, Manfredo Colassanti, Olga Danitch, Neville de Almeida, Márcia Rodrigues, Lia Rossi

Recém-casados em Nova York, Mariana e Felipe decidem voltar para o Brasil e ir morar na ilha que Felipe diz ser dele. Chegando lá, encontram a jovem Ulla, esposa do verdadeiro proprietário da ilha, Alfredo. Entre os dois casais, então, passa a surgir uma relação de ódio, paixão e sexo.


 Rio, Zona Norte - Filme 1957 - AdoroCinema

RIO, ZONA NORTE (1957)

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ELENCO: Grande Otelo, Jece Valadão, Paulo Goulart, Malu Maia, Maria Petar, Haroldo de Oliveira, Angela Maria, Zé Ketti

2º longa dirigido por Nelson Pereira dos Santos, lançado em 1957, faria parte de uma Trilogia carioca, antecedida por "Rio 40 Graus", de 1955. O longa seguinte, "Rio Zona Sul", acabou não sendo realizado. O filme tem forte influência do neo-realismo italiano, principalmente de "Noites de Cabíria", de Fellini. O protagonista é uma figura marginalizada, no caso um sambista nascido e criado no morro, negro, de bom coração e ingênuo, se deixando ludibriar por todos que dão golpe nele. Espírito de Luz (Grande Otelo, antológico) é um sambista de samba de raiz, que mora em uma comunidade da Zona Norte. No início do filme, o vemos caído nos trilhos do trem, supostamente caiu do trem e se machucou bastante. 3 homens o encontram e o deixam à espera de uma ambulância. Agonizando, Espírito se relembra dos últimos meses de sua vida: o assassinato de seu filho Laurindo, envolvido com o crime; o golpe que seu agente (Jece Valadão) lhe dá, vendendo seus sambas para outros compositores sem lhe dar crédito; o seu relacionamento com Adelaide, uma mulher que vislumbra a fama e o posterior abandono dela; e o desejo de Espírito de ter seu samba gravado por Angela Maria (a cena final dela cantando com Grande Otelo é fabulosa). O filme foi considerado pela Abraccine um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos. O excesso de trilha sonora melodramática, e o mau rendimento de alguns personagens importantes interpretados por não atores não chegam a comprometer o filme, pois o brilho de Grande Otelo é tão intenso em todas as vezes que ele entra em cena, que acabamos por relevar qualquer outra questão técnica. O filme apresenta as mesmas mazelas sociais que o Rio de Janeiro enfrenta nos dias de hoje: superlotação do transporte público, descaso das autoridades, racismo, violência, ganância dos grandes empresários. Uma pena assistir ao filme hoje em dia e perceber que nada mudou.


 Rio, 40 Graus - Filme 1955 - AdoroCinema

RIO, 40 GRAUS (1955)

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ELENCO: Roberto Batalin, Glauce Rocha, Jece Valadão, Ana Beatriz, Modesto de Souza, Cláudia Moreno, Ivone Miranda, Antônio Novais, Jackson de Souza, Sady Cabral, Mauro Mendonça, Zé Keti

Longa de estréia de Nelson Pereira dos Santos, que também escreveu o roteiro. Com uma forte influência do Neo-realismo italiano, o filme deixa de lado as chanchadas da Atlântida e os romances da Vera Cruz para mostrar as mazelas sociais de uma das cidades mais lindas do mundo, mas que esconde uma desigualdade econômica que as lentes do fotógrafo Helio Silva mostram com muita comoção. Rodado 100% em locações reais, o filme apresenta um contraste entre o Rio turístico, das paisagens lindas de exportação, e do Rio da periferia, das favelas, do submundo. "Rio 40 graus" é considerado o filme seminal para a criação do Movimento do Cinema novo que aconteceria anos depois, apresentando um retrato nu e cru do Brasil, dentro das alegorias, e falando de política, do brasileiro marginalizado, da corrupção da elite, da opressão do homem do povo. Nelson Pereira era filiado do Partido comunista, e quiz fazer um filme do ponto de vista do favelado. O filme foi censurado pelo Governo, que na falta de um argumento melhor para poder proibir o filme, disse que "o filme apresenta uma mentira para a população, pois no Rio o máximo de temperatura registrada era de 39,6ºC". O filme também foi acusado de divulgar idéias comunistas. Com a pressão dos intelectuais, o filme acabou sendo liberado. A trama é dividida em diversos sub-plots, mas todos derivados de um grupo de 5 meninos negros que moram em uma comunidade: eles saem de seus barracos para vender amendoim na rua e assim, ganhar dinheiro para comprar uma bola de futebol. O filme acompanha cada uma das crianças, e também, as histórias das pessoas com quem essas crianças interagem. O filme critica a política, o futebol, os estrangeiros turistas e na época (hoje seria praticamente impossível), filmou em vários cartões postais da cidade: Praia de Copacabana, Pão de açúcar, Museu Histórico Nacional (que pegou fogo em 2018), Maracanã. Como herdeiro do neo-realismo, o filme mescla atores profissionais com não-atores, e isso fica claro em diversas cenas a diferença de qualidade de performance. Mas dado a natureza do projeto, que é a de mostrar com o máximo de realidade a rotina das pessoas reais da cidade, esse fato acaba sendo deixado em segundo plano. Várias cenas antológicas: a do menino no Zoológico, sorridente, olhando a paisagem; a cena final, que vai do festejo para a imagem da mulher na janela, esperando o retorno do filho. Obrigatório.


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BAIXO GÁVEA (1986)

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Dirigido e escrito por Haroldo Marinho Barbosa

ELENCO: Lucélia Santos, Louise Cardoso, Carlos Gregório, Milton Dobbin, Lorena da Silva, José Wilker, Carlos Wilson, Wilson Grey, Roberto Jabor, Dirce Migliaccio, Odilon Wagner, Analu Prestes, Paschoal Villaboim, Lyscia Braga, Tiana Tavares, Vicente Barcellos

Clara (Lucélia Santos) dirige os ensaios de uma peça teatral sobre Fernando Pessoa ao mesmo tempo que busca constantemente o homem correto e o amor da sua vida. Uma das atrizes é a homossexual Ana (Louise Cardoso), que interpreta o poeta Mário de Sá Carneiro. Ela é amiga e confidente de Clara com quem divide um apartamento. Clara não percebe o amor de Ana, apaixonada por ela, que sempre a ajuda a recuperar-se das decepções. Ao contrário do personagem Sá Carneiro, poeta do decadentismo, do saudosismo, do metafísico e do vago, Ana é o lado pragmático de Clara, que por muitas vezes traz uma visão desiludida como se fosse a do próprio Fernando Pessoa, que pode estar associada aos conceitos dos heterônimos do poeta.


Jardim de Guerra - 1970 | Filmow

JARDIM DE GUERRA (1972)

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Dirigido por Neville d'Almeida, a trama é inspirada no livro Kaos, de Jorge Mautner

Elenco: Joel Barcelos, Maria do Rosário Nascimento e Silva, Vera Brahim, Carlos Guimas, Ezequiel Neves, Paulo Góes, Jorge Mautner, Geraldo Mayrink, Sérgio Chamoux, Claudia de Castro, Guará Rodrigues

Um jovem amargurado e sem perspectivas, apaixona-se por uma cineasta e é injustamente acusado de terrorista por uma organização de direita que o prende, o interroga e o tortura.


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CALIFÓRNIA (2015)

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ELENCO: Aren Gallo, Caio Horowicz, Caio Blat, Giovanni Gallo, Letícia Fagnani, Livia Gijon, Virginia Cavendish, Paulo Miklos, Gilda Nomacce, Pedro Goifman, Gustavo Rosa de Moura, Ivo Müller, Francisco Guarnieri

Nos anos 80, o cineasta e produtor americano John Hughes se popularizou ao fazer um retrato realista dos adolescentes americanos, principalmente em relação à perda da virgindade, conflitos amorosos e familiares, ao som de hits da época. Em 2011, a cineasta Rosane Svartman realizou "Desenrola", o seu filme sobre o olhar adolescente dentro dos mesmos temas. A ex vj da Mtv e filha do cineasta Luís Sergio Person, Marina Person, estreia no longa de ficção fazendo um retrato semi autobiográfico da sua adolescência, ao lado de amigas inseparáveis, discussões familiares e amores conflitantes. Ao som de The cure, Echo And The bunnymen e os nacionais Metro e Blitz, a personagem Estela (Clara Gallo) expõe seu desejo de visitar seu tio (Caio Blat) na California. Mas os sonhos vem por água abaixo quando o tio do nada, resolve voltar ao Brasil. Logo ela descobre qie ele é portador do HIV, e essa informação muda o seu ponto de vista perante o mundo. Com um ótimo elenco cult representado pela excelente Gilda Nomacce, Virginia Cavendish e Paulo Miklos, mesclado a jovens atores o filme é uma simpática porém irregular homenagem a uma geração que, antes da Internet, olhava nos olhos e dizia ao que queria, Para os nostálgicos, será uma festa reviver tanta música boa na trilha sonora. A fotografia suja de Flora Dias ajuda a compôr a atmosfera da época. Quanto ao roteiro, lamento que a Cineasta não tenha aproveitado mais do personagem de Caio Blat, que poderia render muito, muito mais. A participação dele é tão pequena, que fica difícil entender de onde vem tanta paixão da menina por ele.

 


Pôster do filme brasileiro São Paulo, Sociedade Anônima.

Sinopse: Um inspetor de qualidade de uma grande montadora paulista progride até se tornar sócio de uma fábrica de autopeças. Mas, apesar de ter uma vida profissional e afetiva estável, não suporta o ritmo da grande engrenagem.Imagem

SÃO PAULO SOCIEDADE ANÔNIMA (1965)

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Elenco: Walmor Chagas, Eva Wilma, Darlene Glória, Ana Esmeralda, Otello Zeloni, Etty Fraser, Kléber Macedo, Osmano Cardoso, Sérgio Hingst

Clássico do cinema brasileiro de 1965, 'São Paulo Sociedade anônima" é o longa de estréia de Luís Sérgio Person. Uma crítica feroz à impotência do homem de classe média que busca um lugar ao sol em uma São Paulo dominada pela chegada de indústrias estrangeiras. O governo incentivava a industrialização no País e São Paulo é a capital aonde todos buscam uma chance de ficar rico. Carlos (Walmor Chagas) trabalha na Volkswagen, no setor de controle de qualidade. Ao se aproximar de um fornecedor, o italiano Arturo (Otelo Zeloni), Carlos se deixa envolver com as falcatruas dele e acaba saindo da empresa e se juntando na empresa de auto-peças do italiano. Carlos vai conseguindo juntar dinheiro, ao mesmo tempo que precisa administrar uma empresa fraudulenta, onde boa parte dos empregados não são registrados. Paralelamente, Carlos se envolve com 3 mulheres: Ana (Darlene Glória), uma mulher consumista que só quer aproveitar a vida; Hilda (Ana Esmeralda), uma intelectual amante das artes que humilha Carlos por ele não ter cultura; e Luciana (Ewa Wilma), filha de burgueses com quem Carlos acaba se casando e tendo um filho. Com todas as 3, Carlos é infeliz. O filme tem uma estrutura narrativa toda desfragmentada: ele começa pelo final, com a separação e fuga de Carlos de seu casamento com Luciana, e daí vai para o início de sua história, percorrendo 5 anos de sua vida, de 1957 a 1961. O filme tem uma fotografia em preto e branco de Ricardo Aronovich, um Mestre que fotografou "Os fuzis" de Ruy Guerra e "O Baile", de Ettore Scola. A câmera na mão e os enquadramentos são muito bem orquestrados, trazendo um preto e branco opressor de uma São Paulo repleta de solidão. O filme traz influências do cinema existencialista de Antonioni, que também fala do homem em crise consigo mesmo diante de uma imensidão de uma grande cidade. O filme tem muitas cenas antológicas, mas a que mais admiro é a da família cantando dentro do carro de férias e de repente Carlos canta "O hino da bandeira": é uma cena muito simbólica e bastante intensa.


Teresa (Elizabete Francisca Santos) é uma jovem portuguesa que decide deixar o país para morar no Brasil. Ela vai direto para a casa de Francisca (Francisca Manuel), uma amiga também portuguesa que, há quase um ano, mora em Belo Horizonte. Por mais que tenha aceitado abrigá-la, Francisca está temerosa sobre como será o convívio entre elas, já que aprecia a solidão e a independência que dispõe. Entretanto, logo o jeito descontraído e espevitado de Teresa a contagia, nascendo uma forte ligação entre elas.

A CIDADE ONDE ENVELHEÇO (2016)

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Elenco: Elizabete Francisca Santos, Francisca Manuel

No filme "Brooklyn", que Barra a imigração de irlandeses para os Estados Unidos, a protagonista conclui que o coração está no lugar aonde decidimos morar. Assim também é o tema de "A cidade onde envelheço", da mineira Marilia Rocha, vencedor de 4 prêmios em Brasília 2016: filme, direção, atriz (dividido entre as duas atrizes portuguesas" e ator coadjuvante (o divertido Wederson Neguinho). Francisca mora há anos em Belo Horizonte e trabalha como garçonete. Vinda de Lisboa, ela mora sozinha e tem um caso, a quem ela insiste em negar como namorado. Teresa é sua amiga de adolescência e resolve morar também no Brasil. Ela vai dividir o apartamento com Francisca. Teresa é o oposto de Francisca: baladeira, agitada, cheia de sonhos. Francisca carrega em si uma melancolia, misto da perda da juventude com saudades do lar. Entre as duas amigas, a rotina vai entre a amizade e o distanciamento. Marilia Rocha apostou em um filme cem por cento minimalista: o roteiro não tem nenhum grande momento conflituoso. Os atores todos "atuam" como na vida real, sem interpretação. O espectador parece assistir a um documentário sobre a vida simples de pessoas simples, sem grandes ambições. Para quem está acostumado com filmes assim, "A cidade onde envelhece" é um poema sobre a vida solitária de almas sonhadoras. Para quem busca uma história repleta de reviravoltas, vai se assustar. Dois elementos extraordinários no filme: a trilha sonora, mesclando sonoridade portuguesa e brasileira dos anos 70, e a linda fotografia de Ivo Lopes Araújo, de "Tatuagem".


O PADRE E A MOÇA (NACIONAL1080P) – 1966 Capa-O-PADRE-E-A-MOÇA-NACIONAL1080P-–-1966

O PADRE E A MOÇA (1966)

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ELENCO: Helena Ignez, Paulo José, Mário Lago, Fauzi Arap, Rosa Sandrini

Listado entre os 100 melhores filmes brasileiros pela Abraccine, “O padre e a moça” concorreu no Festival de Berlin em 1966, e venceu no mesmo ano dois prêmios no Festival de Brasília: melhor atriz para Helena Ignez, e melhor fotografia para o Mestre Mario Carneiro. O filme é uma livre adaptação do conto de Carlos Drummond de Andrade, “O padre e a moça” publicada no livro “Lição de coisas”, de 1962. O filme é a estréia em longas de Joaquim Pedro de Andrade, e também a estréia de Paulo José, ator de teatro que assumiu o protagonista após o ator original cair doente há duas semanas da filmagem. Paulo José nunca havia feito cinema antes. Rodado em Minas Gerais, no município de São Gonçalo do Rio das Pedras, tendo a população local ajudado na produção e trabalhado como elenco de apoio. A trilha sonora é de Carlos Lyra. Numa região do garimpo, o idoso padre local está doente e um padre jovem (Paulo José) chega para rezar a extrema unção. O Padre conhece alguns moradores locais: Vitorino (Fauzi Arap), o farmacêutico local, amante de Mariana (Helena Ignez). A mesma Mariana é afilhada de Fortunato (Mario Lago), o rei do garimpo local, e que pretende se casar com ela. Mas assim que o Padre e Mariana se conhecem, surge um amor platônico que atormenta o pároco. O filme me lembrou “O crime do padre Amaro”, de Eça de Queirós. Com bela direção naturalista de Joaquim Pedro de Andrade, o filme é enriquecido pela linda fotografia em preto e branco de Mario Carneiro, que enaltece o figurino preto do padre e a renda branca de Mariana. Quando do seu lançamento, o filme foi atacado pela Igreja católica, que o acusou de imoral, e detonado pela crítica, que o achou aristocrático. Hoje revisto, o filme é considerado um dos grandes filme brasileiros, que teve a ousadia de apresentar um Padre moralmente em contradição diante da sedução de Mariana e de não encontrar as palavras de Deus para explicar o que estava acontecendo com a sua mente. No mesmo ano, Paulo José lançaria o seu segundo filme, que o catapultaria ao sucesso: “Todas as mulheres do mundo”, de Domingos Oliveira.


O Signo do Caos - Filme 2003 - AdoroCinema

O SIGNO DO CAOS (2005)

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Dirigido por Rogério Sganzerla

Elenco: Otávio Terceiro, Sálvio do Prado, Camila Pitanga, Giovanna Gold, Eduardo Cabus, Helena Ignez, Freddy Ribeiro, Gilson Moura, Felipe Murray, Vera Magalhães, Anita Terrana, Ruth Mezek, Djin Sganzerla

Chega na alfândega do Rio de Janeiro uma carga de material cinematográfico. Mas o material só poderá ser liberado depois da análise pelo serviço de censura do governo. O responsável por isso é o dr. Amnésio. 


TERABOX / DRIVEGOOGLE / OK.RU / MEDIAFIRE / PIXELDRAIN

ELENCO: Juca de Oliveira, Raul Cortez, Anselmo Duarte, Sérgio Hingst, John Herbert, Lélia Abramo, Cacilda Lanuza, Julia Miranda, Hiltrud Holz

Clássico do cinema brasileiro, dirigido por Luís Sérgio Person, que há dois anos atrás havia lançado "São Paulo S.A.". Adaptação do livro escrito pelo advogado João Alamy Filho, e roteirizado pelo próprio Person e o crítico de cinema Jean Claude Bernadet, o filme ganhou em 1967 no Festival de Brasília 2 prêmios: melhor atriz coadjuvante para Lélia Abramo (que interpreta a mãe dos irmãos), e melhor roteiro. O filme é baseado em trágico acontecimento real, acontecido na cidade de Araguari, Estado de Minas, em 1937, na implantação do estado Novo de Getúlio Vargas: 2 irmãos, Sebastião (Juca de Oliveira) e Joaquim Naves (Raul Cortez) são acusados injustamente de terem assassinado o primo deles, Benedito, e sumido com o dinheiro. Os 3 eram sócios em uma compra de caminhão. Mas Benedito, sem avisar ninguém, foi embora de madrugada com o dinheiro para outra cidade. Sem corpo e sem sinal do dinheiro, os irmãos e a mãe deles são torturados barbaramente. A mãe é solta e pede ajuda para o advogado João Alamy (John Hebert) para impedir que o novo Delegado, um ex-tenente (Anselmo Duarte) os torture ainda mais. Diante de ameaça de morte, os irmãos acabam confessando o crime. No dia do julgamento, no entanto, os irmãos negam tudo e dizem que foram obrigados a mentir para não serem mortos. O juri os absolve 6 contra 1. Mas a promotoria não se convence e pede um novo julgamento, que de novo os absolve. O tribunal, no entanto, altera o veredito outra vez, com ajuda da Constituição de 1937. Os irmãos são condenados a 25 anos e 6 meses de reclusão, pena posteriormente reduzida para 16 anos. Após 8 anos e 3 meses encarcerados, em agosto de 1946, Sebastião e Joaquim ganham liberdade condicional ante comportamento exemplar. Em 1952, Benedito aparece. Somente em 1960 os herdeiros conseguiram indenização do Estado. Joaquim já havia falecido. O filme tem uma narrativa que mistura documentário, cinema reportagem e narração em off. Person misturou atores profissionais com moradores da cidade de Araguari. As cenas de tortura são bem intensas e cruas, e claro que o roteiro de Bernadet e Person já faria uma analogia à Ditadura militar vigente no País de 1967, ano da produção do filme. "O caso dos irmãos Naves" é talvez o melhor filme de tribunal feito no Brasil, realizado com bastante competência e realismo. Raul Cortez, Juca de Oliveira, Lélia Abramo estão antológicos


O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? (1997)

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Dirigido por Bruno Barreto, com roteiro parcialmente baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, escrito em 1979.

ELENCO: Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Alan Arkin, Selton Mello, Luiz Fernando Guimarães, Matheus Nachtergaele, Cláudia Abreu, Caio Junqueira, Nélson Dantas, Fernanda Montenegro, Eduardo Moscovis, Marco Ricca, Maurício Gonçalves, Alessandra Negrini, Fisher Stevens, Lulu Santos, Caroline Kava

O enredo conta, com diversas licenças ficcionais, a história verídica do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969, por integrantes dos grupos guerrilheiros de esquerda MR-8 e Ação Libertadora Nacional, que lutavam contra o regime militar instaurado no país em 1964.

Alguns nomes dos personagens ligados à guerrilha foram trocados em relação a seus nomes verdadeiros no livro e na vida real.


 

A MEMÓRIA QUE ME CONTAM (2012)

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Diretora: Lúcia Murat

Elenco: Irene Ravache, Franco Nero, Simone Spoladore

A ex-guerrilhera Ana (Simone Spoladore), ícone do movimento de esquerda, é o último elo entre um grupo de amigos que resistiu à ditadura militar no Brasil. Com a iminente morte da amiga, eles se reencontram na sala de espera de um hospital. Entre eles está Irene (Irene Ravache), uma diretora de cinema que sente-se perdida diante da iminente morte da amiga e que precisa ainda lidar com a inesperada prisão de Paolo (Franco Nero), seu marido, acusado de ter matado duas pessoas em um atentado terrorista ocorrido décadas atrás na Itália.  


BATISMO DE SANGUE (2007)

OK.RU / MEGA / LIVRO

Direção: Helvécio Ratton

ELENCO: Caio Blat, Daniel de Oliveira, Cássio Gabus Mendes, Ângelo Antônio, Léo Quintão, José Carlos Aragão, Odilon Esteves, Marcélia Cartaxo, Marku Ribas, Murilo Grossi, Renato Parara, Jorge Emil, Marco Amaral 

Na cidade de São Paulo, no final da década de 1960, o convento dos frades dominicanos torna-se uma das mais fortes resistências à ditadura militar vigente no Brasil. Movidos por ideais cristãos, os frades "Tito", "Betto", "Oswaldo", "Fernando" e "Ivo", passam a apoiar logistica e politicamente o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado à época por Carlos Marighella. O grupo dissocia-se após uma conversa entre Frei Diogo e seus frades, de onde se conclui a necessidade de dispersão do grupo a partir de então.

Frei Ivo e Frei Fernando partem para o Rio de Janeiro, onde são surpreendidos e torturados por oficiais brasileiros que, acusando-os de traidores da igreja e traidores da pátria, perguntam por informações sobre o local de reunião do grupo para a posterior captura e execução de seu líder, Carlos Marighella. Após sofrerem tortura, os frades informam aos policiais o horário e o local de reunião do grupo, onde Marighella costumava receber recursos oriundos dos frades. Marighella foi então surpreendido e executado por policiais do DOPS paulista, sob o comando do delegado Sérgio Paranhos Fleury. Frei Betto, refugia-se no interior do Rio Grande do Sul onde é encontrado, preso, e une-se ao restante do grupo no presídio de Tiradentes, em São Paulo, em 1971. Os frades são posteriormente julgados e sentenciados a quatro anos de reclusão em regime fechado.

A única exceção é Frei Tito, que é libertado em troca do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, juntamente com outros presos políticos, em 11 de junho de 1970, e se exila na França. Frei Tito não consegue superar as sequelas psicológicas sofridas após ser preso e torturado e acaba suicidando-se.


PRA FRENTE, BRASIL (1982)

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Dirigido e escrito por Roberto Farias

ELENCO: Reginaldo Faria, Antônio Fagundes, Natália do Valle, Elizabeth Savalla, Carlos Zara, Cláudio Marzo, Neuza Amaral, Paulo Porto, Ivan Cândido, Flávio Migliaccio, Milton Moraes, Luiz Armando Queiroz, Irma Álvarez, Lui Farias, Maurício Farias

Em 1970, na época dos anos de chumbo e do milagre econômico, o Brasil vibra com a Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo sediada no México. Enquanto isso, militantes e terroristas são torturados por agentes da repressão oficial.

Jofre Godoi da Fonseca é um pacato trabalhador de classe média, casado com Marta, com quem tem dois filhos. Miguel, seu irmão, goza dos mesmos privilégios que ele, apesar de amar Mariana, uma guerrilheira de esquerda. Quando Jofre divide um táxi com um militante de esquerda, é tido como "subversivo" pelos órgãos de repressão. É preso e submetido a inúmeras sessões de tortura.

Miguel e Marta tentam encontrá-lo através dos meios legais, mas se deparam com a relutância da polícia em investigar o desaparecimento. Com o telefone grampeado, Miguel recebe Mariana em casa, ferida após um fracassado assalto a banco. É quando ele fica sabendo da atuação de um grupo de repressão política patrocinado por empresários.

Enquanto isso, Jofre consegue fugir de seu cativeiro, mas é alcançado pela Veraneio de seus algozes, que assistiam à cena escondidos. Barreto, o chefe dos torturadores sai do veículo e vai pessoalmente verificar o estrago que seus homens haviam feito em Jofre. Cumprido o dever, retornam ao cativeiro onde, não se sabe se ele morreu ou ficou desaparecido pois não fica explícito o que aconteceu, ao som dos gols do jogo Brasil versus Itália e da marchinha do tricampeonato, "Pra frente, Brasil".


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DEDÉ MAMATA (1987)

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Dirigido por Rodolfo Brandão

Elenco: Guilherme Fontes, Malu Mader, Marcos Palmeira, Luiz Fernando Guimarães, Paulo Porto, Iara Jamra, Paulo Betti, Natália Thimberg, Geraldo Del Rey, Tonico Pereira, Luiz João, Thaís de Campos, Antônio Pitanga, Thelma Reston, Guará Rodrigues, Lisandra Souto, Everardo Rocha

O filme fala sobre a alienação durante a época da ditadura militar no Brasil. Dedé é neto de avós anarquistas e de pais comunistas, mas, após crescer sempre isolado devido aos constantes deslocamentos derivados das perseguições do governo, pouco se importa para o contexto de repressão e desinteressa-se em se engajar na resistência de esquerda. Quando o pai é vítima de uma emboscada militar e desaparece, a família entra em crise, mas Dedé só quer curtir sua juventude. Sua vida, porém, se complica quando, ainda nos anos 70, começa a se envolver com a cocaína e o seu nascente tráfico. 


Eu Me Lembro - Filme 2005 - AdoroCinemaEu Me Lembro (2005) [Repost] / AvaxHomeNude video celebs » Tania Toko Nude - I Remember (2005)Tania Toko Nude - I Remember (2005) / Watch online

EU ME LEMBRO (2005)

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DIREÇÃO: Edgard Navarro

Elenco: Arly Arnaud, Dantlen en Melo, Fernando Fulco, Lucas Valadares, Nélia Carvalho, Victor Porfirio

Vencedor de 6 Prêmios no Festival de Brasilia em 2005 (Filme, Diretor, Ator, Atriz, Atriz coadjuvante e roteiro), "Eu me lembro" pega emprestado o mote de "Amarcord" de Fellini e faz um relato nostálgico de Guiga, alter-ego do cineasta Edgard Navarro. Nascido em Salvador em 1949, Navarro/Guiga mostra a sua relação conflituosa com o seu pai, carrancudo e violento, e de sua submissa e passiva mãe, sempre carinhosa, mas levando broncas sem fim do marido, que vive ameaçando a esposa. Acompanhando a trajetória do personagem dos anos 50 ao 70, passando pela ditadura, descoberta do ofício do Cinema, seus amores, paixões e envolvimento com o Movimento Hippie, é um filme ambicioso, que tem momentos muito lúdicos e poéticos, e outros, fica na tentativa de expor um Brasil ideal. A primeira parte do filme, que acompanha Guiga até sua adolescência, é a melhor. Talvez por flertar com a inocência de uma criança que descobre o sexo, seja mais divertido e mais cativante para o espectador. Edgard Navarro sempre foi ousado, e aqui ele não poupa nem o ator mirim, que aparece se masturbando e de pênis ereto. Talvez haja um exagero nessa visão sexualizada do menino do interior, mas não deixa de ser engraçado. E é também onde aparece a figura da mãe, brilhantemente interpretada por Arly Arnaud. Fiquei curioso pela filmografia de Edgard Navarro desde os seus bizarros curtas, em espacial "Super outro" e "O rei do cagaço". Em "O rei do cagaço", Navarro aparece em carne e osso defecando em lugares públicos de Salvador, sem cortes. O filme serviu como um manifesto e foi um verdadeiro escândalo. Impossível não deixar ficar arrebatado por tamanha ousadia. Infelizmente, "Eu me lembro" fica no meio do caminho. A sua segunda parte fica didática. menos interessante e com uma visão um pouco caricata do que seria o Movimento hippie. No final, é um filme curioso dentro da filmografia nacional: narrado em voz nostálgica pelo próprio Cineasta, vale pelo olhar matuto e malicioso sobre a vida de um Artista desde a sua infância até a fase adulta. 


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UM TREM PARA AS ESTRELAS (1987)

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Dirigido por Carlos Diegues

Elenco: Ana Beatriz Wiltgen, Beth Prado, Betty Faria, Cazuza, Cristina Lavigne, Daniel Filho, Dinorah Brillanti, Ezequiel Neves, Fausto Fawcett, Flávio São Thiago, Guilherme Fontes, Jorge Fino, José Wilker, Marcelo Madureira, Marcos Palmeira, Milton Gonçalves, Miriam Pires, Otto Machado, Paula Lavigne, Paulão, Paulo Moska, Roney Villela, Ronnie Marruda, Sandro Solviatti, Tania Boscoli, Taumaturgo Ferreira, Yolanda Cardoso, Zé Trindade

O jovem saxofonista Vinícius passa por diversas experiências pelas ruas do Rio de Janeiro enquanto procura por sua namorada desaparecida, após uma noite de amor. Durante essa busca, ele vivencia, pela cidade, violência, miséria e injustiças, sempre envolvido pela música. 


ANJOS DA NOITE (1987)

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Elenco: Zezé Motta, Antônio Fagundes, Marco Nanini, Guilherme Leme, Marília Pêra, Chiquinho Brandão, José Rubens Chachá, Be Valério, Cláudio Mamberti, Aída Leiner, Aldo Bueno, Tuna Dwek, Cristina Mutarelli, Ana Ramalho, Marcelo Mansfield, Eliana Fonseca, Rosaly Papadopol, Sérgio Mamberti

Único filme dirigido pelo ex-professor de cinema da Eca USP, Wilson Barros faleceu aos 44 anos em 1992. "Anjos da noite" foi lançado em 1987 e se tornou um cult imediato, apelidado pela crítica como integrante do movimento "Neon paulista", um movimento de cinema paulistano que idolatrava a modernidade na narrativa. O filme ganhou mais de 11 prêmios em Brasília e Gramado em 1987, incluindo melhor filme e direção. A fotografia de José Roberto Eliezer, premiada, traz uma estética de favorecer a noite de São Paulo, em meio a ruas escuras e também iluminadas por neons, o submundo e o underground captado em lentes apaixonantes.

O filme apresenta vários personagens que vivem na noite de são Paulo capital, transitando em universo da prostituição masculina, shows de drag queens, cafetinas, assassinos, diretores de teatro e atrizes que sonham com um lugar ao sol, além de uma atriz Diva vivida por Marília Pera. O filme traz um elenco premiado e estelar, um dos grandes motivos de se assistir ao filme.

O garoto de programa Ted (Guilherme Leme); Marta (a Diva Marília Pera); Jorge Tadeu (diretor de teatro, Antonio Fagundes); Lola (travesti, Chiquinho Brandão); o gângster Fofo (Cláudio Mamberti); Guto (namorado de Ted, Marco Nanini), Malu Maneca (cafetina, Zezé Motta) são alguns dos anjos da noite, figuras retratadas por Malu e que ele mantém em fitas Vhs gravadas. O filme é um excelente registro de uma época e uma das grandes obras nacionais dos anos 80.

INSOLAÇÃO (2014)

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Direção: Felipe Hirsch e Daniela Thomas

Brasília sob o sol, vazia. Ruas vazias, prédios vazios, piscinas vazias. As crianças se apaixonam e se entregam sem hesitação. Os adultos se desiludem diluídos em seus próprios vazios existenciais. Um velho divaga e encara sua finitude próxima.


 

Benzinho - Filme 2018 - AdoroCinema

BENZINHO (2018)

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DIREÇÃO: Gustavo Pizzi

ELENCO: Karine Teles, Konstantinos Sarris, Otávio Müller, Adriana Esteves, César Troncoso Barros, Luan Teles, Artur Teles, Francisco Teles, Vicente Demori, Mateus Solano, Camilo Pellegrini

Ettore Scola foi uma grande influência na formação de muitos cinéfilos, por conta de seus dramas familiares envolvendo a classe média baixa operária italiana. Em filme como "Feios, sujos e malvados" e "Nós que nos amávamos tanto", nos apaixonamos pelos personagens absurdamente carismáticos e fanfarrões. Em "Benzinho", tive a mesma sensação de querer abraçar a todos que pertencem à família comandada por Irena (Karine Telles) e Klaus (Otávio Muller). Afinal, o que quer essa família? Um abraço já seria o suficiente. E assim como os italianos, como gritam essas pessoas! Moradores de um bairro pobre em Petrópolis, Irene e Klaus são pais de 4 filhos, todos homens. Tem Fernando (Konstantinos Sarris), de 16 anos, Rodrigo, de 10 anos, e os caçulas gêmeos, de 5 anos (os gêmeos são filhos reais de Karine Telles e Gustavo Pizzi). Klaus é dono de uma papelaria, e Irene faz de tudo um pouco: vende quentinhas e jogos de lençol para casais, junto de sua irmã, Sonia (Adriana Esteves), casada com o violento Alan (Cesar Troncoso). Irene está para se formar, e o casal está a anos construindo uma casa nova para a família. Um dia, Fernando é convidado a fazer parte de um time de handebol juniors na Alemanha. Esse evento irá desencadear uma montanha russa de emoções na família, principalmente em irene, que não consegue disfarçar seu medo e ansiedade pela ida do filho para o estrangeiro. Ela procura a todo custo lidar com o desapego, mas parece impossível. O roteiro, escrito pelo próprio Gustavo Pizzi com Karine Telles, apresenta uma gama de pequenos dramas, que fazem parte da rotina sofrida da família, com pitadas de humor e melancolia. Se fosse um filme americano independente, rapidamente a crítica local encaixaria o filme no gênero "Feel good movie" e o compararia à familia de loosers de "A pequena Miss Sunshine" (e olha que aqui também existe uma kombi vintage, só que vermelha!). O grande acerto do filme, foi lidar com uma roupagem simples e eficiente, sem grandes arroubos de técnica, e confiar toda a carga dramática nas mãos de atores excepcionais em suas performances. Karine Telles e Adriana Esteves são como um trovão. Que forças da natureza! Otávio Muller e Cesar Troncoso também não ficam longe, e todos têm pelo menos uma cena antológica. O jovem Konstantinos Sarris é a grande sensação do elenco, e que, com certeza, terá um belo caminho pela frente. A fotografia de Pedro Faerstein alterna Planos gerais emblemáticos e closes intimistas, sofridos. Entre momentos de poesia e a realidade nua e crua, o naturalismo do filme nos coloca ali, próximos a todos, como se fossemos aquele vizinho que está ali, acompanhando e testemunhando as pequenas batalhas diárias. Um momento para a história do cinema: A cena de Klaus e seu filho Rodrigo, comendo pudim de madrugada na cozinha, escondidos de Irene. O filme foi selecionado para o Festival de Sundance em 2018, e venceu os prêmios de Melhor filme latino-americano e da Crítica em Málaga.


Vereda da Salvação - 1965 | Filmow

VEREDA DA SALVAÇÃO (1965)

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Dirigido por Anselmo Duarte, adaptação de texto para teatro da autoria de Jorge Andrade

Elenco: Raul Cortez, José Parisi, Lélia Abramo, Margarida Cardoso, Stênio Garcia, Esther Mellinger, Maria Isabel de Lizandra, José Pereira, Áurea Campos, Alda Marina, Potiguara Lopes, Terezinha Cubana

O filme acompanha produtores rurais pobres no Nordeste brasileiro que entram em um grupo messiânico, liderado por Joaquim (Raul Cortez), que acredita ser a reencarnação de Jesus Cristo. Joaquim promete a seus seguidores que lhes mostrará o caminho para o paraíso, a "vereda da salvação" do título do filme.

Com poder sobre os camponeses, o personagem de Raul Cortez começa a perseguir aqueles que não lhe prestam obediência, em especial Artuliana (Esther Mellinger). Joaquim ordena que seus seguidores tirem o filho de Artuliana, que está grávida, acusando-a de estar possuída pelo demônio. 


 

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TODOS OS MORTOS (2020)

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Elenco: Mawusi Tulani, Clarissa Kiste, Thaia Perez, Carolina Bianchi, Agyei Augusto, Leonor Silveira, Alaíde Costa, Rogério Brito, Thomás Aquino, Andrea Marquee, Luciano Chirolli, Teca Pereira, Gilda Nomacce, Vinicius Meloni, Eduardo Silva, Lívia Silva, Tuna Dwek, Ledda Marotti, Dagoberto Feliz, Lucio Correia, Edgar Castro, Palomaris Mathias Mansel, Pedro Souza, Luís Mármora, Eduardo Rodrigues Deguti Barros, Laura Vieira, Gustavo Vinagre, Clément Duboin, John Trengove, Othon Perdigão

Premiado drama alegórico brasileiro, concorreu ao Urso de Ouro em Berlin 2020, sendo o único filme brasileiro a concorrer na Mostra principal. Ganhou no IndieLisboa o prêmio de melhor filme, e em Gramado ganhou os Kikitos de ator e atriz coadjuvante, para Thomas Aquino e Alaíde Costa.
Confesso que tive dificuldades para gostar do filme, sou apaixonado por outros filmes de Marcos Dutra, como "Trabalhar cansa" e "As boas maneiras", e de Caetano Gotardo, prefiro "O que te move". "Todos os mortos" é anunciado pela mídia como terror, mas está longe de ser um filme de gênero. Talvez o grande terror seja o roteiro do filme aproximar o Brasil de 1899 do Brasil de 2020, e sofrendo das mesmas mazelas, principalmente no que se refere à questão do racismo e preconceito no país. As sequelas da escravidão permanecem no Brasil de hoje, com um racismo escondido e camuflado na sociedade. Os diretores se utilizam de um recurso que os aproxima de Shayamalan, porém sem querer provocar sustos ou surpresas no espectador, e sim, fazer uma transição discreta temporal.
Em 1899, 10 anos após a abolição da escravatura no país, a família Soareses perde o seu poder econômico. Iná, uma ex-escrava, e seu filho João, agora procuram por trabalho. Ambos acabam parando na fazenda dos Soareses, mas a escravidão segue implícita. Mas Iná representa a força da mulher negra e agora vai se impôr.
O filme tem um elenco excelente dando vida a personagens majoritariamente feminino. são performances mais teatrais, empostadas, mas não menos fortes e vibrantes. Mawusi Tulani, como Iná, e Alaíde Costa são os grandes destaques.
Participação especial das ótimas Gilda Nomacce, Tuna Dwek e Leonor Silveira.

POR QUE VOCÊ NÃO CHORA? (2021)

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Diretora: Cibele Amaral

Elenco: Bárbara Paz, Caroline Monte Rosa, Cristiana Oliveira, Elisa Lucinda, Maria Paula, Luciana Murtuchelli

Jéssica (Carolina Monte Rosa) é uma humilde e séria menina que saiu do interior para estudar psicologia na Capital. Durante seus estágios de graduação, ela conhece Bárbara (Bárbara Paz), uma mulher diagnosticada com Transtorno de Borderline. Esse acontecimento transforma sua vida. Enquanto Bárbara está se autoconhecendo, Jéssica não sabe nada sobre si. Agora, elas travam uma série de conflitos que vai levando a estudante de psicologia a descobrir que nunca teve uma vida.


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VOU NADAR ATÉ VOCÊ (2020)

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“Vou nadar até você” concorreu no prestigiado Festival de Gramado em 2019. O filme é a estréia em longas do fotógrafo e cineasta Klaus Mitteldorf, e também o primeiro longa como protagonista de Bruna Marquezine. O filme é uma livre adaptação de “Hamlet”, traduzido para os dias de hoje. As referências à Ofélia, personagem trágica da obra de Shakespeare, surgem tanto nos personagens quanto na famosa pintura de John Everett Millais, retatando a morte de Ofélia por afogamento, ao lado de flores. Road movie por gênero, apresenta Ofélia (Bruna Marquezine), uma jovem fotógrafa que mora com sua mãe, Talia, em Santos. Ao descobrir que seu pai, a quem ela nunca conheceu, está no Brasil para uma exposição de fotos em Ubatuba, Ofélia resolve ir até ele e tentar descobrir porquê ele nunca quis entrar em contato com ela. Pelo caminho, ela tenta descobrir quem é seu pai através dos amigos dele, personagens que Ofélia vai buscando em sua trajetória. O filme é uma homenagem de Klaus ao universo da fotografia: a começar pelos personagens: tanto Ofélia, quanto Tedesco (Peter Ketnath, de “Cinema, aspirinas e urubus”), seu pai, e Smutter, seu assistente (Fernando Alves Pinto) são fotógrafos. O filme tem imagens em Super 8 registrados pelo próprio Klaus em sua adolescência, e em determinado momento do filme discute-se o conceito da fotografia analógica e digital. A fotografia do filme, belíssima, é de Alexandre Ermell. O filme é composto de enquadramentos estilizados, como se cada frame fosse uma moldura. A trilha sonora, melódica e melancólica, parecem uma segunda voz narrando o filme, de tão simbiótica da narração em off de Ofélia. É clara a referência de Hamlet/Tedesco e Smutter/Claudio, personagens de “Hamlet”. Um filme que tem como tema o Amor, seja pela Arte ou pelas pessoas, mas com um tom bastante pessimista: o ser humano é egoísta e vil, a fotografia perde sua essência quando não queremos saber quem são as pessoas que queremos fotografar. A alma que Ofélia tanto busca, provavelmente só existe dentro dela. Com um excelente elenco de coadjuvantes: Cristina Prochaska, Fabio Audi, Dan Stulbach, Ondina Clais, “Vou nadar até você” é um filme que não deixará o espectador indiferente aos caminhos de seus personagens. E tem uma cena digna de nota: o pulo que Oféilia dá na ponte de Santos, um primor de realização na direção e na fotografia. Bruna Marquezine mostra bastante talento em um personagem complexo e cheio de camadas. Uma corajosa escolha para a sua estréia nas telas.


 

Sombra - Trailer - YouTube

SOMBRA (2022)

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DIREÇÃO: Bruno Gascon

ELENCO: Ana Moreira, Miguel Borges, Vítor Norte, Joana Ribeiro, Tomás Alves, Sara Sampaio

Em 1998, Isabel tinha a família perfeita até que um dia chega a casa e descobre que o seu filho de 11 anos desapareceu. A partir desse momento tudo muda. Apesar da cobertura mediática do caso e da existência de um suspeito, a justiça falha constantemente e Isabel percebe que somente ela poderá manter viva a busca por Pedro. Passam-se 15 anos e apesar de todos os obstáculos que encontra, Isabel vai continuar a fazer de tudo para reencontrar o filho que todos querem que esqueça, mas ela acredita ainda estar vivo. Uma mãe sabe.


#GAROTAS - O FILME (2015)

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Elenco: Giovana Echeverria, Barbara França, Ingra Liberato, Jeyce Valente, Rafael Canedo

Talvez para diferenciar do filme francês dirigido por Céline Sciamma, "Garotas", o filme nacional dirigido e escrito por Alex Medeiros ganhou o complemento de "O filme". Tal decisão artística talvez tenha provocado uma expectativa maior em relação ao filme, que na verdade, é pouco ambicioso em termos de roteiro. De baixo orçamento, o que é nítido, o flme se apoia na estilização para poder camuflar problemas de orçamento. Muita luz, planos fechados, câmera na mão nervosa, edição frenética e granulação, claramente inspirados no filme de Harmony Korine, "Spring breakers". Assim como no excelente filme de Korine, as meninas são avançadas, modernas, falam muito palavrão, desbocadas e dominam os homens no quesito sexo. Elas sabem o que elas querem, e não é pouco. Em pleno Século XXI, elas querem dizer que são elas, as mulheres, que dizem o que elas querem fazer. O filme se passa em 2 épocas: o reveillon do ano anterior, e o tempo presente, 1 ano depois. Beth, Milena e Carina (Giovana Echeverria, Barbara França e Jeyce Valente, respectivamente), amigas inseparáveis, fazem muita merda e só querem saber de sexo, drogas e música eletrônica. Um ano se passa, e Beth volta de Nova York mais séria. as amigas estranham, mas resolvem aprontar uma festa surpresa na casa de Beth, para desconforto dela. Até o final do filme, saberemos o porquê dessa mudança de comportamento. O cartaz do filme não me pareceu vender o filme certo para o seu público, majoritariamente adolescente. se eu não soubesse nada do filme, acharia que estaria vendo um filme sobre jovens prostitutas. E o filme não tem nada disso. ele vai na linha dos filmes juvenis americanos, que é o da loucura adolescente, promovendo inclusive a famigerada festa na casa de uma delas e torcendo para que os pais não cheguem naquela noite. Nesse cenário de destruição, acompanhamos o drama das amigas, cada uma com um problema a resolver: baixa auto-estima, narcisismo e excesso de sexualidade. Uma pena que para poder trazer humor ao filme, alguns personagens se tornem caricatos e só servem para fazer piadas sobre sexo. Parece que estamos vendo 2 filmes diferentes, ainda mais porquê o desfecho vai fundo no drama. O destaque vai para o trabalho das meninas, que fazem o que podem, com diálogos onde 70% elas falam palavrão. Será que a adolescência está assim tão liberal como no filme? 


Belinda dos Orixás na Praia dos Desejos (1979) - IMDb 

BELINDA DOS ORIXÁS NA PRAIA DOS DESEJOS (1979)

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Diretor: Antônio B. Thomé

Elenco: Nicole Puzzi, Waldir Siebert, Iara Stein, Marta Volpiani, Midori Tange, Clayton Silva, Pedro Cassador, Walter Coletti, Novani Novakoski, David Húngaro, Oasis Minniti, Noêmia Lemes, Nilza Albanezzi

Uma inusitada mistura entre candomblé, sexo e crime. A história se desenrola a partir da chegada da jovem Belinda e suas amigas a um camping à beira-mar. Durante um passeio noturno, elas assistem a um ritual religioso. 


Dois Córregos - Filme 1999 - AdoroCinema

DOIS CÓRREGOS: VERDADES SUBMERSAS NO TEMPO (1999)

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Dirigido por Carlos Reichenbach

Elenco: Carlos Alberto Riccelli, Beth Goulart, Ingra Lyberato, Vanessa Goulart, Luciana Brasil, Kaio César, Luiz Damasceno, Thomaz Jorge, Sérgio Ferrara, Antoune Nakhle, Cristina Cavalcanti, Lina Agifu, Zé da Ilha, Ingrid Silveira, Igor Silveira, Paulo Mendes, Jacqueline Jorge, Francisco Cestari, Sebastião Manoel de Abreu, Maurity Fornazaro, Marcelo Araújo, Fabiana Barbosa, Sergio Cavalcante, Joana Curvo, José Jerônimo, Rita Martins,André Mürrer, Maurílio Taddeu

Ana Paula (Beth Goulart) viaja a Dois Córregos, no interior de São Paulo, para recuperar a casa de campo que herdou dos pais, então ocupada por grileiros. Constrangida com a indiferença de seu advogado, e com a rispidez da ação policial, Ana lembra-se da última vez que esteve ali, no final dos anos 60, quando, acompanhada da amiga Lydia (Luciana Brasil), conheceu o tio Hermes (Carlos Alberto Riccelli), um ativista de extrema esquerda que, exilado, buscava retornar ao país. O relacionamento entre os três revela, para as meninas, vários momentos de descoberta da sensualidade, do afeto e da melancolia.


O PRÍNCIPE (2002)

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Escrito e dirigido por Ugo Giorgetti

Elenco: Eduardo Tornaghi, Bruna Lombardi, Ricardo Blat, Ewerton de Castro, Otávio Augusto, Elias Andreato, Márcia Bernardes, Bruno Giordano, Luis Guilherme, Lígia Cortez, Henrique Lisboa, Júlio Medaglia

Gustavo fez carreira na Universidade onde ganhou prestígio ao publicar uma tese sobre "O Príncipe", de Maquiavel. A saúde frágil de Dona Norma, sua mãe, e a doença mental de Mário, seu irmão, o fazem retornar ao Brasil, depois de vinte anos de exílio em Paris. Em São Paulo, ele tem de se adaptar à nova realidade, e busca encontrar Marino, Renato, e Aron, seus antigos amigos, e Maria Cristina, seu grande amor. 


Um Homem Célebre - Filme 1974 - AdoroCinema

UM HOMEM CÉLEBRE (1976)

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Dirigido por Miguel Faria Jr., baseado no conto homônimo de Machado de Assis

Elenco: Walmor Chagas, Marie Claude, Maria Lúcia Dahl, Ruth de Souza, Carlos Duval, Gracinda Freire, Ednei Giovenazzi, Darlene Glória, Carlos Kroeber, Nara Leão, José Celso Martinez Corrêa, Nildo Parente, Antonio Pitanga, Thaís Portinho, Gianni Ratto, Fábio Sabag, José Vicente, Antônio Victor, Bibi Vogel

Pestana é um músico frustrado que conhece a fama nos salões do Rio de Janeiro com suas canções populares, mas seu maior desejo é a consagração como compositor erudito.


ÁRIDO MOVIE (2005)

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Dirigido por Lírio Ferreira

Elenco: José Dumont, Luiz Carlos Vasconcelos, Gustavo Falcão, Aramis Trindade, Matheus Nachtergaele, Suyane Moreira, Maria de Jesus Bacarelli, Magdale Alves, Renata Sorrah, Paulo César Peréio, Giulia Gam, Mariana Lima, Selton Mello, Guilherme Weber, José Celso Martinez Corrêa, Ortinho, Renato e Seus Blue Caps 

Jonas (Guilherme Weber) é o repórter do tempo de uma grande rede de TV, que mora em São Paulo mas está rumo à sua cidade-natal, localizada no interior do nordeste. O motivo é a morte de seu pai (Paulo César Pereio), com quem teve pouquíssimo contato e que foi assassinado inesperadamente. Jonas enfrenta problemas para chegar à cidade, até que recebe carona de Soledad (Giulia Gam), uma videomaker que está fazendo um documentário sobre a água no sertão. Ao chegar ele encontra uma parte da família a qual não conhecia até então, que lhe cobra que se vingue da morte do pai.


 

SUPER NADA (2012)

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Elenco: Marat Descartes, Jair Rodrigues, Clarissa Kiste, Denise Weinberg, Cristiano Karnas, Iacov Hillel, Rogério Brito, Débora Serretiello, Lucia Romano, Gisele Calazans, Larissa Salgado, Ligia Macedo Campos

Vencedor de vários prêmios, entre eles Melhor Ator em Gramado 2012 para Marat Descartes e para o cantor Jair Rodrigues como melhor ator no Festival do Rio dentro da Mostra novos rumos. Os 2 atores são o grande motivo para se assistir a esse drama sobre o desemprego no meio artístico, a decadência e a falta de perspectiva para atores condenados ao ostracismo. É um filme muito cruel com aqueles que buscam um sonho, e que jamais chegará. Guto é um ator que luta para sobreviver. Ele faz bicos em pegadinhas, se apresenta como malabarista em sinais para ganhar dinheiro e vai se virando como pode, até roubar dinheiro da mãe (Denise Weimberg, excelente como sempre). Sua filha pequena mora com a sua mãe, e nas horas vagas Guto assiste ao programa "Super nada", protagonizado por um comediante decadente (Jair Rodrigues, num papel que remete a Renato Aragão). Um dia, Guto é chamado para fazer teste para uma cena do programa "Super nada" e contracenará nada mais nada menos com seu ídolo, Zeca (Jair Rodrigues). Mas algo dá muito errado. O filme de Rubens Rewald (nada a ver com o crítico Rubens Ewald Filho) co-dirigido por Rossana Foglia faz aqui um relato sombrio sobre o Ator e sua luta diária para sobreviver em um mercado onde o ator comum não encontra chance. O filme é uma resposta paulista ao excelente filme carioca de Gustavo Pizzi, "Riscado", com uma Karine Teles endiabrada fazendo também uma atriz que precisa se virar como pode para sobreviver. Ambos os filmes têm um orçamento baixíssimo, e isso fica evidente na tela. Diante de uma projeto onde o que se vê tem uma cara de improviso, brilha o elenco, diante de um roteiro bom, mas que vai por caminhos que o tiram do seu foco principal, que é a bela história de Guto.


LINHA DE PASSE (2008)

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Diretores Walter Salles e Daniela Thomas

ELENCO: Vinícius de Oliveira, João Baldasserini, Geraldo Rodrigues, Kaique de Jesus, José Trassi, Mateus Solano, Sandra Corveloni, Renata Novaes, Denise Weinberg, Mário César Camargo, Rafael Losso, Luisa Micheletti, Luiz Serra, Ana Carolina Dias, Almir Barros

A trama mostra a história de quatro irmãos da Cidade Líder, periferia de São Paulo que, com a ausência do pai, precisam lutar por seus sonhos. Um deles, Dario (Vinícius de Oliveira), vê em seu talento como jogador de futebol a esperança de uma vida melhor. O título é uma alusão ao futebol, que está no centro das atenções, Dario aspira carreira como jogador e são todos torcedores fanáticos do Sport Club Corinthians Paulista.


A Cartomante (2004) – Wikipédia, a enciclopédia livre

A CARTOMANTE (2004)

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Dirigido por Wagner de Assis e Pablo Uranga, baseado no conto "A Cartomante", de Machado de Assis

Elenco: Deborah Secco, Ilya São Paulo, Luigi Baricelli, Cristiane Alves, Sílvia Pfeifer, Mel Lisboa, Sílvio Guindane, Giovanna Antonelli, Ronnie Marruda, Sabrina Sato

Rita (interpretada por Deborah Secco) se apaixona por Camilo (Luigi Barricelli). Porém há um problema: ela está noiva de Vilela (Ilya São Paulo), ninguém menos que o melhor amigo de Camilo. Em dúvida sobre o futuro, Rita decide consultar uma cartomante. Porém o que as cartas lhe revelam indicam um caminho diferente do que diz sua psicóloga, Dra. Antônia (Sílvia Pfeiffer).



A Cartomante (1974) - IMDb

A CARTOMANTE (1974)

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Dirigido por Marcos Faria, baseado no conto homônimo de Machado de Assis.

Elenco: Maurício do Valle, Ítala Nandi, Ivan Cândido, Lúcia Lage, Célia Maracajá, Valmir Dulcetti, Paulo César Pereio, Jota Guerra

No Rio de Janeiro de 1871, mulher casada mantém romance secreto com um amigo do marido. Após consultar uma cartomante que prevê final feliz para os amantes, são mortos pelo marido dela, que os flagra em adultério. 


Câncer (1972) - IMDb

CÂNCER (1972)

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Direção: Glauber Rocha

Elenco: Odete Lara, Hugo Carvana, Antonio Pitanga, Eduardo Coutinho, Rogério Duarte, Hélio Oiticica, José Medeiros, Luís Carlos Saldanha, Zelito Viana

"O filme não tem história. São três personagens dentro de uma ação violenta. O que eu estava buscando era fazer uma experiência de técnica, do problema da resistência de duração do plano cinematográfico. Nele se vê como a técnica intervém no processo cinematográfico. Resolvi fazer um filme em que cada plano durasse um chassi, e estudar a quase-eliminação da montagem quando existe uma ação verbal e psicológica dentro da mesma tomada." - Glauber Rocha.


O PAGADOR DE PROMESSAS (1962)

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Escrito e dirigido por Anselmo Duarte. Baseado na peça teatral homônima do dramaturgo Dias Gomes

Elenco: Leonardo Villar, Glória Menezes, Dionísio Azevedo, Geraldo Del Rey, Roberto Ferreira, Norma Bengell, Othon Bastos, Antônio Pitanga, Gilberto Marques, José Arivaldo Barata LimaJoão Desordi 

Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba. 

 


MÃE E FILHA (2011)

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Vencedor de vários prêmios no Festival do Ceará de 2011, entre eles de melhor filme, roteiro e som, e também de melhor fotografia no Festival do Rio 2011, o filme é um tour de force do cineasta cearense Petrus Cariry. Ele escreveu, produziu, dirigiu, fotografou, fez a câmera e ainda editou. Mais autoral, impossível. E isso me faz pensar que existem filmes que parecem ter sido feitos apenas para serem exibidos em Festivais e ganhar prêmios. Porque o juri de Festival adora filmes assim: cabeça, hermético, recheado de simbolismos. Em uma cidade do interior do Ceará, Cococi, uma mulher retorna para casa 20 anos depois. Ela vem cumprir uma promessa que havia feito para sua mãe, antes de ir para a cidade grande: de que traria seu filho para conhecer a avó. Porém, o filho está morto, mas sua mãe o trata como se estivesse vivo. Entre fantasmas do passado e rusgas mal resolvidas, as duas passam momentos de solidão e silêncio tentando entender o que as afastou. Impossível assistir ao filme e não me lembrar de "O céu de Suely". Além de escalar a mesma atriz, a extraordinária Zezita Matos, que fez a avó de Suely no filme de Karin Ainouz, o filme tem como tema principal a volta para casa e o reencontro com o passado. É como se Suely voltasse para sua casa 20 anos depois. A mesma falta de comunicação, o mesmo rancor guardado dentro delas. A influência de Tarkovsky na narrativa também é evidente. Planos muito longos, contemplativos, onde nada acontece. A vida pautada pelo tédio e pelo nada. Acordar, comer, dormir. Esperando o dia da morte. As atuações aqui das duas atrizes, Zezita e Juliana Carvalho, são excessivamente dramatizadas, quase épicas e pomposas. Isso faz com que o filme saia do naturalismo. O filme também se utiliza do universo fantástico, ao apresentar os 4 cavaleiros do Apocalipse, na pele de 4 cangaceiros. Achei essa simbologia exagerada, assim como os planos lentos, desnecessários, de imagens de animais, cenários e etc. Parecem ter sido gravadas em video e ficou uma textura que briga com a do filme. Um plano longo de 2 cães brigando, a mãe degolando uma galinha e ela se debatendo até morrer são momentos desnecessários. É um filme de ritmo extremamente lento, cansativo. A dramaturgia deu lugar às imagens que são belas em sua maioria, mas vazias. No final das contas, apenas um filme sobre reencontro mãe e filha, em 80 minutos de projeção, mas que de conteúdo tem muito pouco. Curiosidade: logo no prólogo inicial, achei que estava vendo "Post Tenebra Lux", o filme de Carlos Reygadas que ganhou Melhor Direção em Cannes 2012. A narrativa e a estética são muito semelhantes.


VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO (2009)

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Direção: Marcelo Gomes/Karim Aïnouz

José Renato (Irandhir Santos), geólogo, 35 anos, foi enviado para realizar uma pesquisa de campo durante a qual terá que atravessar o sertão nordestino - região semi desértica, situada no Nordeste do Brasil. A missão de sua pesquisa é avaliar o possível percurso de um canal que será construído, desviando as águas do único rio caudaloso da região. Durante a viagem, percebe-se que há algo comum entre o protagonista José Renato e os lugares por onde ele passa. Desde o vazio a uma sensação de abandono, de isolamento. Ele decide seguir viagem, na esperança que a travessia transforme seus sentimentos.

 


O OUTRO LADO DO PARAÍSO (2014)

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Elenco: Eduardo Moscovis, Davi Galdeano, Jonas Bloch, Murilo Grossi, Mariana Nunes, Camila Márdila, Simone Iliescu, Maju Souza, Flávio Bauráqui, Adriana Lodi, Stephanie de Jongh, Saraiva Iuri, Tais Bizerril, Henrique Bernardes, Similião Aurélio, Sérgio Sartório, Adeilton Lima, Pedro Henrique Chaves

Depois do ótimo drama “Meu país”, lançado em 2012, o roteirista e cineasta André Ristum parte para uma jornada emocionante de um Brasil que entra no golpe de 1964 pelo olhar de uma criança sonhadora. Adaptado do livro autobiográfico do escritor mineiro Luiz Fernando Emediato, “O outro lado do Paraíso” foi premiado no Festival de Gramado 2015 com o Kikito de melhor filme do público. O que chama a atenção de imediato nessa produção, é a sua excelência técnica: a fotografia de Hélcio Alemão Nagamine, a direção de arte de Beto Grimaldi e a trilha sonora de Patrick de Jongh. O filme reconstitui a Brasília do início dos anos 60, uma terra do Eldorado, para onde migrantes de todo o País chegam em busca de sonhos e trabalho. Uma dessas famílias é a de Nando, um menino de 12 anos. Ele vem com seu pai Antonio, sua mãe Nanci e seus dois irmãos. A primeira frustração é aonde eles irão morar: ao invés do glamour da capital federal, eles vão morar na cidade satélite de Taguatinga. Mas é ali que Nando conhece o seu primeiro amor, e a sua paixão pela literatura. Através de seu pai, que trabalha como operário, Nando vai conhecer o sentido das palavras Greve e golpe, com a chegada do Golpe de 1964. “O outro lado do Paraíso” é narrada em uma voz off sentimental, reforçando o tom nostálgico e amoroso do filme, aproximando-o de dois grandes sucessos do cinema popular: “Cinema Paradiso” de Giuseppe Tornatore, e “Dois filhos de Francisco”, de Breno Silveira. Do primeiro filme, substitui-se a paixão do Cinema pela literatura. Do filme de Breno Silveira, vem a declaração de amor ao pai herói que lhe deu sentido à vida. Para quem gosta de filme sobre ritos de passagem, narradas em tom de melodrama, não pode perder “O outro lado do Paraíso”. Uma produção impecável e um elenco espetacular: Du Moscovis, Simone Iliescu, Jonas Bloch, Camila Márdila, Flavio Bauraqui, além de um ótimo elenco local de Brasília e o lançamento de 2 belos talentos infantis: David Galdeano como Nando, e Maju Souza, como Iara, a primeira paixão do menino.


A COR DO SEU DESTINO (1986)

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Dirigido por Jorge Durán

Elenco: Norma Bengell, Guilherme Fontes, Júlia Lemmertz, Andréa Beltrão, Chico Diaz, Bebel Gilberto, Marcos Palmeira, Antônio Grassi, Antônio Ameijeiras, Anderson Schreiber, Paulinho Mosca, Anderson Müller, Duda Monteiro, Roberto Lee, Lorena da Silva, Marise Farias, Cláudio Baltar, Nádia Bambirra, Letícia Monte, Luiz Maçãs, Biquini Cavadão

Interpretado pelo ator Guilherme Fontes, o personagem Paulo chegou ao Brasil quando tinha seis anos de idade. Seus pais, Laura e Victor, interpretados respectivamente por Norma Bengell e Chico Diaz, deixaram seu país de origem, o Chile, em virtude da repressão promovida pela Ditadura militar instalada naquele país. No Brasil, estabeleceram-se no Rio de Janeiro.

Durante sua adolescência, Paulo era um rapaz nervoso, solitário e mal-humorado. Encontrava tranquilidade nas pinturas e desenhos que fazia. Também encontra amparo em sua namorada Helena, interpretada por Andréa Beltrão. No entanto, o envolvimento dela com um professor torna Paulo ainda mais tenso e angustiado.

Paulo possui poucas lembranças do Chile. Passa a conhecer melhor seu país natal com a chegada de sua prima, Patrícia, interpretada por Júlia Lemmertz. Patrícia lhe conta suas experiências com a repressão, sempre utilizando a língua nativa, espanhol. Paulo eventualmente desenvolve um desejo incontrolável de voltar para o Chile. Em um protesto no consulado chileno, Paulo acaba sendo confundido com um terrorista e é alvejado.


VALENTINA (2020)

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ELENCO: Thiessa Woinbackk, Guta Stresser, Rômulo Braga, Ronaldo Bonafro, Letícia Franco, Pedro Diniz, Maria de Maria, Paula Passos, João Gott, Pabllo Thomaz, Luísa Guimarães

Ótimo drama LGBTQIA+ que traz uma grande denúncia: 80% dos jovens trans abandonam as escolas, e 35% são assassinados ao chegar a idade de 35 anos. Escrito e dirigido pelo cineasta mineiro Cássio Pereira dos Santos, "Valentina" traz como protagonista a youtuber e atriz Thiessa Woinbackk. Fugida de sua escola por transfobia, ela se muda com sua mãe Marcia (Guta Stresser) para o interior de Minas, para que Valentina não precise se anunciar como trans e possa viver em paz. Mas já na matrícula a diretora pede para que os dois pais assinem o documento de inscrição. Valentina e sua mãe tentam contactar Renato (Romulo Braga), que abandonou a família. Valentina faz amizade com dois colegas de escola, mas tem sua identidade descoberta e novamente passa a sofrer transfobia.

Dirigido com firmeza e respeito um tema tão forte, o cineasta Cássio Pereira dos Santos extrai um excelente trabalho de atuação dos três protagonistas. O elenco de apoio está ok, cumprindo seus personagens edificantes e também, transfóbicos.

 


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AS DEUSAS (1972)

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Dirigido por Walter Hugo Khouri

Elenco: Lilian Lemmertz, Kate Hansen, Mário Benvenutti

A psiquiatra Ana, com pouca experiencia profissional, sugere a uma de suas pacientes, Ângela, que sofre de crise nervosa, que passe um tempo em sua casa afastada de São Paulo. Ângela leva o seu amante, Paulo, mas logo na primeira noite chama Ana para ajudá-la a superar nova crise. Ao chegar, a psiquiatra conhece Paulo e acaba se envolvendo com o casal.


Cinema, Aspirinas e Urubus Nacional

CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS (2005)

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Estreia do diretor Marcelo Gomes

Elenco: João Miguel, Peter Ketnath, Hermila Guedes, Osvaldo Mil, Irandhir Santos, Fabiana Pirro, Verônica Cavalcanti, Daniela Câmera, Paula Francinete

Em 1942, no meio do sertão nordestino, dois homens vindos de mundos diferentes se encontram. Um deles é Johann (Peter Ketnath), alemão fugido da 2ª Guerra Mundial, que dirige um caminhão e vende aspirinas pelo interior do país. O outro é Ranulpho (João Miguel), um homem simples que sempre viveu no sertão e que, após ganhar uma carona de Johann, passa a trabalhar para ele como ajudante. Viajando de povoado em povoado, a dupla exibe filmes promocionais sobre o remédio "milagroso" para pessoas que jamais tiveram a oportunidade de ir ao cinema. Aos poucos surge entre eles uma forte amizade. 


TERRA ESTRANGEIRA (1995)

DRIVEGOOGLE / OK.RU / MEGA Senha dos arquivos: RMZBYBENNEH / MEGA

Elenco: Fernando Alves Pinto, Laura Cardoso, Luís Mello, Fernanda Torres, Alexandre Borges, Tchéky Karyo, João Lagarto, Beth Coelho, Gerald Thomas

28 anos depois de sua realização (o filme é de 1995), "Terra estrangeira" está mais atual e oportuno do que nunca. Os 20 anos se passaram, mas o sentimento de abandono continua o mesmo. Economicamente em recessão, desemprego em alta e condições desfavoráveis para qualquer tipo de investimento, o Brasil de 2023 está o mesmo de 1995. Ou até pior. A solução para muita gente? O aeroporto. Assim, Alex (Fernanda Torres), Paco (Fernando Alves Pinto) e Miguel (Alexandre Borges) encontram uma possível saída para um futuro sem esperança aqui na Pátria amada. Destino? Europa. Mais precisamente, Portugal, Lisboa. Mas o que parecia ser uma possibilidade, acaba se revelando uma grande furada: contrabando, drogas, imigração a todo vapor, desemprego... ou seja, aqui como lá, a desgraça é a mesma. E nesse mundo sem esperança, Walter Salles e Daniela Thomas imprimem essa jornada da alma, esse road movie que fala sobre uma geração, no caso a do pós plano Collor, que não achou uma possibilidade de redenção. Amarga o fracasso, a desilusão. É um filme pessimista, sem dúvida alguma. Belo, lírico, com uma fotografia extraordinária em preto e branco de Walter Carvalho, uma trilha acachapante de José Miguel Wisnik e locações deslumbrantes em Portugal. Mesmo aqui na cidade de São Paulo, Walter Carvalho tira beleza da decadência do centro, do minhocão. Walter já ensaia portraits de populares, como depois faria em "Diário da motocicleta". E algumas referência a Kubrick, principalmente no final, a "O iluminado" e "O grande golpe". Um clássico do cinema nacional, obrigatório e que representa uma tentativa de dar voz à uma geração que quis gritar e dizer ao mundo que existe. A cena final é uma obra-prima, Fernanda Torres cantando "Vapor barato" de Gal Costa. Fernando Alves Pinto, iniciando a sua vida profissional, exalando frescor e talento em um papel dificílimo, rodeado por um elenco de mega bambas, como Laura Cardoso, Luís Mello e Tchecky Karyo.


              

O CÉU DE SUELY (2006)

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Dirigido por Karim Aïnouz

Elenco: Hermila Guedes, Maria Menezes, Zezita de Matos, João Miguel, Georgina Castro, Cláudio Jaborandy, Marcélia Cartaxo, Rafael Felipe de Carvalho, Flávio Bauraqui, Ana Marlene, Rodrigo Riszla

Que direção, que roteiro, que elenco, que fotografia! O filme já começa com aquela pegada pop entoando a bela música brega "Tudo o que eu quero", na voz de Cláudia. Logo em seguida, através das lentes do fotógrafo Walter Carvalho, somos levados ao sertão de Iguatu, Ceará. Um colorido hiper realista que realça a extrema pobreza do local. Os personagens, todos humildes, vivem suas vidinhas mais ou menos, de rotina sem grandes preocupações, a não ser saber da festinha do forró da noite ou de namoricos fúteis. O curioso é que os personagens possuem os mesmos nomes dos atores. Hermila (Hermila Guedes) é uma jovem que volta de uma temporada de São Paulo, junto de seu filho pequeno, com a promessa que o marido venha em breve para construirem uma vida ali. Ela volta pra casa da mãe, com quem trava uma guerra emocional, e descobre que o marido fugiu. Certa de que ali não é lugar para ela, ela resolve rifar seu corpo, para poder juntar dinheiro e ir embora dali. Georgina Castro, que faz a amiga Georgina, é quem deveria ter sido a intérprete de Suely, mas durante a preparação de elenco foi feita a troca com Hermila Guedes. Para o bem ou para o mal, Hermila saiu-se vitoriosa. Depois do sucesso do filme, ela nunca mais parou de trabalhar, emprestando o seu talento inegável para muitas produções do cinema, tv e teatro. João Miguel também faz uma participação, além de Marcélia Cartaxo e Zezita Matos, extraordinária no papel da mãe. Muita gente alega a falta de ritmo da narrativa, o tédio que trespassa cada segundo da história. Mas educar o olhar de espectador é essencial, para que ele possa perceber as nuances das performances, os olhares, as ruas, as locações, as cores. É um filme de extrema sensibilidade. A trilha sonora ajuda a compôr um clima de sertão pop, jovial, sem ranço. Karim, após o bem-sucedido "Madame Satã", não teve medo em ousar nessa história polêmica. Ganhamos todos nós, cinéfilos exigentes em busca de bons filmes.


ELENA (2012)

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Dirigido por Petra Costa.  obra é baseada na vida de Elena Andrade – irmã mais velha de Petra, que havia se mudado para Nova Iorque com o sonho de ser atriz.

Seria incorreto classificar esse belo filme da atriz mineira Petra Costa como simplesmente um documentário. Mais do que um filme de gênero, ele é um ensaio poético e visionário sobre um tema tabu: a depressão. Através da história de 3 mulheres de uma mesma família (Mãe e suas 2 filhas), o filme procura descobrir o porquê que uma pessoa linda, inteligente, bem-nascida e tão cheia de projetos futuros, se aprofunda num estado catártico, solitário e melancólico da depressão. O filme narra a história de Elena, uma jovem filha de um casal mineiro (a mãe é filha de familia tradicional e abastada) que aderem ao movimento de guerrilha na ditadura. Por causa da gravidez, a mãe de Elena não pode seguir para o Araguaia. Desde então, Elena é considerada a salvadora de seus pais, já que boa parte dos colegas foram mortos no conflito. Petra nasce, e Elena demonstra muito carinho por ela. Elena um dia resolve que quer ser atriz. Após carreira em São Paulo, dentro de um grupo de teatro, ela resolve seguir até Nova York estudar. Obcecada pela perfeição artística, Elena se cobra nos estudos. Ela faz vários testes, sem passar em nenhum. Solitária, sua mãe e Petra acabam indo para NY morar com ela. Porém, Elena vai entrando em estado de profunda depressão, culminando em suicidio. O grande trunfo dessa história é mostrar as coincidências das 3 mulheres: todas elas com sonho de ser atriz, todas elas com indícios de depressão, todas com um sonho que de certa forma foi interrompido por algum evento que as fazem mudar de rumo (no caso da mãe, foi o casamento, que acabou com o seu sonho de ser atriz). Petra, a remanescente, é constantemente vigiada por sua mãe, que teme que ela siga o mesmo caminho de Elena. A grande inteligência de Petra em transpôr a sua alma para o filme, foi concebê-lo como uma trajetória de exorcismo, expôndo o seu coração para a platéia, através de uma trilha sonora bárbara, fotografia deslumbrante (mesmo quando as imagens são em VHS, aviva-se uma beleza nas imagens). A coragem da mãe em expôr seus sentimentos e dôr para o filme merecem respeito: foi a forma que ela encontrou para dizer a suas filhas que ela as ama profundamente. Pode-se dizer que Petra teve uma grande sorte em possuir um enorme acervo de imagens, sejam elas em VHS, fotos, etc, que ajudam bastante o espectador a embarcar nessa história emocional. Tem momentos que eu pensei: caraca, mas como alguém teve a ideia de ligar a câmera nesse momento??? Um filme imperdível, triste, sem dúvida, mas autêntico.

 


Amor, palavra prostituta (1982) - IMDb

AMOR, PALAVRA PROSTITUTA (1982)

VK.COM / TERABOX

Elenco: Orlando Parolini ... Fernando, Patrícia Scalvi ... Rita, Roberto Miranda ... Luiz Carlos, Alvamar Taddei ... Lilita, Benjamin Cattan ... Bóris, Liana Duval ... Vanda, Zaira Bueno ... Berenice, Rita Hadich, Wilson Sampson, Vânia Buchioni, Maurice Legeard, Luiz Castellini, Isa Kopelman, Michel Cohen, Eder Mazzini, Gilson Motta

Considerado pelos críticos o seu melhor trabalho, o filme foi escrito por Carlão (apelido de Carlos Reichenbach) e Inácio Araújo, que na época também foi assistente de direção (Inácio hoje em dia é colunista da Folha de São Paulo). Lançado em 1982, "Amor, palavra prostituta" foi mutilado pela censura, pelo seu forte teor erótico e por ter como temas principais a questão do aborto (um verdadeiro tabu na época), e uma referência às mortes na ditadura. Fernando é um professor desempregado. Sem chances de conseguir emprego, ele é sustentado pela mulher, Rita, que trabalha como operária de uma fábrica de tecidos. O casal passa o final de semana com o amigo Luiz Carlos e sua namorada Lilita. Durante o passeio, eles descobrem um cadáver. Voltando para casa, Luis Carlos descobre que Lilita está grávida e a obriga a fazer um aborto. Rita, por sua vez, está sendo assediada por seu patrão. Bastante controverso, o filme é repleto de cenas de sexo e de nudez, e por conta disso, foi lançado na época como sendo um filme pornográfico, o que é uma pena. Por conta desse marketing errôneo, o roteiro do filme, inteligente e bem construído, ficou em segundo plano. O filme se divide em segmentos, cada um acompanhando um personagem. Essa estrutura era inédita no Brasil (hoje em dia é um recurso comum dividir o filme em capítulos, vide os filmes de Lars Von Triers). É um filme melancólico, desesperançoso, que já mostrava um Brasil com um futuro distante, quase impossível na busca da felicidade. As reflexões acerca dos 4 personagens, na qual o espectador é convidado a entender a psicologia de cada um deles, o aproxima do existencialismo. Carlão era um cineasta cinéfilo, que venerava todo tipo de cinema: de A a Z. Assim, ele homenageia grandes clássicos durante o filme, como por exemplo, "Psicose", que está passando na tv. Provavelmente Antonioni também foi uma grande referência, principalmente na cena final, de Lilita e Fernando na cama. O filme tem sim defeitos: os atores são irregulares, tecnicamente é frágil (fotografia principalmente). Mas esse era o charme de Carlão: seus filmes tinham essa estética "suja", marginal. Para quem não conhece sua obra, vale também assistir a "Os anjos do arrabalde" , "Falsa loira" e "Dois córregos". 


 Amor, Carnaval e Sonhos - 1972 | Filmow

AMOR, CARNAVAL E SONHOS (1972)

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Dirigido por Paulo César Saraceni

Elenco: Arduíno Colassanti, Ana Maria Miranda, Leila Diniz, Hugo Carvana, Paulo César Saraceni 

Amor, Carnaval e Sonhos mostra dramas íntimos que se extravazam nos quatro dias de folia, tendo como pano de fundo, o Carnaval. 


 

A FALECIDA (1965)

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Dirigido por Leon Hirszman. Baseado na obra homônima de Nelson Rodrigues. É o primeiro filme de Fernanda Montenegro.

Elenco: Fernanda Montenegro, Paulo Gracindo, Ivan Cândido, Nelson Xavier, Joel Barcellos, Dinorah Brillanti, Hugo Carvana, Lucy Costa, Eduardo Coutinho, Billy Davis, Oswaldo Ferreira, Lurdes Freitas, Zé Keti, Vanda Lacerda, Glória Ladany, José Wilker

Zulmira (Fernanda Montenegro) é uma mulher obcecada pela ideia da morte, com isso passa a ter a ideia de ter um enterro de luxo para compensar a sua vida simples e miserável num subúrbio do Rio de Janeiro. Ao saber que tem uma boa saúde, fica totalmente abalada e por fim acaba contraindo uma tuberculose. Como último pedido pede ao marido, um desempregado chamado Toninho (Ivan Cândido), um grande e luxuoso enterro. Para isso, precisa pedir dinheiro ao homem mais rico do bairro, Guimarães (Paulo Gracindo). O homem não aceita pagar o funeral e acaba contando que teve um caso com a falecida, isso sem saber que o sujeito com que está falando é o viúvo. O marido, então enfurecido, passa a chantagear Guimarães.


O Pão Que o Diabo Amassou (1957) - IMDb

O PÃO QUE O DIABO AMASSOU (1958)

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Escrito e dirigido por Maria Basaglia. Filme de estréia de Raul Cortez

Elenco: Jaime Costa, Elizabeth Henreid, Carlos Zara, Ítalo Rossi, Liana Duval, Egídio Eccio, Pola Astri, Wanda Kosmo, Gilberto Chagas, Geraldo Ferraz, Guilherme Corrêa, Alceo Nunes, Osmano Cardoso, Rubens de Falco

Álvaro é um agiota que não se importa com o sofrimento dos clientes e só pensa em receber o máximo de juros possível, contrariando a lei, ajudado pelo fiel e também insensível Borboleta. Ele possui dois filhos, Ana e Mário, que não sabem das atividades do pai. Ana é casada com o imigrante italiano Jorge que está desempregado por não ter o diploma de advogado reconhecido no país e, por morar na casa do sogro, sofre frequentes humilhações por parte de Álvaro. A família não sabe, mas Ana começa a se prostituir para pagar os empréstimos que fez inclusive para ajudar o irmão que abandonou os estudos e ficou em apuros ao roubar dinheiro da loja que trabalhava. Os problemas se acumulam e todos os segredos da família acabarão revelados.

 


Uma Verdadeira História de Amor (1971) - IMDb

UMA VERDADEIRA HISTÓRIA DE AMOR (1971)

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Dirigido por Fauzi Mansur

Elenco: Francisco Di Franco, Vera Lúcia, Marlene França, Sérgio Hingst, Márcia Maria, Roberto Bolant, Jofre Soares, Jean Garret, Sonia Oiticica, Cláudio Portioli, José Júlio Spiewak, Francisco D'Anello

Paulo (Francisco di Franco) conhece e se apaixona por Darci, um adolescente migrante que ganha a vida engraxando sapatos. O avassalador sentimento provoca as maiores contradições existenciais em Paulo: como compreender e viver a paixão? Buscar o apoio em sua noiva (Márcia Maria), filha de uma família tradicional? Empreender jornadas pela noite boêmia? Ou assumir o amor impossível? 


Boi Neon 1080p[BDRIP]DubladoFAMOSOS NUS: JULIANO CAZARRÉ PELADO MOSTRANDO PÊNIS NO FILME BOI NEON |  JAMIE LANNISTER DE GAME OF THRONES NAKED PELADO (NU FRONTAL)Juliano Cazzaré pelado em vídeo quente - Famosos nu - MEU SEXO GAYJuliano Cazarre - XVIDEOS.COMthumbs.pro : hotfamousmen: Juliano CazarréJuliano Cazarré pelado e de pau duro em filme 'Boi Neon'

BOI NEON (2016)

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Dirigido e escrito por Gabriel Mascaro

Elenco: Juliano Cazarré, Maeve Jinkings, Vinicius de Oliveira, Samya De Lavor, Carlos Pessoa, Alyne Santana, Josinaldo Alves, Roberto Birindelli, Abigail Pereira

Boi Neon se passa nos bastidores das Vaquejadas, onde Iremar e um grupo de vaqueiros preparam os bois antes de soltá-los na arena. Levando a vida na estrada, o caminhão que transporta os bois para o evento é também a casa improvisada de Iremar e seus colegas de trabalho: Zé, Negão, Galega e sua filha Cacá. O cotidiano é intenso e visceral, mas algo inspira novas ambições em Iremar: a recente industrialização e o polo de confecção de roupas na região do semiárido nordestino. Deitado em sua rede na traseira do caminhão, sua cabeça divaga em sonhos de lantejoulas, tecidos requintados e croquis. O vaqueiro esboça novos desejos.


MÃE SÓ HÁ UMA (2016)

OK.RU

Elenco: Naomi Nero, Daniel Botelho, Dani Nefussi, Matheus Nachtergaele, Lais Dias, Luciana Paes, Helena Albergaria, Luciano Bortoluzzi, June Dantas, Renan Tenca, Marat Descartes, Deise Gabriele

Um filme de uma das cineastas mais premiadas do ano de 2015, que realizou o petardo "Que horas ela volta!", com certeza iria provocar um grande buchicho e curiosidade. As comparações seriam inevitáveis. A grande maioria das pessoas que assistiram dizem que o filme com a Regina Casé é melhor. Pode até ser. Mas "Mãe só há uma" tem muitas qualidades, e a principal dela é o brilhante trabalho de direção de atores de todo o elenco. Desde talentos incontestáveis como Matheus Nachtergaele, até lançamentos muito bem vindos, principalmente do protagonista Naomi Nero, excepcional. O roteiro abraça muitas histórias e vertentes, mas a principal gira em torno da história de uma família de classe média: mãe viúva e dois filhos. Um adolescente, Pierre, e uma menina. Pierre é bissexual com fetiche em vestir roupas femininas. Um dia, os irmãos descobrem que não são irmãos e pior: que a mãe deles não é a mãe biológica. Eles foram roubadas na maternidade. Baseado numa história real, o filme trabalha um olhar documental: planos lentos, ações sem pressa. É um filme que incomoda, que instiga, que questiona. Com isso tudo, o filme ainda brinda o espectador com cenas memoráveis: a do boliche, a do vestiário.


HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO (2014)

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ELENCO: Ghilherme Lobo, Fábio Audi, Tess Amorim, Selma Egrei, Eucir de Souza, Isabela Guasco, Júlio Machado, Victor Filgueiras, Pedro Carvalho, Guga Auricchio, Naruna Costa, Lúcia Romano, Matheus Abreu

O jovem cineasta Daniel Ribeiro já é habitueé do Festival de Berlin. Em 2007 ele ganhou o Teddy de melhor curta por "Café com leite". O seu curta de 2010, "Eu não quero voltar sozinho", ganhou vários prêmios Brasil afora. Com tanto sucesso, Daniel Ribeiro resolveu esticar a história do curta e dele, fez seu primeiro longa, vencedor de vários prêmios em Berlin, entre eles, Teddy de melhor filme e o Prêmio Fioresci, dado pela associação de críticos. A história é a mesma. Leo (Guilherme Lobo) é um adolescente cego. Ele estuda num colégio tradicional, e tem uma melhor amiga, Giovana, no fundo, apaixonada por ele mas sem revelar a sua emoção. Leo sofre bullying de outros estudantes por ser cego. Um dia, chega um aluno novo, Gabriel (Fábio Audi). Entre Gabriel e Leo surge um amor platônico, e o medo de revelar a homossexualidade. Em geral, todo longa derivado de um curta tem o problema de roteiro. Como Esticar uma história que funcionou bem em menos de 20 minutos? Raramente, essa fórmula deu certo. Um dos poucos exemplos bem-sucedidos foi o argentino :"Medianeras". Aqui, é impossível não sentir um cheiro de encheção de linguiça. Toda a sub-trama da família de Leo é irritante. Os pais são mostrados de uma forma ridícula e infantil. A avó é aquela figura clichê da pessoa que existe para dar lições de moral e para usar sua história de vida como pretexto para crescimento emocional do menino. Outra sub-trama descártavel é a dos estudantes que provocam bullying. A cena inicial da professora discutindo com os meninos baderneiros é muito artificial. Jamais que num colégio particular dois meninos esculhambariam um jovem cego na frente da professora. Não tem como não comparar o filme a 2 clássicos de adolescentes que têm um rito de passagem: "As vantagens de ser invisível" e "Delicada atração". Do primeiro filme, vem o trio de amigos, o menino tímido, que tem vergonha de dançar, o jovem gay, a música anos 80, o tom de nostalgia no ar. Do segundo filme, vem o tema da descoberta da homossexualidade, o bullying familiar, e a cena final, lúdica, pra cima, levantando todas as bandeiras possíveis. A fotografia de Pierre de Kerchove é sensível, dando tintas melancólicas e explorando as cores do amor entre os meninos. O ritmo do filme é lento. O grande trunfo do filme é a atuação do jovem Guilherme Lobo, e por ele vale a pena ver o filme. Sensível, transbordando drama e angústia de um adolescente em busca de algo que nem mesmo ele sabe o que é. O filme é bem inocente, longe, mas muito longe da descoberta da sexualidade de "Azul é a cor mais quente". Sem contra-indicações. 


Renata Gaspar nude, Maria Laura Nogueira nude, Ana Canas sexy - Amores Urbanos (2016)

AMORES URBANOS (2016)

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ELENCO: Thiago Pethit, Maria Laura Nogueira, Renata Gaspar, Ana Cañas, Lucas Veríssimo, Bernardo da Fonseca, Emanuelle Junqueira, Sarah Oliveira

O cineasta canadense Xavier Dolan realizou em 2010 o mega cult "Amores imaginários", onde, através da relação de 3 jovens na faixa dos 20 anos, ele discute amor, sexualidade e amizade. É difícil de imaginar que o paulista "Amores urbanos" não tenha uma certa influência desse filme. A diferença agora é que os personagens cresceram, estão na faixa dos 30 anos e perceberam que o tempo passou, a vida está passando e eles não produziram quase nada de concreto. O amor e o sexo continua para lá de livre, leve e solto. Porém, agora, pensam o trabalho, o futuro e a pressão familiar para que o filho construa algo promissor. Ou seja, os sonhos morreram e nem deram tchau para ninguém. 3 amigos extremamente carentes e que moram na metrópole paulistana: a cidade grande, como todos sabemos, é o cenário ideal para as neuroses e psicoses aflorarem. Diego (Thiago Petit), gay assumido e Dj; Julia (Maria Laura Nogueira), que sonha em ser estilista e vive bancada pelos pais; e Mica (Renata Gaspar), lésbica em crise porquê sua namorada não assume a relação abertamente. Morando no mesmo prédio, os 3 sofrem, riem, choram, se desesperam, vão à balada e principalmente, se apoiam quando estão na merda. O filme, de baixo orçamento, tem um olhar extremamente carinhoso sobre os 3 amigos. A cineasta e roteirista Vera Egito provavelmente se inspirou em amigos na faixa etárea e fez esse pout pourri de situações e emoções embaladas por uma trilha sonora da melhor qualidade. É um filme com boas dosagens de drama e humor, beirando o melodrama e com um ritmo bem lento. Para quem vive em cidade grande, provavelmente irá se identificar com essa solidão que abate corações e mentes.


 Tieta do Agreste (filme) – Wikipédia, a enciclopédia livreTIETA DO AGRESTE NUDE SCENES - AZNude

TIETA DO AGRESTE (1996)

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Dirigido por Cacá Diegues e baseado no romance homônimo de Jorge Amado

Elenco:

Sônia Braga, Marília Pêra, Chico Anysio, Cláudia Abreu, Leon Góes, Heitor Martinez, Zezé Motta, André Valli, Jece Valadão, Patrícia França, Harildo Deda, Daniel Filho, Noélia Montanhas, Débora Adorno, Caco Monteiro, Jurandyr Ferreira, Lelo Filho, Ricardo Bittencourt, Endi Oliveira, Luciana Souza, João Phellipe, Frank Menezes, Ednéas Santos, Cláudio Simões, Gideon Soares, Mário Gusmão, Aldri Anunciação, Marcos Machado, Nilce Cosomski, Rafael Rocha, Paulo Boroes, Berto Filho, Jorge Amado Neto, Anna Cotrim, Vitória Teixeira, Rita Santana, Roberto Pereira, Flora Diegues, Jorge Amado

A história se passa na fictícia cidadezinha de Sant'Ana do Agreste, localizada no sertão baiano. Quando jovem, Tieta (Flora Diegues/Patrícia França/Sônia Braga) foi expulsa de casa pelo pai, o velho Zé Esteves (Chico Anysio), que, movido pelas intrigas de sua filha mais velha, a amargurada beata Perpétua (Anna Cotrim/Marília Pêra), escandalizou-se com o comportamento livre e imoral da jovem.

Vinte e seis anos depois, Tieta mudou-se para São Paulo, onde casou-se com um rico industrial e abriu um negócio de sucesso. Desde a sua partida, o único contato de Tieta com a família era através de cartas, controladas pela solteirona Carmosina (Vitória Teixeira/Zezé Motta), funcionária dos Correios e sua grande amiga. Além da correspondência, Tieta também enviava todos os meses dinheiro para ajudar a família, porém, quando as cartas param de serem enviadas, Perpétua presume que a irmã está morta.

Mas viva do que nunca, Tieta retorna, poderosa e triunfante, a cidade da qual foi expulsa. Sensual e dona de um gênio forte, ela descobre que tanto a cidade, quanto seus moradores permanecem parados no tempo; sequer existe luz elétrica no local, que ainda sobrevive com a velha luz de motor. Tendo de lidar com as bajulações de Perpétua e Zé Esteves, e ainda com as investidas de seus admiradores, Barbozinha (André Valli) e Comandante Dario (Jece Valadão), Tieta ainda se vê atraída pelo próprio sobrinho, o seminarista Ricardo (Heitor Martinez), filho de Perpétua.

Paralelamente, Leonora (Cláudia Abreu), a suposta enteada de Tieta, que a acompanha em sua viagem, acaba se apaixonando por Ascânio Trindade (Leon Góes), um humilde funcionário da prefeitura que busca trazer o progresso para Sant'Ana do Agreste. No entanto, o amor dos dois será ameaçado pelos segredos que Tieta e Leonora escondem em São Paulo, e que estão por trás do real motivo que as trouxe de volta à cidade. 


Os Cafajestes – Wikipédia, a enciclopédia livreNudez - Tpm

OS CAFAJESTES (1962)

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Escrito e dirigido por Ruy Guerra. A atriz Norma Bengell protagonizou o primeiro nu frontal do cinema brasileiro neste filme.

Elenco: Jece Valadão, Norma Bengell, Daniel Filho, Hugo Carvana, Lucy de Carvalho, Glauce Rocha, Germana Delamare, Fátima Sommer, Aline Silvia, Mariana Ferraz

Um jovem rico, muito mimado, ao ver seu pai indo à falência, organiza um plano para reverter a situação. Ele consegue um cúmplice para armar um flagrante do tio rico com uma mulher. O objetivo era tirar fotos e tentar ganhar dinheiro através de uma chantagem.


Os Caubóis do Apocalipse Nacional

OS CAUBÓIS DO APOCALIPSE (2018)

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Dirigido por Diego da Costa

Elenco: Brás Antunes, Leonardo de Sá, Dagoberto Feliz, Rafael Imbroisi, Melina Marchetti, Cacá Ottoni, Paulo Pinheiro, Marco Reis, Fabrício Zavanela

Tom é um adolescente apaixonado por música, por um breve período na infância, ele montou a banda "Caubóis do Apocalipse", com Nanda e Dedão, seus dois melhores amigos da época que agora encontram-se afastados. Depois de anos sem tocar, o menino decide reunir os antigos integrantes do grupo para a filmagem de um clipe. O que prometia ser um final de semana divertido e produtivo no campo, acaba virando um grande desastre quando antigos desentendimentos ressurgem entre os três.


Yonlu Nacional

YONLU (2018)

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Elenco: Thalles Cabral, Nelson Diniz, Mirna Spritzer, Leonardo Machado, Liane Venturela

Emocionante drama baseado na história real do adolescente Vinicius Gageiro Marques, nome artístico Yonlu, músico que se suicidou aos 16 anos de idade, incentivado por internautas num fórum de potenciais suicidas. Se utilizando de ficção, animação, documentário e linguagem de video-clip, o roteirista e cineasta Hique Montanari recebeu o Prêmio Abraccine da Melhor Filme Brasileiro na 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Repleto de referências cinematográficas, "Yonlu" é um filme que se apropria de linguagem pop para se aproximar dos jovens, e fazer um alerta para que se busque ajuda no caso de depressão. Yonlu sofria de depressão. ele se trancava no quarto e ali, ele compôs mais de 60 canções, todas cantadas em inglês. Poliglota, ele morou em Paris dos 3 aos 7 anos de idade. Ele sofreu grande influência intelectual de seus pais: a mãe professora e psicanalista, o pai, ex-secretário de cultura. A direção de Hique é bastante criativa. A fotografia de Juarez Pavelak diferencia os vário mundos de Yonlu: o ambiente esverdeado da internet, a vida real em cores mais escuras, e uma cor mais vibrante pro momento de fantasia, como por exemplo, quando Yonlu se vê como um astronauta. O filme merece ser visto por todos, e ser um grande impulsionador de debates acerca da depressão entre os adolescentes e de que forma tratar essa doença. Outro tópico a ser discutido, é a influência de internautas e sites na vida de pessoas fragilizadas emocionalmente. excelente performance do ator e músico Thalles Cabral, do seriado "Manual para matar zumbis", e também, interpretou o filho de Mateus Solano na novela "Amor à vida".


Rasga Coração NacionalEvelyn Ligocki nude, Duda Meneghetti sexy - Rasga Coracao (2018)

RASGA CORAÇÃO (2018)

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ELENCO: Marco Ricca, João Pedro Zappa, Drica Moraes, Duda Meneghetti, Chay Suede, Luisa Arraes, George Sauma, Kiko Mascarenhas, Fabio Enriquez, Nelson Diniz, Anderson Vieira, Cinândrea Guterres

Oduvaldo Vianna Filho foi um dos grandes escritores brasileiros um grande cronista que retratava cm humor, doçura e melancolia, a vida comum das pessoas que transitavam em meio à ditadura, amor, traições, conflitos familiares. "Rasga coração" foi lançada em 1974, ano da morte de Vianinha, aos 38 anos de idade. Ficou anos proibido de ser encenado. Somente mais de uma década depois teve sua primeira montagem. Jorge Furtado, famoso roteirista e CIneasta consagrado, ficou com a missão de levar a peça para as telas. Ele atualizou a história, trazendo-a para 2 épocas distintas: anos 70, em plena ditadura, e o ano de 2013, quando começaram os movimentos nas ruas pedindo um fim à corrupção, liderado por estudantes. Manguary (Marco Ricca) trabalha numa repartição pública há mais de 20 anos. Sua esposa, Nena (Drica Moraes), é dona de casa. O filho deles, Luca (Chay Suede) está estudando, e começa a participar de liderança estudantil, ajudado pela sua namorada Mil (Luisa Arraes). Inconformados com os rumos conservadores da escola, eles passam a discutir movimento nas ruas. Os pais de Luca não concordam com o rumo do filho, mas ao mesmo tempo, Manguary se lembra de seu tempo de líder estudantil (João Pedro Zappa), e a sua amizade com Bundinha (George Sauma), um artista que vive de trambiques. Manguary também teve seus entraves com seu pai, e parece que, décadas depois, a história se repete. Jorge Furtado sempre foi famoso por escalar atores de peso em seus filmes. Em "Rasga coração", ele conta com a ajuda mais do que luxuosa de atores fortes, que dão suporte a personagens bastante esquemáticos. As frases em sua maioria são aquelas construídas como frases de efeito, mas tudo bem, em um filme onde se discute política e lições de vida e moral entre gerações, isso se torna inevitável. Também me incomodou o tom do personagem de George Sauma, graus acima dos outros personagens. Tudo bem que ele, como Artista, quer ser o vanguarda, o engraçadinho, o prafrentex, mas saiu ficou muito distante dos outros personagens. No mais, destaque total para Marco Ricca, Drica Moraes e Chay Suede, que estão ótimos.


Unicórnio Nacional

UNICÓRNIO (2018)

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O roteirista e Cineasta Eduardo Nunes adaptou dois contos de Hilda Hilst, "Unicórnio" e "Matamoros", e os transformou em um enredo único. Nesse seu segundo longa-metragem, Nunes novamente coloca como protagonistas 2 personagens femininas fortes, interpretadas por Patricia Pillar e Bárbara Luz. Em seu filme anterior, "Sudoeste", também tínhamos um embate emocional entre uma adulta e uma criança, interpretadas por Simone Spoladore e Raquel Bonfante. Eduardo Nunes é um grande aficcionado pelo Cinema de Tarkovsky, e isso é nítido em toda a sua obra. Outro entusiasta do Cineasta russo, o húngaro Bela Taar, acaba sendo também uma forte inspiração para o filme. Impossível não nos remetermos à obra-prima "O cavalo de Turim". No lugar do Cavalo, entra um Unicórnio. O poço é uma presença constante em ambos os filmes, é um lugar onde a água representa a vida, o elemento que mantém os personagens vivos, a motivação para sair de casa. Belamente fotografado por Mauro Pinheiro, o filme alterna locações deslumbrantes, captadas com cores fortes, na Região do Parque Estadual dos 3 picos, na região serrana do Rio, com um ambiente frio e asséptico de uma instituição psiquiátrica. O filme tem como conceito fazermos acreditar que estamos assistindo a uma fábula, um conto de fadas. O seu prólogo parece saído de Chapeuzinho Vermelho, outra provável leitura que o filme se faz pensar. A maçã é substituída pela Romã, um fruto proibido, vermelho, suculento. Mas quem representa o Lobo mau e a Chapeuzinho vermelho na história? Aí reside a surpresa na história. Mãe e filha habitam uma casa rupestre no alto de um morro. Na rotina das duas, elas enchem o balde de água, lavam roupas, cozinham. O marido está internado em uma instituição psiquiátrica (Zé Carlos Machado). Sozinhas, elas têm a vida alterada quando um homem vem morar na casa do lado, um criador de cabras (Lee Taylor). A sua presença desperta sexualmente o olhar da filha, que encontra na mãe uma rival para as investidas de sedução. Um filme onde a técnica prevalece (fotografia, edição de som), o roteiro caminha lento, fazendo do filme uma experiência cinematográfica para Cinéfilos, por conta de seu hermetismo e imagens metafóricas, repletas de simbolismos religiosos e metafísicos (muito particular ao cinema de Tarkovsky). O filme participou dos Festivais de Berlin e Festival do Rio. 


Ferrugem Nacional

FERRUGEM (2018)

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Diretor dos premiados "Para minha amada morta" e 'Tarântula", Aly Muritiba muda radicalmente de temática e aposta no drama sobre a adolescência e o bullying. Temas comuns do longa "Elefante", de Gus Van Sant, e do seriado da Netflix, "13 reasons why", "Ferrugem" tem um sabor bem brasileiro: rodado em Curitiba, com um ótimo elenco de jovens talentosíssimos, que dividem a tela com os experientes Henrique Diaz e Clarissa Kiste, excelentes como os pais de Renet (Giovanni de Lorenzi), um jovem estudante atormentado com uma tragédia que se abateu no colégio aonde estuda. Tifanny Dopke, no papel de Tati, a personagem que costura o filme, também é uma bela surpresa. Bem dirigido, com perfeito domínio de cena e de marcação de movimentação, o filme se constrói através de planos longos, reflexivos. Doloroso, o filme propõe um debate acerca de temas muito comuns ao universo adolescente: falta de comunicação com os adultos, a rede social usada como arma, o bullying, o desprezo, o isolamento e depressão entre jovens. Nessa falta de perspectiva de um mundo melhor para a juventude, o filme abre caminho para reflexão e quem sabe, mudar o rumo de quem acha que não existe solução para os seus problemas. Tecnicamente impecável, com lindas locações e bela fotografia de Rui Poças. O filme foi selecionado para o Festival de Sundance 2018, na Mostra competitiva World Cinema.


Quarta B - Filme 2005 - AdoroCinema

QUARTA B (2005)

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Dirigido por Marcelo Galvão

Elenco: Christiano Cochrane, Marcos Bao, Marcos França, Malu Biernenbach, Lívia Doblass, Cesar Birindelli, Rosaly Papadopol, Thereza Piffer, Antonio Destro, Fernanda Couto, Deto Montenegro, Tobin Dorn, Paulo Seabra, Henrique Benjamin, Edgar Schmalz, Jolanda Gentilezza, Ithamar Lembo, Neusa Romano, Maria Alice Vergueiro

A professora de uma escola primária, o diretor, o zelador e quinze pais estão reunidos na mesma sala para discutir um tabu: o que fazer ao encontrar drogas com um aluno de 10 anos? Há uma proposta de todos tentarem entrar no universo das crianças que usam drogas e experimentarem juntos. Acusações, intrigas e muitas revelações vêm à tona enquanto cada um deles tenta proteger a própria família.